A Polícia Civil de Três Pontas prendeu durante a tarde desta quarta-feira (24), um rapaz de 32 anos, acusado de chefiar um grupo de vendedores ambulantes da Paraíba (PB), que estavam na cidade comercializando materiais e produtos falsificados e sem nota fiscal.

O caso foi descoberto depois que chegaram informações de que estes vendedores estariam na cidade comercializando tais produtos. Os investigadores iniciaram imediatamente alguns levantamentos e encontraram com nove profissionais deles na Rodoviária. Eles iriam pegar dois veículos e seguir até Boa Esperança, onde se encontrariam com o chefe deles. Estavam sendo vendidos, celulares, carregadores, caixinhas de som, máquinas de cortar cabelo, lanternas, dentre outros eletroeletrônicos. Dentre os vendedores abordados, quatro estavam portando buchas de maconha, tendo sido localizadas e apreendidas cinco porções da droga.

A Policia foi até um posto de combustíveis localizado na BR 265, em Boa Esperança, próximo ao trevo de acesso a Campos Gerais. Lá, eles interceptaram um caminhão cheio de materiais sem nota fiscal. Os produtos estão avaliados em R$50 mil. Os vendedores estavam dormindo em redes e no chão, em um cômodo ao lado do posto, em condições precárias e sub humanas, semelhantes ao trabalho escravo.

Mercadoria encontrada no caminhão e as que estavam com os ambulantes sem nota foram apreendidas

O patrão do grupo recebeu voz de prisão em flagrante e conduzido até a Delegacia da cidade. Ele prestou depoimento, pagou fiança no valor de R$3 mil e foi liberado. Mas será também autuado pela Prefeitura, pela venda de produtos sem autorização.

Celulares que não funcionam foram encontrados no meio de um montante de mercadorias

Os vendedores foram ouvidos na Delegacia de Três Pontas. Eles revelaram que são da cidade de Pombal (PB) e que o trabalho deles seria vender as mercadorias de porta em porta. Eles recebiam a mercadoria com um preço determinado e acrescentavam um valor para obterem lucro.

Eles contaram à Equipe Positiva que costumam ficar fora de casa quatro meses. O grupo saiu de Pombal e começou as vendas em Irecê na Bahia e geralmente vão até São Paulo. Agora, já fazem 30 dias que estão na região e nesta terça-feira venderam em São João Del Rey. Durante este período, os familiares deles que ficam em casa recebem R$2 mil. Um deles disse que a vida é difícil, mas na Paraíba falta oportunidade de trabalho. Para se alimentarem durante o dia precisam vender para ter dinheiro, se não, precisam contar com a ajuda do outro, mas se nenhum deles vender eles ficam sem comer, o que já ocorreu. Porém, ele também revelou que as vendas neste período de pandemia cairam demais. Depois que os vendedores foram ouvidos, eles foram liberados.

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