Por Loui Jordan

A Seleção Brasileira enfrentou a Áustria em amistoso na cidade de Viena neste domingo (10). O jogo marcava o último teste do Brasil antes da Copa do mundo. Os comandados de Tite venceram o jogo por 3 a 0, destaque para o ótimo segundo tempo do time. Os austríacos chegavam de um bom momento, vindos de sete triunfos consecutivos, o último deles diante da Alemanha.

Primeiro tempo

Os primeiros lances do jogo foram disputados, tivemos um Brasil que dominou e soube finalizar na hora certa. O time da Áustria usava muito o passe longo da beirada para o centro em diagonal. Os jogadores de defesa da seleção Canarinho estavam seguros e não comprometeram, o Brasil tinha em Coutinho o jogador que clareava as jogadas sempre buscando William na ponta direita.

O primeiro lance de perigo do Brasil foi aos 7 minutos com lindo chute de Casemiro, mas o gol saiu somente aos 35, após boas tentativas. William cobra escanteio, a defesa adversária tira e a bola sobra para Marcelo, o lateral chuta próximo a grande área e há um desvio no meio do caminho, a bola chega aos pés de Jesus que domina, ajeita o corpo e finaliza com maestria, 1 a 0. O Brasil finalizou muito bem de média distância na primeira etapa, quando o juiz apitou, deu a nítida impressão que o time brasileiro foi superior e o segundo gol viria após o intervalo.

Segundo tempo

A etapa complementar começou como previsto. A equipe que propunha o jogo era o Brasil, com um repertório mais vasto e jogadas de mais qualidade. Os brasileiros davam belas amostras de um jogo mais orquestrado. As alterações fizeram com que a Áustria ficasse mais exposta e deixou brechas para o rápido estilo do time verde e amarelo.

Os gols saíram em jogadas bem trabalhadas e com a cara do futebol pentacampeão mundial. Em uma bela trama, William achou Neymar, o camisa dez foi para dentro usou recursos do futsal para driblar o marcador e com frieza fez um lindo gol, o relógio marcava 17 do segundo tempo e o placar já era 2 a 0 Brasil. O tempo passava e o Brasil se sentia dono da partida. A Áustria continuava com a bola longa e em uma rápida recuperação e troca de passes, o Brasil fez 3 a 0.

Coutinho que cansou de finalizar, recebeu uma bela bola esticada por Roberto Firmino e com grande qualidade avançou em passadas largas até tocar no canto esquerdo do goleiro Lindner aos 23 minutos. O jogo continuou e até Paulinho teve sua chance e desperdiçou. A sensação que passa é que o Brasil poderia fazer mais gols, por enquanto foi ótimo o último amistoso. Se ficou a impressão de um primeiro tempo sem controle do Brasil no jogo passado contra a Croácia, desta vez o time não deixou se abater ou se apequenar em nenhum momento.

Destaque

Quase todo o time foi bem, a defesa segura, o meio-campo dominante e o ataque criativo e se movimentando. O jogador que se destacou foi William, é bem verdade que Coutinho foi muito bem e Neymar fez um lindo gol, mas William fez um jogo de ritmo único, além da assistência para Neymar.

Quando tinha a bola em seus pés, sempre partia para cima e mostrando um grande arsenal técnico. Ele era reserva até alguns jogos atrás, porém com a saída de Renato Augusto, o jogador que foi escolhido o melhor do Chelsea na última temporada, demonstrou que merece e será pelo menos no início, titular de Tite.

Copa é copa!

Dia 17 o Brasil estreia contra a Suíça, mesmo com os bons testes, é válido lembrar que os jogos de Copa do Mundo são mais complicados. Nas últimas copas a seleção pagou caro por achar que estava preparada. Já nessa edição temos uma França muito forte, Alemanha mantendo um ótimo trabalho e dois times que podem surpreender: a Espanha e a Argentina.

A Espanha tem uma boa mescla, já os companheiros de Messi têm a missão de honrar a camisa bicampeã do mundo. Todos sabemos que o Brasil é favorito pelo que vem jogando e principalmente, pela comissão técnica que diferentemente de outras copas é bem moderna e estruturada. Só que não custa nada lembrar: não confundir amistoso com Copa, não importa o que a equipe de Tite fez até aqui, isso é importante para o grupo. O que vale na Copa é ganhar e um erro ou uma partida malfeita pode ser letal.