Campanha de arrecadação de donativos começou após atendimento de uma ocorrência de Maria da Penha

 

A Polícia Militar é a guardiã da sociedade e da cidadania, está diuturnamente nas ruas. Os policiais arriscam suas próprias vidas em defesa dos cidadãos, protege o bem, combate o mal, gerencia crises, aconselha, dirime conflitos, evita o crime, faz a paz e regula as relações sociais. O policial militar é um ser humano, que enfrenta seus problemas pessoais, que tem dia que não acorda bem e está cheio de problemas e, nas ruas lida com os problemas dos outros e precisa encontrar a solução, mesmo que não seja satisfatório para todas as partes. Algumas situações mexem com o emocional do homem ou da mulher que estão vestidos de farda, e os sentimentos do profissional armado para o combate acabam fazendo com que ele se comova e se envolva.

Foi o que aconteceu durante uma ocorrência atendida pelo Cabo Ronan Henrique Naves. O trespontano integra a Corporação desde 2007, está em sua terra natal desde 2010 e integra a Patrulha Rural a três anos e criou aos longos deste tempo um vínculo com as comunidades rurais. A Sala de Operações recebeu um chamado para atender a ocorrência de Maria da Penha, onde a mulher teria sido agredida pelo seu marido. Chegando no local, o suspeito já tinha fugido e ao dar apoio à vítima, os policiais entraram na residência e lá constataram que a família estava vivendo de maneira muito complicada. Não havia nenhum móvel nos cômodos, faltava produtos básicos e até mesmo para a alimentação. A mulher, com três filhos, incluindo um bebezinho com síndrome de down, estavam em dificuldades.

A ocorrência seguiu os trâmites naturais. A mulher foi trazida para a cidade e um boletim de ocorrências foi registrado da violência sofrida por ela, de acordo com a Lei 11.340 da Maria da Penha.

A situação chocou o Cabo Ronan, que compartilhou daquelas dificuldades com os demais policiais que estavam naquele turno de serviço. Ele pensou em algo que pudesse ajudar e os próprios PM’s começaram uma campanha. Eles mesmos tiraram do bolso e a 151ª Companhia de Polícia Militar se mobilizou. Iniciaram a arrecadação de leite, fraldas, alimentos e em pouco tempo, a campanha tomou uma proporção tão grande que já tinha gente da comunidade sensibilizada e ajudando. “Acho que os principais fatores que nos comoveu foi essa questão da criança, e com a credibilidade que temos, o tamanho que é a Polícia Militar, a sociedade trespontana abraçou a nossa causa, porque sabe do tamanho da nossa responsabilidade e honestidade em fazer um trabalho bem feito e fomos felizes”, afirmou o policial.

Foi tanta ajuda que foi possível montar uma casa digna à família e também ajudar outras que também precisam. E o objetivo agora é continuar. Infelizmente, há muitas famílias precisam de todo tipo de ajudar, por isto, a tradicional da campanha do agasalho que a PM realizava a alguns anos em Três Pontas arrecada todo tipo de donativos – alimentos não perecíveis, leites, fraldas e materiais de higiene pessoal, roupas, agasalhos, cobertores, edredons, travesseiros, móveis, eletrodomésticos, colchões, tudo que está em condições de uso.

A ideia compartilhada com o comando da Companhia é levar o projeto adiante e criar inclusive o Dia D de doações, para que os militares saiam às ruas e façam um arrastão. “Vamos organizar isso no decorrer dos próximos dias. O pouquinho que cada um de nós podemos fazer, nos unindo, se torna muita coisa”, acrescentou Cabo Ronan.

A maneira mais fácil de fazer a doação é entregar no Quartel da Polícia Militar ou quem não tem condições de levá-la até lá, pode entrar em contato com a PM através do 3265-7766 ou 190 e deixar o nome, o que será doado e o endereço para que seja buscado.

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