Reunião no gabinete do prefeito Marcelo Chaves. Foto: Asssessoria de Imprensa da Prefeitura

 

Em uma reunião na Prefeitura de Três Pontas na manhã desta sexta-feira (04), ficou estabelecido novas medidas que serão adotadas pelo Município e a Polícia Militar, para conter a aglomeração que está ocorrendo na Avenida Oswaldo Cruz e problemas de perturbação do sossego, provocados por som alto de veículos.

A reunião teve a participação do prefeito Marcelo Chaves Garcia, o chefe de gabinete Felipe Pereira Silva, o procurador geral Yves Duarte Tavares, o secretário de Transportes e Obras Maquil Pereira, o comandante e o sub-comandante da 151ª  Companhia de Polícia Militar de Três Pontas Capitão Júlio César Gomes Soares e o tenente João Monteiro Júnior.

No fim da manhã desta sexta-feira, estrutura para fechar as escadas do Sambódromo começaram ser colocadas

O chefe de gabinete Felipe Pereira, afirmou que pediu ajuda à polícia, para resolver o problema que vem ocorrendo na região dos bares, que também é o seu papel. Haverá uma fiscalização ostensiva na Avenida pela PM a partir deste fim de semana, para evitar além das aglomerações, que vai na contramão das recomendações de saúde por causa da pandemia da Covid-19, evitar a prática de crimes e a perturbação do sossego dos moradores.

Mais de 100 moradores da região da avenida, protocolaram um abaixo assinado na Prefeitura, com o pedido de uma posição do Município, pois estão se sentindo acomodados com o som alto de veículos que estão estacionados na Avenida Oswaldo Cruz.

Medidas foram divulgadas pelo Chefe de Gabinete Felipe Pereira

A Prefeitura também está tomando iniciativas. A primeira delas, é o fechamento de todo o “Escadão” do Sambódromo Jaime Abreu. A colocação de grades fechando o local, onde pessoas ficavam fazendo o uso de bebidas, atingirá a parte dos fundos, que ficará aberto apenas para a passagem da ambulância do SAMU, em frente a sua base.

Ele assegura que a fiscalização dos estabelecimentos comerciais que está sendo feita vai continuar, porém, admite que não há tantos fiscais para a cidade inteira em um fim de semana.

Por fim, Felipe Pereira, reforça que o setor público está atento a atender as demandas, mas o primeiro passo a ser dado é a consciência de cada cidadão, que saber discernir o que deve, não deve, pode e não pode fazer, neste período de pandemia.

Donos de bares dizem que não tem controle fora dos estabelecimentos

Os donos de bares e restaurantes convocados para a reunião com a Prefeitura durante esta semanna, concordam que promover aglomeração, vai contra as regras de saúde neste tempo de pandemia da Covid-19. No último fim de semana, imagens feitas nas redes sociais, mostram uma multidão em boa parte da Avenida Oswaldo Cruz, principalmente em frente aos bares. Após a reunião, a EP/CT ouviu dois donos de estabelecimentos que estão na Avenida. Lucas Almeida é o proprietário da Chooperia Vó Tereza, que está funcionando a um mês e meio em Três Pontas.

Ele entende a preocupação e a proposta da Prefeitura, quando dizem que esperam contar com os bares para evitar aglomeração, inclusive, segundo Lucas, todas as regras que foram impostas estão sendo seguidas.

Porém, sobre a aglomeração que está ocorrendo na Avenida, vai muito além dos donos de estabelecimentos, depende da ação da Prefeitura em fazer um planejamento, da Guarda Municipal e de um policiamento da Polícia Militar no local. Uma das sugestões feitas por ele, é talvez fechar o trânsito, entre outras medidas, já que carros e motos tem passado em alta velocidade na Avenida em horário de grande movimento. Ele admite que há aglomeração em frente a chooperia, porém é na rua, não são de clientes que estão no seu estabelecimento, e por isto, não tem como falar ou pedir à estas pessoas que saiam do local. “Não é interessante para nós, nossos clientes passarem por aqui e ver tanta gente aqui na porta, porque eles acabam indo embora”, diz Lucas Almeida.

Desde que a chooperia foi aberta, há um segurança que controla o fluxo de pessoas dentro do estabelecimento, mas ele não dá conta de controlar quem está da porta para fora, na Avenida.

Ele acrescenta que tem visto que nem mesmo a presença da Polícia Militar com três viaturas, as vezes resolve.

A opinião de Thiago Anísio Corrêa, dono do Butequim da Adega, é que a reunião não serviu para os donos de bares, já que os estabelecimentos estão funcionando da forma como foi determinado pelas autoridades de saúde. “Foi uma forma errada de dar uma resposta aos moradores que estão cobrando da Prefeitura alguma atitude em relação a Avenida. Na visão dele, é preciso realizar uma campanha educativa e não proibir os bares de trabalhar, pois não são eles os responsáveis pelo  aumento do número de casos.

De acordo com Thiago, em outro ponto da Avenida, existe certo tumulto que parece mais um Carnaval. A Prefeitura deveria fazer com todos o que fizeram com ele, quando ele admitiu que perdeu o controle da situação, parou a música e deixou de atender e, mesmo assim foi penalizado com cinco dias fechado. “Se toma atitude no primeiro dia, não estava como está hoje. Deixaram rolar e agora estão tentando consertar”, relatou Thiago.

Ele não sabe dizer qual é o órgão responsável por conter as aglomerações, se é o Comitê, a Prefeitura, ou a Polícia Militar. Mesmo porque, por outro lado, ressalta o empresário, todos os fins de semana tem casas de piscinas e áreas de lazer alugadas que estão lotadas com festas, luau sendo feito na região do Foguetinho. Thiago tem uma casa de eventos, a Barão da Gamboa, que está fechada desde março. Mesmo com todos estes meses fechado, ele paga aluguel, e despesas como água, luz e continua pagando todos os impostos.

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