*Eles se apresentaram na Delegacia de Polícia Civil, após mandados de prisão serem expedidos

A Polícia Civil de Três Pontas prendeu nesta quarta-feira (20), quatro jovens que são acusados de participar da morte de um rapaz de 23 anos, em setembro deste ano.

Os jovens de 18, 19 e 20 anos se apresentaram na Delegacia de Polícia, acompanhados por um advogado, depois da justiça expedir mandados de prisão contra eles. O grupo já havia sido identificado e ouvidos no decorrer das investigações que apura a morte de Alexsander Roberto Hermínio “Lelê”, espancado até a morte no bairro Jardim Boa Vista.

De acordo com a polícia, na época não havia conjunto de provas suficientes para que a justiça determinasse a prisão dos suspeitos. Com o encerramento do inquérito e o fim das investigações, ficou provada a participação de todos eles e a justiça decretou a prisão preventiva dos acusados. Um deles, já bastante conhecido no meio policial seria o principal agressor da vítima.

Eles foram encaminhados pela PM e Polícia Civil ao Pronto Atendimento Municipal (PAM) onde passaram por exame de corpo delito e depois levados para Presídio de Três Pontas. Outros três suspeitos de 18, 20 e 22 anos, já haviam sido presos. Todos agora aguardam a decisão da justiça.

O que diz a defesa dos acusados

De acordo com a defesa dos jovens presos agora, o advogado Paulo Roberto Teixeira, afirma que quando da ocorrência dos fatos, a Polícia Militar conseguiu efetuar a prisão em flagrante de um dos acusados.

Posteriormente, essa defesa técnica apresentou outros três envolvidos, ocasião em que foram ouvidos na Delegacia de Polícia, e prontamente liberados por ausência de mandado de prisão.

Com o oferecimento da denúncia pela prática dos delitos de homicídio e lesão corporal, o Ministério Público Estadual representou pela prisão preventiva de todos os envolvidos.

“Dessa forma, como estávamos monitorando a expedição de mandado de prisão, comunicamos imediatamente os envolvidos que optaram por se entregar”. A defesa acrescenta ainda, que como os fatos em questão se deram em um cenário de briga generalizada, que lamentavelmente ocasionou a morte de uma das vítimas, a defesa espera que no curso da ação penal seja possível delimitar a real conduta de cada envolvido, para que ninguém seja condenado por algo que não fez ou ainda em razão de eventual clamor social.

Relembre o caso

O crime envolveu várias pessoas, a maioria delas com passagens pela polícia. Um grupo de pessoas estavam em um lual no bairro Santa Tereza II, local conhecido como Capadócia, por volta de 4:40 da manhã. Uma das vítimas teria abordado a namorada de um dos suspeitos e foi agredido. Ele saiu de lá, foi até sua casa e chamou seu irmão para se vingarem. Os dois saíram a procura pelos agressores.

Ao chegarem na Rua Vereador Nelson Pereira Vilela, depararam com eles e começaram a briga. Alexsander foi agredido com pauladas, tijoladas e pedradas, principalmente na cabeça. Seu irmão tentou defende-lo, mas não conseguiu evitar sua morte.

O bando de agressores ainda quebrou o carro da vítima e depois fugiram. A Polícia Militar foi chamada e registrou a ocorrência. Foi a PM que prendeu os três primeiros suspeitos, escondidos na zona rural. A dificuldade foi enorme, já que no bairro onde ocorreu o crime prevaleceu a lei do silêncio.

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