*O Guarda Municipal confirma que foi no clube buscar seu filho, mas que não tem nada a ver com o esfaqueamento dos três rapazes

A Polícia Civil apura se houve a participação de um Guarda Civil Municipal (GCM), no esfaqueamento ocorrido durante um baile funk, neste fim de semana em um clube social e esportivo em Três Pontas.

O baile terminou e a confusão começou, deixando três rapazes de 20, 24 e 27 anos feridos. Na ocorrência registrada pela Polícia Militar, consta que durante a festa, um rapaz teria  tomado um soco no braço da mulher que o acompanhava, se revoltou e passou a agredi-la. Pessoas que estavam no baile foram defender a mulher e a confusão ficou generalizada.

As investigações da Polícia Civil se iniciaram na segunda-feira (14), e testemunhas que prestaram depoimento, afirmaram que o agressor seria um Guarda Municipal. Ele estava na companhia de um motoboy que trabalha para ele, que estava armado com uma faca e na confusão desferiu três facadas em três rapazes. Dois deles foram atingidos nas costas e o outro na mão esquerda.

Depois disso, o Guarda então que estava armado com a arma de choque que pertence a instituição, começou a dar choque em quem se aproximava deles. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a confusão e que ela foi acionada várias vezes por ele. Já estava claro e em determinado momento, as pessoas conseguem desarmar o agente do Município e jogam o armamento um para o outro, que chega inclusive a cair no chão.

A PM só foi acionada no Pronto Atendimento Municipal (PAM), depois que as vítimas chegaram feridas. Um dos agredidos, de 20 anos, está internado desde domingo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave. Uma guarnição chegou a ir até o local, mas não teve mais informações sobre o ocorrido e quem teria cometido as agressões.

O que dizem os envolvidos

A coordenação da Guarda Civil Municipal disse que tomou ciência do ocorrido na tarde desta terça-feira (15) e já comunicou o fato à Procuradoria Municipal, para a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Até lá, o guarda continua trabalhando normalmente. No dia do ocorrido, ele estava de férias e voltou ao trabalho nesta terça-feira.

A Guarda Municipal informou que a arma de choque usada pelos agentes é de uso pessoal e exclusivo em serviço, mas cada um leva a sua para casa. Acrescentou que a instituição não compactua com este tipo de conduta. Se for comprovado o desvio de conduta do guarda, ele pode ser afastado de suas funções e até ser exonerado do cargo.

A Equipe Positiva fez contato com o guarda municipal envolvido e ele nega que estivesse na festa, acompanhado da esposa ou de qualquer mulher e diz não ter qualquer envolvimento no esfaqueamento, mas confirma que foi sozinho até o local. O agente alega que foi buscar o seu filho no clube.

Ao sair de lá para ir embora, foi ao passar pelo segurança que estava no portão, começou a discutir com ele, porque o guarda já havia feito a prisão dele por agredir uma mulher. Quem saia da festa percebia a discussão e permanecia em torno deles. Em um determinando momento, o guarda diz que foi atingido por duas latas de bebida. O filho do guarda correu para o carro para chamar a polícia, foi quando foi abordado e ao abrir a porta no meio daquela confusão. Os indivíduos pegaram na porta do veículo a arma de choque. Um deles disparou o armamento e começou a jogar para outras pessoas.

O guarda só conseguiu reaver a arma porque ela caiu próximo de um rapaz que o conhecia e o devolveu. Ele então se dirigiu para o carro e foi embora.

O GM ainda contou que registrou um boletim de ocorrências para as tomar providência quanto ao fato ocorrido.

A Polícia Militar disse que não foi comunicada da realização do baile funk. A Corporação se reuniu com os organizadores e a direção do clube, explicou da necessidade da PM ser informada formalmente, para que ela passe uma série de protocolos que precisam ser respeitados neste tipo de evento. A polícia fez uma advertência, registrou um boletim de ocorrência simplificado e está fazendo um relatório ao Ministério Público relatando o ocorrido e pedindo providências.

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