A Polícia Civil deverá fazer desdobramentos da Operação “No Pain, no Gain”, que apura a venda ilegal de anabolizantes falsificados e de uso proibido, em Três Pontas e Boa Esperança.

A operação visa agora identificar e responsabilizar pessoas ligadas ao casal que integram a associação criminosa, como familiares, professores de educação física e donos de academias, que estariam revendendo estes produtos, que também serão responsabilizados e podem responder por associação criminosa. Corre no inquérito, a suspeita de lavagem de dinheiro e os investigadores irão analisar toda a movimentação financeira e o casal ainda poderá ter bens confiscados.

Os policiais civis cumpriram durante a tarde de sexta-feira (15), 4 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, em endereços ligados a um casal que é dono de uma loja de suplementos alimentares que fica na Praça Cônego Victor no Centro de Três Pontas e também na residência deles, no bairro Alcides Mesquita. Uma outra loja deles no Centro de Boa Esperança, também foi alvo da operação. Na loja e no imóvel que eles residem, foram apreendidos anabolizantes paraguaios sem procedência, hormônios de crescimento, munições calibre 32, seringas, materiais farmacêuticos, R$2,9 mil entre dinheiro e cheques, além de muitas anotações do controle da comercialização dos produtos.

O empresário dono das lojas tem 40 anos é ex agente penitenciário, mas desde quando atuava na área da segurança pública, realizava a venda dos anabolizantes, que são direcionados a tratamentos como reposição hormonal e até mesmo de uso veterinário, levando o paciente psicologicamente a crer que está sendo tratado.

Investigados recebem liberdade provisória após fiança

Em Boa Esperança, loja do casal foi alvo da Operação da Polícia Civil. Foto: TV Boa Esperança

O casal dono da loja e o funcionário foram presos em flagrante. Porém, neste domingo (17), os três receberam liberdade provisória, após pagarem fiança. Cada um pagou R$4,4 mil, totalizando R$13,2 mil.

De acordo com o advogado de defesa Francisco Braga Filho, mesmo com o tempo que duraram as investigações, a equipe de investigadores da Delegacia de Polícia Civil de Três Pontas, pediu o mandado de busca e apreensão, concluindo que na época não haviam elementos suficientes para a prisão dos suspeitos. Com as alterações na Lei Processual Penal, e principalmente pelo princípio constitucional de inocência, o Poder Judiciário, não encontrou elementos suficientes para decretar a prisão preventiva deles. Braga destaca que a Constituição Federal impõe que a regra é a liberdade, sendo que a prisão é exceção quando é extremamente necessária.

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