Fotos: Divulgação PCMG

 

A Polícia Civil de Três Pontas foi a São Paulo e prendeu no início da manhã desta quinta-feira (1º), um foragido da justiça de 30 anos, acusado de espancar até a morte, Gustavo Henrique Silva “Gustavinho” de 26 anos. O crime foi em maio de 2021 e ganhou enorme repercussão dada a crueldade dos investigados.

Com apoio do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (D.O.P.E) da Polícia Civil do Estado de São Paulo, a equipe de investigadores da Delegacia de Polícia Civil, cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em Bertioga, no litoral paulista com o objetivo de encontrar o autor de homicídio. Ele seria o líder do grupo e o principal responsável por torturar e matar Gustavinho. Segundo o delegado Dr. Gustavo Gomes, o acusado estava morando em um quarto alugado em um sobrado. As buscas resultaram ainda no encontro de drogas (maconha e pinos de cocaína) e grande quantidade em dinheiro, gerando flagrante por tráfico de drogas.

Ainda de acordo com o delegado, o trabalho para prender o autor do homicídio nunca cessaram e depois de muitas diligências, a polícia conseguiu identificar o local que ele estava e os mandados foram em todos os lugares que ele poderia estar. Ainda no cumprimento dos mandados, foi localizado um outro foragido da justiça de São Paulo, sendo ambos encaminhados à Delegacia de área de Bertioga (SP) e, em seguida, ao sistema prisional do Estado, onde ele ficará preso a disposição da justiça.

No quarto onde o foragido estava, foram encontrados drogas e dinheiro
Local onde foi efetuada a prisão pelas policias de Três Pontas e de São Paulo
Equipe da Delegacia de Três Pontas
Equipes de Três Pontas e São Paulo que atuaram para prender o autor do homicídio
Dr. Gustavo Gomes e o investigador Rodrigo Silva falam sobre a prisão em SP

Operação Lucas 12:2

A Operação realizada em Bertioga foi denominada Lucas 12:2, que demonstra que nenhum crime fica sem ser descoberto. O versículo da Bíblia diz: “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido”.

Em razão da periculosidade do foragido e a dificuldade de acesso aos locais de busca, participaram da ação 78 policiais civis, sendo seis da Delegacia de Policia Civil de Três Pontas e 72 policiais paulistas, em 18 viaturas.

Os outros quatro acusados de participar da morte foram presos um mês depois do crime. Dois rapazes de 23 e 32 anos e uma mulher de 25, estavam escondidos em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo (SP) e se apresentaram com advogados à Delegacia de Polícia em Três Pontas.

Relembre o caso

A vítima que tinha uma ficha criminal bastante extensa, com várias passagens por furtos desde quando era menor de idade, foi espancado com socos, chutes e pedradas.

Gustavinho foi abordado na Rua Dr. Carvalho de Mendonça, onde foi espancado por dois rapazes. O rapaz preso nesta quinta-feira estava na companhia da namorada que teria instigado as agressões. Uma testemunha ouvida no inquérito, disse que durante a agressão, a vítima chegou a assentar no chão e pedir para que eles parassem e não o matassem, mas não adiantou, as agressões continuaram e um deles disse que aquilo era para ele não roubar mais de ninguém. Depois o grupo o arrastou, colocaram na carroceria da caminhonete que eles estavam e o levaram até a Rua Antônio Tércio Rabelo Campos, próximo da Rodoviária. Lá eles continuaram a sessão de tortura e inclusive fotografaram a vítima caída no chão. Neste local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado e socorreu a vítima até o Pronto Atendimento Municipal (PAM) em estado gravíssimo e acabou morrendo dois dias depois.

O homicídio foi resultado de um verdadeiro “Tribunal do Crime”, pois os autores, envolvidos com o tráfico local, teriam agido para manter o domínio e o clima de terror, já que a vítima, supostamente, teria furtado a casa de um dos integrantes do grupo.

Ainda de acordo com Dr. Gustavo Gomes, todos os envolvidos presos, foram denunciados no crime de homicídio triplamente qualificado: por ter impossibilitado a defesa da vítima, do modo como iniciou a execução ao abordar a vítima de forma rápida e iniciar o ato violento de forma sucessiva. Por motivo torpe que é a razão alegada pelos autores; da vítima ter furtado roupas que seria do casal. E terceira; a da tortura diante das agressões sucessivas e demoradas a ponto de provocar um sofrimento incomum à vítima. Caso sejam condenados, a pena varia entre 12 e 30 anos de prisão.

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