Transplantada Afonsiane era do grupo de risco e morreu de complicações da Covid-19. Foto: divulgação rede social

 

A comoção pela morte da trespontana Afonsiane Aparecida da Silva de 39 anos, tomou conta das redes sociais nesta sexta-feira (13), vítima de complicações por causa da Covid-19. Conhecida por ser presença diária no facebook, a artesã Afonsiane ficou conhecida por bordar par de chinelos e sortear entre seus amigos. Apaixonada por fotos, ela adorava mostrar seus dotes culinários e compartilhar das amizades que foi ganhando ao longo dos anos nas redes sociais.

Em maio de 2016, as vésperas do Dia das Mães, a Equipe Positiva contou a história de amor entre Afonsiane e sua mãe, a comerciante Glória Aparecida da Silva. A genitora demonstrou que amor de mãe não tem limites, que é capaz de tudo por causa de um filho, ainda mais quando se trata de salvar a vida que ela própria gerou.

Na época, a história que estava no anonimato foi contada relatada e ganhou repercussão em toda a região e recontada por veículos de imprensa da região. Ela era transplantada e recebeu um rim da sua própria mãe no Hospital Sírio Libanês em Pouso Alegre. As cirurgias foram em 2014 e bastante complicadas, mesmo com uma compatibilidade de 80%. Ficou dependente de imunossupressores, medicamentos que ajudam na aceitação do corpo com o seu órgão, que provocavam alguns inchaços. Se tornou guerreira a favor da vida, com uma fé inabalável, que sempre foi visível, principalmente ao Beato Padre Victor nos momentos difíceis.

De família católica praticante, eles rezavam toda quarta-feira virtualmente e Afonsiane, sobrinha da Margarida “do Supermercado” fazia questão de participar.

RELEMBRE

Conheça a história da mãe que doou um rim para salvar a vida da filha

Depois de ter passado por tudo isto, a admiração e o amor por sua mãe, aumentou ainda mais, com a chance que ela teve de nascer de novo. Na entrevista Afonsiane declarou: “minha mãe me deu a vida duas vezes”. Por isto, são dois aniversários comemorados, coincidentemente, todos no dia 09. O primeiro é no mês de agosto, quando nasceu, e depois quando recebeu da mãe o rim, em dezembro.

Como era do grupo de risco, Afonsiane tomou todos os cuidados durante o período grave da pandemia e acabou contraindo a Covid-19 no início deste ano.

Ela estava internada desde o último domingo (08) se tratando com medicamentos. Na segunda-feira os médicos descobriram que os remédios que ela fazia o uso contínuo por causa do transplante, não deixaram que os medicamentos para tratar a Covid-19 fizessem efeito e por isso seu estado de saúde foi piorando. Eles suspenderem o medicamento usado para a rejeição do órgão e se dedicaram a tratar exclusivamente a Covid-19. Mas ela não resistiu e acabou morrendo.

O velório do corpo de Afonsiane Silva será realizado entre 9:00 e 12:00 horas, no Cemitério Municipal.

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