Jaqueline trabalhava de vendedora

O Tribunal do Júri condenou na manhã desta quinta-feira (04), Mauro Vitor Carolino a 11 anos de prisão, pelo atropelamento e morte da jovem Jaqueline Moreira de Oliveira de 19 anos. O acidente foi em 15 de julho de 2015.

Mauro Carolino atropelou a moça no início da noite, na Rua Espírito Santo, no bairro Santa Edwirges, quando ela voltava do trabalho, junto com uma amiga. Ao ser atingida, foi lançada contra uma árvore, caiu e morreu no local.

O motorista que não tinha carteira de habilitação, fugiu sem prestar socorro. Na fuga ainda provocou um acidente ao atropelar um motociclista no cruzamento das ruas Matogrosso e Mário Lamaita. De novo, o rapaz fugiu. Acabou sendo preso três horas depois na região dos Quatis. Ele estava nu, fazendo sexo dentro do carro com uma mulher.

O julgamento começou no Salão do Tribunal as 9 horas da manhã com a leitura da denúncia. O pai de Jaqueline, José Aparecido junto com os outros filhos, alguns familiares e amigos, vestiam camisetas com a foto da moça e acompanharam todo o Júri.

O juiz criminal Dr. Cristiano Araújo Simões Nunes fez a leitura da denúncia, observado pelo promotor de Justiça Dr. Estevan Sartorato e o defensor público Alessandro Júnior de Carvalho.

Familiares da jovem acompanharam todo o julgamento

Por orientação de seu advogado, o acusado não quis dizer nada e ficou em silêncio. O promotor Dr. Estevan Sartorato fez as acusações durante uma hora e meia. Apontou que Mauro cometeu 7 crimes – embriaguez ao volante, homicídio, lesões no motociclista, omissão de socorro duas vezes e fuga do local também duas vezes. Sartorato chamou a atenção ainda para quatro detalhes a embriaguez ao volante; motorista não era habilitado; a velocidade que percorria não era compatível para o local, rua estreita e a noite; não presta socorro às vítimas e é preso transando com uma mulher em local ermo.

Após mostrar o vídeo de uma reportagem do caso, o promotor leu um trecho da matéria produzida pela Equipe Positiva, ressaltando a fala de Carolino alegando que as pessoas em Três Pontas tem o hábito de andar no meio da rua. A expressão de não estar nem um pouco arrependido pela morte da jovem, demonstrando segundo Sartorato, desvalor à vida, foi um ponto que chamou a atenção.

Os trabalhos de interrogatório e espaço a defesa e acusação, foram finalizados no intervalo do horário do almoço.

Quando os trabalhos foram retomados, Dr. Cristiano anunciou a sentença que condenou Mauro Carolino, que já é reincidente e responde a outros crimes. As 14h35, o juiz divulgou que ele cumprirá pena de 8 anos de reclusão, mais 3 anos, 7 meses e 15 dias detenção, mais pagamento de multa. Ele vai responder por homicídio doloso simples, lesão corporal dolosa, embriaguez ao voltante, omissão de socorro e afastamento do local do acidente.

A Justiça já havia cancelado o julgamento dele no dia 04 de agosto de 2016, quando o advogado Dr. Isac Hallyson havia desistido do caso no dia anterior.