O prefeito Marcelo Chaves Garcia (PSD) convocou, nesta quarta-feira (10), por meio da Assessoria de Imprensa, os veículos de comunicação da cidade para uma entrevista coletiva em seu gabinete. Recuperado da Covid-19, depois de ter passado momentos complicados com a doença, ele diz estar se recuperando bem. A primeira dama Aparecida Maria Chaves Garcia “Cidalya” também enfrentou o Coronavírus. Os dois tiveram a doença juntos, se internaram na Santa Casa de Misericórdia e, por questões de logística, também no Hospital da Unimed.

O gestor revelou que a esposa se recuperou mais rápido e que, nos dois hospitais, foram muito bem atendidos, com carinho, zelo e profissionalismo, tanto na Santa Casa, quanto na Unimed. Marcelo agradeceu os cuidados dos servidores, dos médicos Dr. Lucas, Dr. Cassiano, Dr. Eduardo e Dr. Giovani e do provedor Michel Renan e toda equipe da Unimed. O prefeito diz ser muito grato com as orações que receberam neste período difícil que ele e sua família enfrentaram.

Depois de fazer uma explanação e mencionar a oportunidade de dar sua primeira entrevista coletiva do ano, Marcelo Chaves, que estava acompanhado do vice prefeito Luís Carlos da Silva, falou sobre obras em andamento e a questão da lista de prioridades da imunização contra a Covid-19, que é determinada pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde.

A assessoria de seu gabinete enviou aos veículos de imprensa a lista dos grupos prioritários que os municípios devem seguir. De acordo com o Ministério da Saúde, trabalhadores dos serviços de saúde são todos aqueles que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios e outros locais. Desta maneira, compreende tanto os profissionais da saúde – como médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, serviços socais, profissionais de educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares – quanto os trabalhadores de apoio, como recepcionistas, seguranças, pessoal da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias e outros, ou seja, aqueles que trabalham nos serviços de saúde, mas que não estão prestando serviços direto de assistência à saúde das pessoas. Inclui-se, ainda, aqueles profissionais que atuam em cuidados domiciliares como os cuidadores de idosos e doulas/parteiras, bem como funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados.

ENTREVISTA – Marcelo Chaves Garcia

Prefeito, qual o critério adotado para a imunização dos grupos prioritários da Covid-19?
Nós não vamos mexer em nada na lista e ela é estabelecida pelo Ministério da Saúde com o Estado, que às vezes adequa algumas situações, porque a teoria é uma coisa e a prática é outra. Nós simplesmente aplicamos a vacina que chega em Três Pontas. Algumas coisas precisam ir se ajustando, mas tudo dentro dos critérios. Ninguém vai passar na frente e desrespeitar o outro. Eu aproveito aqui a oportunidade para pedir para vocês que denunciem qualquer irregularidade que estiver acontecendo. Ninguém, nem o prefeito, que teve problemas, vai ser vacinado antes de todo mundo. Eu vou esperar a minha vez. Espero que o mais rápido possível todos sejam vacinados, se Deus quiser. A Secretaria Municipal de Saúde começou a vacinar os idosos, que têm 90 anos ou mais. É preciso ligar no posto de saúde e agendar. Lá, o funcionário vai dar as orientações e ver como será feita a imunização, porque nós temos aqueles que não tem condições de ir até os postos e necessitam receber a dose em casa.

Falando em saúde, a relação entre Prefeitura, Santa Casa e Unimed melhorou bastante e vocês parecem ter estreitado os laços durante esta gestão. Isto de fato ocorreu?
Eu fiquei muito feliz quando nós fizemos uma reunião entre a Prefeitura, a Unimed e a Santa Casa. Nestes dias em que eu e Cidalya estivemos internados na Unimed e nos tratando na Santa Casa, seguindo o que os médicos nos orientavam, deu para a gente perceber que precisamos estar unidos também quando se trata de saúde. Não pode haver disputa. Quem pode pagar, se quiser ou puder, e quem não tem condições temos o SUS ai funcionando cada vez melhor para atender e atender muito bem. Uma coisa que deu para perceber é que, praticamente, não tem diferença de você ir para a Santa Casa ou para a Unimed. A diferença era muito grande, mas hoje isto acabou. Você vai na Santa Casa, é bem atendido com uma estrutura muito boa, com o entrosamento do Dr. Dilson, com o Michel Renan, Prefeitura, além dos médicos. Tem muita gente ajudando nesse processo para que realmente Três Pontas passe cada vez mais a se consolidar como uma referência na saúde, a exemplo da hemodiálise.

As chuvas acabaram prejudicando as obras do Foguetinho e no fim do ano elas ficaram paradas. Como está o andamento?
Eu já aproveitei, nesta minha volta, e fui dar uma olhada nesta obra com o Maquil, porque eu não parei totalmente. Nós temos o grupo de whatsapp com todos os secretários e nele comunicamos diariamente e eu sabia de tudo que estava acontecendo. Além disso, nós tinhamos feito o planejamento dos 100 primeiros dias de governo e todos sabiam de todas as tarefas que tinham que ser executadas ao longo desse período. Tivemos uma mudança interna aqui na Prefeitura, do sistema, e precisamos dar uma parada necessária. Então, graças a Deus as coisas foram andando, o que me deixava bem mais tranquilo. Hoje, quando fui liberado para sair um pouco mais, a primeira coisa que eu fiz foi ir lá no Foguetinho com o Maquil e conversei com o Mairon, que é o nosso engenheiro responsável pela obra, além da Elisa e do Beto que estavam com a gente. Foi muito bom, porque conversamos em relação a algumas situações. A obra está em ritmo acelerado, voltou ao normal e houve aquela parada que é normal de fim de ano, quando as empresas dão férias coletivas e depois veio a chuva, o que impediu que a obra fosse executada. Mas algumas coisas lá me preocupavam, tipo a fiação da Cemig que poderia atrasar a obra, o serviço já foi feito e os posteamentos de telefonia já foram retirados do local. Estamos aproveitando para fazer toda a parte de drenagem, porque lá vai ser uma avenida com 30 metros de canteiro central. Estamos tendo todos os cuidados em relação a verificação de todos os projetos. Temos três empresas envolvidas diretamente naquele processo, a Duro na Queda que é a maior parte e a TNS, que venceu o processo licitatório dos recursos de quase R$700 mil, que foram empenhados do deputado federal Diego Andrade. E temos a empresa do loteamento. Houve um atraso lá por conta da chuva que retirou material da obra e a empresa já está repondo, pois é obrigação dela. Hoje eu vi uma quantidade boa de máquinas trabalhando e eu acredito que em julho ela esteja pronta e é esta a intenção da empresa. A parte que mais demora é esta e é a que não aparece, depois é mais rápido. A Duro na Queda faz a obra como um todo. A TNS executa apenas o asfalto e a estrutura é da Duro na Queda. A TNS já está atrasada e a justificativa foi a falta de mão de obra e de equipamentos. A Caixa inclusive nos cobrou, nós oficiamos eles e o problema está sendo solucionado.

A estrada havia sido fechada por causa da chuva. Ela já foi liberada?
Já está liberada. Interditou só naqueles dias porque ficou muito perigoso. Choveu demais no final de semana e ficamos com medo de entrar alguém desavisado, carros menores e haver algum tipo de acidente. Fechamos por questão de segurança, mas já foi liberado. É um trecho importante, que não pode ser fechado, muito procurado, temos empresas como a Cobra, a Estrela e outras que estão ali na região dos Quatis e utilizam a estrada. Precisamos manter o trânsito funcionando naquele local.

Antes da pandemia, a Prefeitura já planejava fazer uma reforma no Pronto Atendimento Municipal, mas teve que adiar por conta da demanda de atendimentos lá. Em sua página oficial em uma rede social, foi divulgado o projeto desta obra. Ela já vai ser iniciada?
Nós já vamos começar a obra sim e ela será rápida. Quem teve a oportunidade de ver o projeto que disponibilizamos nas redes sociais, percebe a importância que ela terá, pois vai ficar muito melhor que uma simples reforma. Teremos um novo PAM que vai melhorar muito as condições de trabalho e de atendimento aos pacientes. A obra será uma construção nova, onde era o necrotério. O PAM não será no mesmo espaço físico, será do lado onde não está sendo usado, mas não vai alterar em nada e o Hospital vai ter uma área para aproveitar da melhor forma possível. A reforma complicaria e dificultaria inclusive a assistência no caso da Covid-19. Será um ganho muito grande. A previsão é de que fique pronta em 6 meses, se tudo correr bem e o dinheiro já está em caixa.

Sobre o asfaltamento da estrada de Três Pontas para o Pontalete. Quando deve começar no trecho entre a Escola Agrícola e o Quilombo?
Nós vamos fazer aquele trecho, que são cerca de dois quilômetros, entre a Escola Agrícola e o Quilombo e começa já. É uma obra que deve durar um mês e meio, dependendo das questões climáticas. A empresa tem a intenção de entregar rápido se não acontecer nenhum imprevisto. Nós temos cadastrado, no Ministério do Turismo, recurso para fazer mais um trecho. Neste caso, somos obrigados a vir com o asfaltamento do Pontalete sentido Três Pontas, por ser verba do turismo, tem que partir de um ponto turístico. Já é um começo muito grande e não vai faltar muita coisa, pois vamos continuar asfaltando daqui para lá também. Temos falado com o deputado Diego Andrade, inclusive era para eu ter ido a Brasilia, mas por causa da situação eu não consegui ir ainda, mas está tudo sobre controle para que esses recursos venham e a gente vai asfaltando esse trecho todo.

E a manutenção das estradas rurais. Como estão as condições das vias vicinais no município?
Nós temos previsão de muita chuva e, não chovendo, temos três patrulhas trabalhando. Tem lugares que realmente estão muito ruins e eu até peço desculpas e um pouquinho de paciência para alguns. Inclusive para o meu lado lá, eu sei que tá ruim demais. Tem realmente trechos que ficaram complicados porque choveu fora do normal. Fizemos caixas secas em determinadas estradas e encheram tudo. Mas valeu demais porque se não fosse isso não teria estrada de jeito nenhum. A gente já passou vários anos, nós todos, sem conseguir ir à fazenda dois, três dias por semana ou por mês. Hoje ninguém deixa de ir por causa de estrada. Pode não estar em perfeitas condições como a gente gostaria, mas dá para rodar e se a gente mexer vai piorar por causa da chuva. Estamos programados para chegar em todos os trechos o mais breve possível.

Haverá fiscalização em Três Pontas, pela Polícia Militar, no período que haveria Carnaval?
O Carnaval que gostamos muito e estamos resgatando, a gente vai ter que dar uma parada, mas é uma parada só para colocar o mundo em dia nessa pandemia que bagunçou tudo. É um tempo que todos temos que tomar mais cuidado, mesmo estas poucas pessoas que tomaram as duas doses de vacina, pois precisa de um prazo para ter segurança. Não podemos descuidar, para que a gente perca o menor número de vidas possíveis e consiga superar esta fase. Não é o prefeito, o governador ou a Polícia Miliar que vai controlar isto. É o cidadão se conscientizar do distanciamento, da necessidade do uso da máscara e da higienização e não aglomerar. Em relação a Polícia Militar, o Comitê de novo já reuniu e já deliberou a PM, a Defensoria Pública e o Ministério Público, que fazem parte dele. Tudo que for nesta questão precisa ser protocolado aqui para que a gente leve para o Comitê avaliar.

Em relação a volta às aulas presenciais. Já existe uma previsão?
Nós estamos programando para voltar. Está sendo feito todo um estudo para que, no momento mais adequado, a gente volte de forma mista – presencial e à distância, isto para que ninguém corra risco e nada fuja do controle. Esse retorno misto será depois do Carnaval. Algumas das escolas particulares me parece que já estão voltando e para a escola pública a gente está trabalhando nesse sentido.

A Câmara aprovou, na semana passada, mais recursos para as obras das duas creches no Complexo Randal Diniz, nos bairros Padre Vitor e Eldorado. Este montante será suficiente para terminar e existe já previsão de entrega destas duas unidades?
A creche no Randal Diniz eu tive informação da engenheira, hoje de manhã quando fui até o Foguetinho, que em março a obra já vai estar totalmente pronta. Lá está bem adiantado e a situação é tranquila. Em relação a do Eldorado vai demorar um pouco mais e deve ser entregue até o meio do ano. Até lá ela vai estar totalmente pronta. O projeto que foi para Câmara é para a creche do Eldorado que depende um pouco mais de recurso.

Prefeito, como foi e está sendo o apoio oferecido pelo municípío às famílias que tiveram suas casas atingidas pela chuva?
O apoio foi dado o mais rápido possível. Infelizmente, além da chuva, os ventos fortes atrapalharam ainda mais e destelharam várias casas. Nós disponibilizamos espaço físico lá no Caic para quem necessitasse, mas as pessoas preferiram ficar em casa. Graças a Deus não houve vítima. Houve estragos que a gente sente muito por isso, mas fizemos uma ação conjunta com todos os secretários envolvidos para poder atender rapidamente. A Assistência Social foi no dia seguinte cadastrando a todos para verificar o que elas precisavam. Mas a gente também não pode fazer as coisas sem estarmos devidamente amparados legalmente. Estamos atendendo da melhor forma possível e quero aproveitar a oportunidade aqui para agradecer aos empresários e às pessoas pelo tamanho da colaboração que tivemos. Foi impressionante a quantidade de doações,de ajuda, de gente oferecendo material. Então, eu aproveito para agradecer os trespontanos que nos ajudaram nesta hora difícil.

Mensagem final do prefeito Marcelo Chaves
Eu só tenho a agradecer mais uma vez a oportunidade de falar com vocês da imprensa. Eu enfrentei este problema de saúde e foi para mim até uma reflexão para que eu pudesse desacelerar um pouquinho, eu que tive o acelera como slogan da nossa campanha. Mas fiz questão de só eu desacelerar, mas a cidade e a Prefeitura estão no mesmo ritmo que nós propomos. Fiz questão de continuar trabalhando. O Luisinho é um grande amigo, parceiro, que está me ajudando a todo momento e então a gente fica bem mais tranquilo. A turma aqui de dentro toca a Prefeitura de uma forma espetacular. Tenho que agradecer todo santo dia de trabalho a esse pessoal porque não é fácil. Vocês estão vendo as demandas e as cobranças são muito grandes, então a minha palavra é um agradecimento que tenho que fazer aos servidores públicos, pelo carinho, pela atenção e que eles continuem assim. Os nossos projetos que estão na LDO e no PPA estão todos andando – campo de futebol, estrada, construção, melhoramentos, praça… Isso me dá bastante tranquilidade para o meu ritmo possa voltar gradativamente ao normal. Espero fazer isso o mais rápido possível, mesmo porque eu tive realmente uma baixa de imunidade, eu preciso me cuidar e estou cuidando da minha saúde um pouco mais para que eu continue tendo a mesma disposição que eu sempre tive. Então fica aí o meu agradecimento, a mensagem de que se Deus quiser nós vamos sair fora disso o mais breve possível e Três Pontas vai continuar nesse ritmo acelerado. Tem muita notícia boa para vir, mas como vocês sabem eu não gosto de antecipar. Já poderia dar uma excelente notícia para vocês, mas não disse porque não batemos o martelo. São notícias muito boas para Três Pontas e região.

Vice prefeito Luisinho
Gostaria de dizer que, neste período que o prefeito esteve doente, nós temos muito a agradecer a essa equipe, porque a Prefeitura não parou. Fizemos obras simples, mas importantes, como as passagens de pedestres na Avenida Oswaldo Cruz para quem faz caminhada e o meio fio do bairro Ouro Verde. Sobre a vacinação, acho que cada um é um fiscal. As pessoas devem denunciar, e para tirar suas dúvidas podem ligar no 3266-5831. Em Três Pontas vamos continuar seguindo a recomendação do Ministério da Saúde e tudo está sendo acompanhado pelo Ministério Público. E como o próprio prefeito disse, vamos esperar a nossa vez. Começamos a vacinar as pessoas a partir dos 90 anos e basta ligar no seu posto de saúde para agendar.

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