Por Louí Jordan

A 21ª edição do maior evento do mundo começou. O torneio que iniciou em 1930 é disputado de quatro em quatro anos e tem como destino a Rússia. Nesse 14 de junho boa parte do planeta deu boas-vindas a ela. O Copa do Mundo FIFA 2018,foi aberta com a magia de sempre e na partida inaugural tivemos os anfitriões, Rússia, vencendo a Arábia Saudita por um placar elástico e até surpreendente.

O que falar sobre a melhor e maior competição de futebol do mundo? Quem são os favoritos? O que esperar da Copa? Vai ter zebra? Perguntas a parte, futebol é o que importa, o dia 14 nos remete a uma coisa curiosa, em 1982 a seleção Brasileira que encantou e desfilou seu futebol em solo espanhol, teve sua estreia na copa vencendo há extinta União Soviética por 2 a 1 em Sevilha, grupo esse que os Russos faziam parte. O que realmente foi curiosidade nesta atual edição foram os 5 a 0 aplicados pelos donos da casa na abertura.

O que colher do jogo?

Às 12 horas pelo horário de Brasília, o jogo começava. A seleção Russa era favorita por jogar em casa e mesmo limitada, era mais forte que a seleção da Arábia Saudita. O que se viu em campo foi um time forte fisicamente e com boas triangulações, embora faltem recursos no volume com a bola. Os dois times são comuns, mas Cheryshev foi um grande nome e autor de dois gols e olha que ele entrou no lugar do cérebro da equipe que saiu lesionado, Dzagoev é dúvida para o restante dos jogos.

Os Russos e Sauditas estão no grupo A ao lado de Uruguai e Egito, o favorito a avançar é o Uruguai, resta uma vaga que pelo que parece, será disputada entre os anfitriões e os Egípcios. Bom dizer que outro destaque do duelo foi Golovin, o jovem promissor é o que melhor sabe fazer funcionar o meio-campo, suas virtudes podem levar o seu país até mais distante do que muitos imaginam. A Arábia Saudita possui uma boa troca de passes, apesar da má impressão no primeiro jogo, pode tirar pontos de alguém, embora tudo indique que possa ser o “saco” de pancadas do grupo.

Heróis ou Vilões?

A “zebra” no Futebol ou no esporte, é considerado vilã ou heroína. Por um lado, é legal ver uma equipe que não é cotada a ir tão longe e de repente impressionar a todos. Por outro é chato para aqueles que gostam da tradição e do lema de que quem manda na selva é o leão. Egito, Polônia, Peru, Islândia e até mesmo a Rússia, essas podem ser as seleções mais candidatas a surpreenderem.

O Egito tem Mohamed Salah, mesmo não estando 100%, ele pode colaborar muito. Peru e Islândia estão em grupos complicados onde uma vaga já possui dono, é claro que tudo pode acontecer, mas é difícil. Guerreiro e companhia terão que disputar forças com a Dinamarca, dona de uma escola mais conhecida e experimentada. A pouco testada Islândia caiu no grupo onde Argentina e Croácia são favoritas para avançar, se depender da última Eurocopa, a Islândia será o time sensação pelo fator de novidade e carisma.

Atrupe de Lewandowski, terá um grupo mais acessível e caso deem sorte no mata-mata podemchegar até as quartas de final. A Polônia tem um elenco com jogadores mais testados que outras equipes. A Rússia tem um time para passar da primeira fase, o problema é que vai brigar com o Egito. Todas são candidatas a serem as “zebras”, é válido lembrar que nem sempre conseguimos prever as surpresas.

Os favoritos

Os favoritos podemos separar em dois potes: o pote 1 ficando com Brasil, Argentina, França e Alemanha. Os atuais campeões entram com uma seleção rejuvenescida e ao mesmo tempo rodada. O problema é a dificuldade em alguns jogos de propor jogadas coletivas que resultem em gols. França e Brasil são candidatos a se enfrentarem, possuem duas boas safras, individualidades que podem decidir, porém, o Brasil chega mordido pela última performance em Copa e a França precisa afirmar sua solidez construída desde 2014.

Já a Argentina de Messi precisa provar sua força. Não foi tão bem nas eliminatórias e tem tido dificuldade em grandes amistosos. Tudo isso é verdade, porém em se tratando da história nem sempre o que se imagina acontece. A Argentina tem um excelente grupo de jogadores e um gênio, só não sabe quando eles vão deslanchar, mas é bom respeitar e ficar de olho. No pote 2 entram Portugal, Inglaterra, Bélgica e Espanha.

A fúria está de técnico novo, Hierro assumiu o comando do time tão estrelado, a mescla de juventude e experiência deu muito certo nos amistosos e eliminatória.O craque é Iniesta, a aposta é que a Espanha venda caro essa competição caso os bastidores não atrapalhem. Os Portugueses e Ingleses possuem gerações ótimas e com vários destaques.Portugal não costuma ir bem assim como a Inglaterra, Cristiano Ronaldo pode ser importante para sua equipe, tanto dentro quanto fora, já o time da terra da rainha tem como sua mina de ouro, a defesa.

As linhas defensivas são armas para times como Brasil e Alemanha, já os Belgas prometem novamente. Mantendo a mesma base de 2014, a Bélgica chega ainda mais forte e calejada, talentos e bom futebol não são a dúvida que eles possuem, o que deve ser provado é se o peso da camisa vai fazer a diferença como outras vezes já fez. Favoritos são os de sempre, só um vai sair com a taça. Quem melhor souber filtrar que perder faz parte, será o mais preparado para não ser surpreendido.