Banda, Cinco Nós, se apresentando. )FOTO: arquivo pessoal)

Loui Jordan                       

Semifinais começam hoje em Boa Esperança e a banda “Cinco Nós” se apresenta nesta sexta-feira

Se quem tem boca vai a Roma, certamente quem tem música vai ao Festival Nacional da Canção (FENAC). É claro que a competitividade é muito grande, no entanto, a música construída em conjunto, em etapas e sendo ela a mais natural possível, provavelmente credencia bandas e interpretes a estarem no FENAC, principalmente nas semifinais.

A banda Cinco Nós, grifada também como 5 Nós, conta com o trespontano, Wander Scalioni como componente do grupo e tem suas origens capixabas, afinal de contas, Nano Vianna e Renato Furtado são de Vitória, no Espírito Santo, coincidência é pouca ao falar das inúmeras vitórias que o grupo já conquistou. Agora, eles, Nano, Renato e Wander, se preparam para a “semi” do maior festival de música do Brasil.

Semifinal e final do FENAC em Boa Esperança

Embora o município de Três Pontas não tenha nenhum cantor classificado para a etapa semifinal do FENAC, Wander Scalioni fará as honras como saxofonista em solo dorense. Não é novidade a cidade de Boa Esperança receber semifinais e a final do festival. O trajeto que tem como ponto final a terra de Lamartine Babo, já é uma tradição, e na 49ª edição não é diferente.

O berço do evento, contará com 26 músicas, sendo três dias de apresentações, nos dias 05 e 06, as semifinais e no feriado do dia 07, a grande final. Serão 12 apresentações nesta quinta e mais 14 na sexta incluindo a da banda Cinco Nós, das 26 canções, 10 serão finalistas. O grupo capitaneado por Nano, já foi campeão em Boa Esperança. O ano era 2016, a música foi “Runas”. Com ela eles se sagraram campeões do FENAC daquele ano. E não acaba por aí. Em 2017 chegaram na final e em 2018 ganharam com a canção mais comunicativa. Portanto, história, competência, entrosamento, sintonia e música, eles possuem de sobra.

Cinco Nós, em ação no palco. A banda defenderá a canção, “Consumantes”, na semifinal do FENAC. (Foto: arquivo pessoal)

Nesta sexta, como já foi aqui informado, os três estarão se apresentando na Praça Padre Júlio Maria. Sobre a música “Consumantes”, Nano explica bem sobre o que ela diz: “Consumantes é um neologismo que eu criei, trata-se de amantes que se consomem, se autoamam, se autodestroem, é uma composição minha com o nosso ex-saxofonista, Pedro Costa, lá de vitória. É uma canção que trabalha a vertente do funk, aquele funk norte-americano com influências de rock”, esclarece Nano.

O Festival Nacional da Canção nasceu em 1971 e é considerado um evento de musicalidade, de alto nível, tanto tecnicamente quanto em performance. Ser bem-sucedido em um encontro como esse, é um certificado para a vida toda. Evidentemente que o público, a atmosfera e todos esses ingredientes, confere prestígio ao fato, assim como a imparcialidade dos jurados que conforme protocolo e regulamento, estão sempre presentes nas apresentações. Segundo Renato, o comprometimento e o “fazer o seu melhor”, são fundamentais em torneios de alto nível. “Por isso eu falo: olha você tem que chegar e fazer o melhor que você pode, se acontecer algo depois, já não depende da gente mais”, conta o guitarrista.

Importante dizer não só o aspecto técnico, mas as consequências positivas que ele possui. O FENAC em termos de premiações não se compara com outros festivais musicais no Brasil, por mais que todos tenham seu valor, tanto em qualidade, quanto em premiações. Para a fase semifinal cada um dos artistas já tem R$ 2,5 mil já garantidos.

A trajetória da Banda

A banda formada desde 2004, possui o pop, blues, funk, rock e um requinte experimental, todos esses ingredientes, ganham corpo nos “Cinco Nós”. Além de Nano, Renato e Wander, o grupo ainda tem outros componentes, como Gustavo Bride na bateria, Alexis Gonzaga nos teclados e Thiago Perovano no baixo. Como a banda tem premiações no FENAC, é bom ressaltar que o conjunto possui muitas qualidades. Eles fazem arranjos e co-produz quando estão no estúdio com o produtor, tem muito envolvimento no processo de gravar e captar.

Integrantes do grupo reunidos. (Foto: arquivo pessoal)

A banda possui um projeto chamado “desconstrusom”, que se trata de um trabalho autoral dentro do cover, até mesmo porque, o músico tem essa qualidade para incorporar a música de outra forma, é uma ideia de repaginar músicas. Por falar de música, é natural pensar em composição e em estilo. Nano conta como cria as músicas, “Eu gosto de música por inteira. Pra mim existem músicas boas e ruins. Mas eu sou músico de rock, pop, blues, samba. Eu gosto de tudo, eu procuro inclusive trabalhar as minhas composições em cima da maioria desses estilos. Nós temos uma banda autoral  voltada para estes seguimentos. Como compositor, procuro me colocar dentro dos estilos que eu gosto”, conclui o músico.

Se ficarmos mais nos três músicos que estarão em Boa Esperança, a esperança e a qualidade exalam. Nano, é compositor, cantor, diretor de palco e muito mais. Fora que participa do FENAC desde 2013. Já Renato é guitarrista e arranjador e participa do festival desde 2014. O arranjo é uma ferramenta de composição.

Wander, representante de Três Pontas nessa semifinal, começou a tocar na banda em 2016, e mesmo assim, o entrosamento foi fácil. A banda possui seus adeptos e admiradores. Os integrantes da banda possuem intérpretes da música “Roma”, de autoria da própria banda. Essa canção contempla o clip do disco novo que foi lançado esse ano e está participando de três festivais, sendo um deles, nacional e dois internacionais, tanto na Itália, quano na Flórida, Estados Unidos.

A banda vai tentar mais uma vez continuar fazendo história em Boa Esperança. Com Renato, Nano e Wander, os artistas que fazem da música uma arte de criação e encantamento, vão tocar e cantar como se fosse a primeira, única e última vez, até mesmo porque a música tem essa magia. Muitas vezes ela não é tocada e sim ela que toca as pessoas.

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