Metade dos municípios mineiros estão na onda verde, fase mais avançada do Programa Minas Consciente, em relação ao Coronavírus em Minas Gerais. Com isto, na última semana em Três Pontas, houve o retorno de serviços não essenciais com alto risco de contágio. Segundo o médico pneumologista Dr. Marcus Vinícius Moreira, Três Pontas continua com uma estabilidade dos casos e de internações hospitalares. Porém, alerta que ainda é difícil dizer se o pior já passou.

Doutor, metade do Estado de Minas Gerais avançou a onda verde no Programa Minas Consciente. O que isto representa?
O Programa Minas Consciente representa um grupo de pessoas que define a flexibilização de atividades durante o período da pandemia do Coronavírus. Os municípios que passarem 28 dias na onda amarela, com índices estáveis, podem progredir no plano. A onda verde é o estágio mais avançado do programa, tendo o retorno de serviços não essenciais com alto risco de contágio, como abertura de parques e de feiras.

A onda verde inclui Três Pontas.  A situação no município está sob controle?
A cidade de Três Pontas continua seguindo a tendência do Estado, com estabilidade dos casos e de internações hospitalares.

A onda verde libera o funcionamento de casas de eventos e músicas ao vivo em bares. Como deve ser o retorno destes estabelecimentos?
Esses estabelecimentos devem respeitar as recomendações da Secretaria de Saúde, mantendo o distanciamento e as medidas de higienização, para minimizar os riscos de contaminação.

Repetimos uma pergunta que lhe fizemos a algum tempo. O pior da pandemia já passou?
Diante dos fatos ocorridos durante o período da pandemia, é difícil dizer se o pior já passou. Estamos vendo uma segunda onda de infecções nos países da Europa, principalmente na faixa etária até 29 anos, causada por um novo subtipo de Coronavírus, levando novamente a tomadas de medidas duras para população.

O risco de contágio ainda é grande?
O risco de contágio ainda é muito grande. As pessoas que tiveram a doença causada pelo Coronavírus perdem a imunidade em poucos meses, podendo ficar doente novamente. Não temos a vacina ainda e o vírus vem sofrendo mutações. Além disso, vale lembrar também que o deslocamento das pessoas é muito intenso, o que aumenta o risco de contaminação.

Mesmo com as precauções que a Justiça Eleitoral está adotando, as pessoas estão com medo de irem votar no dia 15 de novembro. Há motivos para os eleitores não irem votar?
A Justiça Eleitoral está tomando todos os cuidados para evitar a disseminação da doença. As pessoas devem exercer seu direito de cidadão e ficarem atentas a todas recomendações no dia da votação.

A volta dos alunos para as salas de aulas ainda é um risco?
No momento atual, a volta às aulas ainda é uma decisão precoce, uma vez que as crianças apresentam grande risco de contrair e disseminar o vírus, apesar de não apresentarem muitos sintomas clínicos.

Na sua opinião, a vida vai voltar ao normal apenas quando todos estiverem vacinados?
A sociedade está se adaptando a nova realidade imposta pela pandemia. A vacina é uma esperança no controle da doença. Provavelmente ainda conviveremos um bom tempo com o vírus circulando entre nós. A prevenção com o uso de máscara e a lavagem das mãos, além do álcool gel, é ainda a melhor forma de impedir a transmissão entre as pessoas.

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