Foto: Equipe Positiva

A Polícia Civil restituiu nesta quinta-feira (11), mais aparelhos celulares para vítimas de furtos e roubos em Três Pontas. Elas registraram as ocorrências, seja nas polícias Civil ou Militar, informando os números dos IMEI’s.

Quando o trabalho de recuperar os celulares, em abril de 2017 começou os investigadores informaram que isto seria um trabalho constante. Agora, em 2019, na 7ª fase da Operação, o número de aparelhos devolvidos já ultrapassa 100. As vítimas foram intimadas a comparecer na Delegacia de Polícia, prestaram depoimento e receberam de volta os celulares. Algumas vítimas foram alvos de bandidos em 2017, outros tiveram os aparelhos furtados este ano. Alguns nem estavam mais na cidade e foram buscados em Varginha, Boa Esperança, Elói Mendes, Lavras, entre outras localidades da região.

De acordo com o inspetor Gustavo Domingos, a Operação Fim da Linhavisa não apenas recuperar os celulares, mas também a apuração doscrimes que envolvem esses aparelhose também para acabar com esse comércio ilegal de telefones celulares.“A grande maioria dos celulares é encontrado com pessoas de boa fé,que compram sem saber que o produto é oriundo de crime. Mas é preciso desconfiar, pois compram aparelhos caros e pagam barato”, orientou o inspetor da Polícia Civil. Alguns dos celulares são trocados por drogas “nas bocas”, passam nas mãos de cinco, sete pessoas, porque são fáceis de serem repassados.  A Polícia Civil já tem suspeitos que são rotineiramente identificados por praticar este tipo de crime.

Gustavo Domingos também chama a atenção quanto a comunicação de falsos crimes. Pessoas vão até as policiais Militar e Civil e de má fé, noticiam que foram furtadas ou roubadas, mas não foram. Alguns perderam ou tiveram o aparelho extraviado. Toda ocorrência que é registrada, é aberta uma investigação, busca-se imagens de câmeras de segurança, testemunhas, para apurar realmente o que realmente aconteceu. Por isto, o inspetor alerta que não adianta as pessoas criarem histórias, perderem os aparelhos e registrar boletim de ocorrência, que é documento público. “Denunciar um crime que não aconteceu é crime. Por enquanto nós [Polícia Civil], ainda não adotamos as medidas para coibir esse tipo de ação. Estamos divulgando primeiro que as pessoas se conscientizem, e não cheguem inventando fatos que não ocorreram”, disse. Isto é crime previsto no artigo 299 do Código Penal.

A Polícia Civil de Três Pontas não investiga furtos de aparelhos celulares de outras cidades. Trespontanos vão a grande eventos, como festa e micaretas. Existem quadrilhas especializadas em agir nestes eventos. Quando são vítimas precisam registrar o boletim de ocorrências na Delegacia daquela cidade. “Aqui trabalhamos para recuperar telefones que foram furtados e ou roubados na cidade”, justificou.

É preciso alertar também que alguns sistemas na internet que bloqueiam o IMEI. Fazendo isto, fica impossível rastrear. Quem está com o celular não consegue usar, mas a polícia não consegue chegar até ele.

O investigador Thiago Portugal Souza comentou que toda pessoa ao comprar o aparelho celular, deve retirar da nota fiscal ou da caixinha o número do IMEI. Aparelhos para dois chip’s, tem dois IMEI’s. Eles ficam atrás da bateria. Neste caso, os dois precisam ser informados para a polícia, quando a ocorrência é feita. Quando apenas um número é informado, a chance de recuperar o patrimônio fica 50% menor. Outra forma de ter o IMEI é digitar no teclado, *#06#, que aparecerá na tela.

Após o início da Operação Fim da Linha, o número de furtos caiu em média 30% e roubos 48%. Ano passado, a Polícia Civil realizou palestras em algumas escolas, afixou cartazes em diversos locais com dicas de como se prevenir os crimes e caso seja vítima como se proceder.

A maioria das vítimas são adolescentes, que geralmente não reagem. Por isto, é preciso; não ficar andando pelas ruas sem prestar atenção de quem está ao seu redor; colocar o celular no bolso aparecendo, entre outras medidas simples que podem ser adotadas por todos. Porém, é preciso desconfiar até de quem frequenta sua casa.

A dona de casa Márcia Regina dos Santos Oliveira é um exemplo disso. Ela estava assistindo um jogo do Brasil na Copa do Mundo ano passado com amigos em sua casa. Estava no quintal comemorando e seu celular estava na sala. Quando todo mundo foi embora, ela descobriu que seu aparelho tinha sido furtado. Ela não suspeitou de ninguém, mas agora apreendeu a lição. Ela chamou a PM nas época, colocou o IMEI mas não tinha esperança nenhuma de encontrá-lo de novo.

Por isto, o investigador Thiago Portugal chama a atenção daqueles que compram os celulares, os receptadores. Eles respondem criminalmente a um crime na Justiça.