Por Loui Jordan

Está chancelado, a Sociedade Esportiva Palmeiras está com mais um troféu em sua galeria. O Palmeiras se tornou decacampeão do Campeonato Brasileiro de futebol na tarde deste domingo, 25 de novembro de 2018, conquistando assim o Brasileirão de forma indiscutível. Em jogo da 37ª rodada, isto é, penúltimo encontro do calendário de pontos corridos do futebol brasileiro, o alviverde bateu o Vasco da Gama no Rio de Janeiro, o resultado foi de 1 a 0 para os visitantes.

O jogo não era dos mais fáceis, afinal de contas o Vasco está brigando para escapar de vez do rebaixamento e é um time de camisa pesada. É bem verdade que o Palmeiras tem muito mais time e futebol, entretanto, não é bom se dar como vencedor antes do duelo. A primeira grande chance do jogo foi do time da casa, em contra-ataque o Vasco chegou com Thiago Galhardo. O gigante da colina ameaçou o clube paulista durante uns 20 minutos da etapa inicial, não foi sufoco, mas souberam utilizar a bola.

O Palmeiras não se intimidou de jogar com atmosfera contrária. O time de Felipão tinha em seus atacantes, as grandes armas de velocidade. Após o início protocolar de jogo, o alviverde controlou melhor o jogo. No segundo tempo, a grande sacada foi colocar Deyverson no lugar de Borja, isso aos 15 minutos e o atacante saiu do banco para dar a vitória e o título ao Palmeiras. Em bela trama de Dudu com Willian, que para muitos é o melhor jogador do campeonato, fez um belo lançamento que deixou o Willian na boa e com um toque achou Deyverson na pequena área, com a perna esquerda o centroavante não perdoou, 1 a 0 pró visitantes, o relógio marcava 26 minutos da etapa final.

O gol estava sendo ensaiado pouco antes dele acontecer de fato, com a vitória o verdão chegou aos 77 pontos e não pode ser mais ultrapassado e nem ter sua pontuação igualada por algum adversário. Ao Vasco, resta vencer o Ceará fora de casa na última rodada que estará livre da série B, contudo sabe que é um confronto muito complicado.

A campanha do decacampeonato!

A chegada de Luiz Felipe Scolari, foi o divisor de águas na trajetória do Palmeiras. O autor do presente texto, considerava um pouco arriscado a volta de Felipão ao futebol brasileiro, mas há que se tirar o chapéu para o treinador. Felipão não terá os 7 a 1 tirado do currículo, mas sobretudo, conseguiu fazer um trabalho sólido e que resultou em título importante. Antes dele chegar, o Palmeiras ocupava a 6ª colocação e oscilava nas mãos de Roger Machado. O time produzia bom futebol, mas pecava na “hora H”, dessa vez não, o time é um coletivo que funciona, tanto, que está há 22 jogos sem saber o que perder no campeonato.

Um fator importante foi o plantel, o Palmeiras soube fazer o famoso “rodízio”. Utilizar peças para a manutenção de Libertadores, Copa doBrasil e Campeonato Brasileiro foi uma escolha que para o Palmeiras deu muito certo. Dudu e Bruno Henrique foram os jogadores que mais souberam aproveitar do técnico experiente. Dudu é cotado como o melhor jogador do torneio e o volante capitão é peça chave no esquema coletivo de Felipão.

Por fim, Deyverson e os rivais. Nota-se alguma incerteza com a qualidade técnica do atacante, mas os 9 gols de Deyverson contribuíram para creditar a boa aposta de Felipão. O atacante quase sempre está envolvido em confusão, não se sabe se terá vida longa no Palmeiras, o que importa para o torcedor é que mesmo talvez não o aturando, sabe-se que o definidor Deyverson fez o que se espera, gols. Dos rivais, sobraram só Inter e Flamengo, o clube carioca mais uma vez sentiu o aroma do desgosto, fez sua parte. Já o Internacional não manteve seu futebol e perdeu pontos que um campeão não deveria perder. É indiscutível o mérito do Palmeiras e de Felipão, o título era questão de tempo. Agora é festa alviverde no próximo e último jogo. O verdão recebe o Vitória já rebaixado às 17 horas do próximo domingo (02). É claro que nem tudo foi positivo, sempre tem algo que deixou a desejar, mas decacampeonato irá ecoar até a próxima edição ou até alguém conseguir tal feito. Enquanto isso, o título pertence a um time imponente e estratégico, merecidamente vitorioso.