O prefeito de Três Pontas, Marcelo Chaves Garcia (PSD), participou de um evento na segunda-feira (14), em São José da Barra (MG), quando o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), visitaram Furnas para discutir com prefeitos e buscar soluções para a cota mínima para os lagos de Furnas e Peixoto.

A comitiva chegou por volta das 14h. Quarenta minutos depois as autoridades entraram para a reunião. As discussões foram com portas fechadas. Além do ministro e do governador, participaram do encontro o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema, Luiz Carlos Ciocchi; prefeitos das cidades banhadas pelo lago e parlamentares da região.

Em coletiva de imprensa, tanto o governador Romeu Zema quanto o ministro disseram que vão montar um grupo para analisar e criar uma solução para manter cota mínima de Furnas a 762 metros acima do nível do mar. A cada três meses, eles devem apresentar os resultados. O representante do governo federal falou que é um compromisso manter o lago na cota mínima.

“Eu acredito que essa reunião, que não foi a primeira, já uma série de reuniões que temos tido, e vamos melhorar a nossa coordenação, a nossa governança, para que a gente possa apresentar para a sociedade, de forma periódica a cada 60 dias, a cada três meses, a evolução das ações estruturantes para elevar a cota do lago de Furnas para 762, que é o compromisso do governo federal. É o que deseja Minas Gerais apoiado pela sua bancada federal no congresso nacional”, garantiu o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Questionado se em três meses já vai ser possível ver resultado no volume de água, o ministro disse que as ações para melhorar os níveis de reservatórios começaram em outubro.

“Como, por exemplo, o despacho de todas as usinas termoelétricas disponíveis no país. Então, o emprego das usinas termoelétricas significa que nós temos o objetivo de preservar nossos reservatórios”, disse Albuquerque.

Já o governador Romeu Zema ressaltou que a região banhada pelo lago não pode continuar com níveis baixos.

“A represa tem a sua função econômica rio abaixo, em outras usinas, na hidrovia abaixo. Mas nós temos que ter alguma compensação aqui. A usina de Furnas não pode sozinha ser um grande colchão responsável por receber todas as oscilações que acabam ocorrendo em todas as barragens rio abaixo. Que esse esforço, que essas oscilações sejam compartilhadas”, comentou Zema.

Em uma rede social, o prefeito Marcelo Chaves postou fotos dele com o governador e os prefeitos e destacou que em conjunto será analisado e criado uma solução para que a represa de Furnas atinja um nível adequado e continue gerando desenvolvimento para a população.

O senador Rodrigo Pacheco, o prefeito de Três Pontas Marcelo Chaves e a prefeita de Nepomuceno Iza Menezes. Foto: divulgação rede social Iza Menezes

Também participaram da reunião o senador Rodrigo Pacheco; os deputados federais Diego Andrade, Emidinho Madeira e Greyce Elias; os deputados estaduais Cássio Soares, Dalmo Ribeiro e Bartô; os secretários de Estado de Governo, Igor Eto; de Turismo e Cultura, Leônidas de Oliveira, e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo; a diretora-geral da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Christianne Dias; o secretário de Energia Elétrica do MME, Rodrigo Limp Nascimento; o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), Luiz Carlos Ciocchi, e demais autoridades e representantes do governo federal, além de prefeitos e representantes da sociedade civil.

Manifestações

Em frente à sala de visitas de Furnas, manifestantes estavam com faixas para pedir o cumprimento da PEC-52. A emenda foi promulgada este mês na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

“Como presente Furnas deu para a gente a abertura das comportas de Furnas e de Peixoto, jogando mais de 1.000 m³ de água sem gerar um pingo de energia. A gente veio tentar saber do governador porque que estão abertas as comportas de Peixoto sem gerar energia”, questionou o escultor Anderson Manoel.

A emenda na constituição do estado tombou como monumentos naturais o lago Furnas e a represa Mascarenha de Moraes, conhecida como lago de Peixoto. O recurso jurídico permite a exigência do cumprimento dessas cotas mínimas: de 762 metros acima do nível do mar para Furnas e de 663 metros para Peixoto.

Nós precisamos que o governo tome uma atitude com o nosso ‘Mar de Minas’, para preservação do ambiente, para preservação das lagoas, dos peixes, dos pecuaristas, todos que estão aqui. Para que nós tenhamos também um turismo”, disse o aposentado João Bosco Stefano Cordeiro.

Os manifestantes não tiveram contato com o ministro e o governador. As autoridades não passaram pela porta principal do prédio de Furnas e as discussões ocorreram com portas fechadas. (Fonte: G1 Sul de Minas)

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