*Acusados responderão as acusações em liberdade

A Justiça concedeu nesta quinta-feira (28), a liberdade provisória aos servidores públicos municipais de Três Pontas, presos na Operação Trem Fantasma do Ministério Público, desencadeada em 15 de maio.

Foram soltos: o ex-secretário de Transportes e Obras José Gileno Marinho, o ex-secretário de Fazenda Roberto Barros de Andrade e o ex tesoureiro da Prefeitura Nicésio Campos Silva. Os alvarás de solturas dos três foi assinado pelo pelo juiz da Comarca de Três Pontas, Dr. Enysmar Kelley de Freitas e chegou ao Presídio no início da noite. O documento determinava apenas a liberação dos acusados. Não foi informado se eles terão que cumprir medidas cautelares. Eles responderão aos crimes em liberdade.

Operação Trem Fantasma prendeu cinco pessoas

Os três e outros dois servidores, Ralph Duarte Funchal e Francisco Henrique de Araújo, que já foram soltos, foram denunciados por fraudes nos processos de compras de peças e prestação de serviços para a Prefeitura. Os desvios de dinheiro público pode chegar a R$1,5 milhão, entre 2017 e 2018.

De acordo com o promotor de justiça coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, núcleo Varginha, Dr. Igor Serrano Silva, a Prefeitura adquiria peças e contratava serviços fantasmas. Ou seja, as peças não eram entregues e serviços que não eram realizados. O material apreendido, apontou ainda o caso específico da compra de uma peça, paga como nova, mas entregue uma recondicionada, diferente era exigido no contrato celebrado com o Município.

Outra situação apresentada nas investigações, foi a retirada de um processo licitatório, um orçamento de menor valor, para que o preço médio da licitação fosse maior, de modo a beneficiar a empresa vencedora, exatamente a que está sendo investigada. Paralelamente ao crime de peculato, que foi de maior volume, houveram casos laterais de desvios de dinheiro por intermédio de outras condutas, dentre as quais é a fraude licitatória e fraude na execução de contratos, que gerou mais de 20 crimes.

Francisco Henrique de Araújo ficou preso apenas durante cinco dias, mas não teve a prisão temporária prorrogada. Já Ralph Duarte Funchal ficou preso durante 30 dias e também foi solto.

As investigações duraram quatro meses.