Fotos: Equipe Positiva

*Dois vendedores e o aliciador foram presos. 10 pessoas que comprariam o documento foram conduzidos à Delegacia. Polícia Civil apreendeu mais de R$20 mil que a dupla receberia no pagamento pelas carteiras

A Polícia Civil de Três Pontas e Varginha, prendeu no fim da tarde desta quarta-feira (24), em Santana da Vargem, dois homens de São Paulo (SP), acusados de venderem carteiras de habilitação categoria, aos moradores da cidade. Um morador da cidade que aliciava os candidatos também foi preso e 10 pessoas que comprariam o documento foram conduzidos à Delegacia.

A Polícia Civil recebeu informações importantes de como funcionaria o esquema, fez diversos levantamentos e montou uma operação, ao descobrir que moradores iriam até a Comunidade São Lourenço, receber os documentos falsificados. Matheus dos Santos Gomes e Eustáquio de Azevedo Fernandes vieram na cidade a cerca de dois meses, reuniram os interessados em conseguir os supostos documentos, aliciados por Rubens Vitor da Costa que mora na cidade e diz que conheceu a dupla pela internet. Rubens fez com que muitos dos interessados em ter a habilitação para dirigir desistisse de fazer o curso de formação de condutores em auto escolas e mais “facilmente” tivessem a CNH, pagando cada um R$ 3mil em dinheiro.

Nesta quarta-feira era a data que a dupla havia combinado de receber e entregar os documentos aos 10 trabalhadores. Os policiais surpreenderam todos eles no quintal da residência. Alguns estavam com seus filhos menores de idade, que ficaram assustados ao verem a chegada da polícia.

Os trabalhadores rurais estavam com o dinheiro que iriam pagar no falso documento. Para disfarçar a ilegalidade, as carteiras estavam junto com um prontuário com a logomarca do Detran-MG informando que o condutor estava regularmente habilitado.  As vítimas disseram que acreditavam que a carteira era original, mesmo sem fazer qualquer exame ou provas teóricas e práticas.

Trabalhadores foram surpreendidos pela polícia no quintal de uma casa na Comunidade São Lourenço

Chateados por terem caído em um golpe, ninguém quis gravar entrevista, mas revelaram que estavam fazendo economia a meses para ter o documento. Um deles levou apenas R$900 e iria negociar o valor restante. Outro foi sem dinheiro e iria combinar de quitar no início do próximo mês, quando recebesse o salário da roça. A dupla levaria para São Paulo somente nesta venda a quantia de R$20.900 mil. O dinheiro foi apreendido, juntamente com os veículos dos vendedores de carteira e do aliciador, que também transportou os trabalhadores até a zona rural.

Os três foram presos, e todos, inclusive os trabalhadores rurais foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Varginha para prestarem depoimento.

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