*Dois manifestantes usaram cartazes questionando a liberação de internet de graça na Praça Cônego Victor e no Jardim das Esmeraldas. Apesar de serem dois, eles conseguiram chamar a atenção pois interromperam a fala de um vereador

Com o afastamento do presidente da Câmara Luis Carlos da Silva (PPS), por recomendação médica, a sessão desta segunda-feira (18), foi presidida pelo vice Geraldo Messias Cabral (PDT). É que Luisinho foi diagnosticado com suspeita de Dengue e está afastado do trabalho e das atividades parlamentares. O colega de partido Vitor Bárbara (PDT), foi chamado novamente para ocupar a cadeira de vice presidente.

Na pauta havia quatro projetos de lei, três foram votados e bastante discutidos, aproveitando que a Casa estava cheia, por conta da cerimônia de homenagem ao Dia do Escoteiro, realizada a seguir. Os dois primeiros alteram o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento de 2016, para que a Secretaria Municipal de Transportes e Obras receba R$151 mil, vindos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana de Minas Gerais e o outro para a Secretaria Municipal de Assistência Social, da Criança e do Adolescente ser beneficiada com R$ 300 mil para a construção do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), a popular Casa da Família, que faz atendimento socioassistencial de famílias. A Prefeitura pretende construir a sede própria no bairro Padre Vitor, que hoje funciona em uma casa alugada. Ambos foram aprovados, mas na hora da votação do segundo ítem, o vereador Antônio Carlos de Lima (PSD) não estava no Plenário.

O que mais gerou discussão e questionamentos, dividindo opiniões, foi mais uma vez o horário de funcionamento das lojas de conveniência. Exaustivamente o tema voltou a ser debatido, agora que o vereador Francisco Fabiano Diniz (PSL) propôs que a mudança no Código de Posturas permita que estes estabelecimentos funcionem, em horário integral, ou seja 24 horas, todos os dias da semana, inclusive nos feriados.
GEDC1625O assunto é antigo e começou quando o Professor Popó, tentou estipular o horário de 6:00 da manhã a meia noite. A repercussão foi imediata, causou dezenas de manifestações e abaixo assinado contrário. Depois que foi muito criticado, Popó acabou voltando atrás, mesmo depois que o projeto acabou sendo aprovado pelos colegas no Legislativo, em dezembro de 2015. A proposta acabou vetada pelo Poder Executivo, porque não se pode votar uma mesma matéria em um único ano. Na Câmara, os vereadores mantiveram o Veto, a pedido inclusive do próprio autor.

Ele mesmo explicou agora, as barreiras que enfrentou e desta vez está colocando em prática uma lei federal e que regulamenta a questão das lojas de conveniência.

O vereador Vitor Bárbara (PDT), alertou quanto a preocupação com a segurança dos comerciantes e clientes. “Se um desses locais serem assaltados, vai recair sobre nós, que fizemos a lei mas não demos condições”, opinou.

Apesar de conhecer e ter estudado a proposta junto a Comissão Técnica, o vereador Sérgio Eugênio Silva (PPS) demonstrou preocupação quanto a aglomeração de pessoas nestes locais, consumo de bebidas alcoólicas, moradores vizinhos; quesitos que vão além da segurança pública. Antes mesmo de sinalizar o voto, Sérgio foi interrompido por um rapaz que estava nas cadeiras reservadas ao público. Ele estava assentado na última fileira e levantava um cartaz com os dizeres, “menos wifi e maisMANIFESTANTES WIFI 2 médicos” (foto). O presidente em exercício Geraldo Messias, quis chamar a atenção de todos do Plenário, mas o líder do prefeito no Legislativo interveio e disse que era apenas uma pessoa e não todos. Solicitou, se a situação persistisse, que a Polícia Militar fosse chamada.

Passado isto, outros vereadores continuaram falando. Paulo Vitor da Silva (PSL), defendeu que quantas mais lojas estiverem abertas melhor e as vantagens vão além da comodidade e lembrou da geração de emprego que acaba sendo é impulsionada.  O que se torna fundamental em um momento crítico da economia e quando a cidade de Varginha, acaba de inaugurar um shopping. Sobre as preocupações dos colegas que o antecedeu, Paulinho acredita que seja outro departamento e regras que precisam ser seguidas. O projeto foi aprovado, com os votos contrários de Alessandra Sudério (PPS) e Vitor Bárbara (PDT). Antônio Carlos de Lima (PSD) se absteve e justificou que não votaria por ser ele o autor da lei que fecha o comércio aos sábados as 13 horas. A lei agora depende apenas agora da sanção do prefeito Paulo Luis Rabello (PPS).

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