*Prefeitura fechou o local, por não ter alvará, várias irregularidades como o acúmulo de diversos materiais recicláveis, inclusive com risco de incêndio
A Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça, na manhã desta quarta-feira (1º), após investigações que apuram a receptação de materiais furtados em um ferro velho. Os alvos foram na casa do proprietário e no estabelecimento que ficam nos bairros Vivendas do Bosque e Azarias Campos.
De acordo com a polícia, as investigações começaram em fevereiro deste ano e os investigadores descobriram que a prática criminosa já acontecia bem antes disso. Autores de furtos que são usuários de drogas, eram incentivados a fazerem os furtos e levarem para o estabelecimento que é de um pastor evangélico, que adquiria os materiais por preço bem abaixo do mercado, por se tratar de produtos de crime e depois revendia para empresas do ramo fora da cidade. Só um dos investigados responde a pelo menos 7 furtos, que eram realizados em casas e estabelecimentos comerciais na mesma região, entre os bairros Olavo Lima, Santa Tereza I e II e Vivendas do Bosque. O dono inseria fiação elétrica, cabos de alta e baixa tensão, junto com os materiais adquiridos de forma lícita.
Na casa do dono do ferro velho, no bairro Vivendas do Bosque, os policiais apreenderam R$560 em dinheiro e um cofre que estava trancado. No estabelecimento, no bairro Azarias Campos, foram encontrados uma quantidade enorme de plásticos, fiação, cobres entre outros. Durante o tempo em que a polícia permaneceu no local, diversas pessoas foram fazer a venda de materiais. Quatro funcionários chegaram para trabalhar de manhã, demonstrando que o estabelecimento mantinha um grande movimento. Foram apreendidos diversos cadernos com várias anotações de compras e vendas.
O ferro velho funcionava de forma ilegal, com diversas irregularidades, sem alvará da Prefeitura e nenhuma autorização de qualquer órgão. Acumulava uma grande quantidade de materiais recicláveis dentro e fora do estabelecimento. A fiscalização da Prefeitura lacrou o local. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente Marcelo Figueiredo Gomes, os moradores do bairro já haviam feito diversas denúncias dado ao mau cheiro e as consequências que o acúmulo destes materiais trazem como o aparecimento de baratas, ratos, escorpiões e o mosquito Aedes aegypti que transmite entre outras doenças a Dengue. Sem falar o risco enorme de incêndio. Embora a Prefeitura incentive a atividade de reciclagem, de forma legalizada, o ferro velho está funcionando a céu aberto, totalmente inadequado para o armazenamento destes materiais e oferecendo risco de incêndio.
O dono do estabelecimento fará a retirada de todo o material, inclusive no terreno em frente. O suspeito responderá pelo crime de receptação inicialmente em liberdade.