Foto: EP Arquivo

 

A Prefeitura de Três Pontas instaurou procedimento administrativo, para apurar a eventual falta de dinheiro, apontada por vereadores que compõem uma Comissão Especial de Investigação (CEI) criada pela Câmara Municipal de Três Pontas, no fim do mês de maio.

No balancete da Prefeitura enviado mensalmente à Câmara, entre janeiro de 2017 e abril deste ano, foi percebido que havia dinheiro em espécie no caixa, valor que foi crescendo ao longo dos meses, mas os valores não batiam. O dinheiro era reservado para atender adiantamentos dos servidores em casos emergenciais.

No mês passado, os vereadores estiveram na Prefeitura com o secretário municipal de Fazenda Aguinaldo Gomes Corrêa. Ele confirmou que ao assumir o cargo, não encontrou aproximadamente R$48 mil, do montante de R$50 mil, que deveriam estar no cofre. Se o dinheiro tivesse sido usado para os vales, os comprovantes deveriam estar no mesmo local, mas também não havia nenhum sinal de onde o dinheiro poderia ter sido usado. Apenas R$1,5 mil foram encontrados e imediatamente depositados em conta. Aguinaldo informou que já havia verificado várias contas bancárias do Município e a diferença não foi encontrada. O prefeito Marcelo Chaves Garcia foi oficiado para que providências sejam tomadas.

Alguns vereadores questionaram a Administração durante as sessões do Poder Legislativo, que em nota respondeu que foi instaurado procedimento administrativo para apurar a eventual falta de verbas nos cofres municipais, cuja comissão processante é a responsável para apuração dos fatos. “De se salienta, outrossim, que foi encaminhada à Câmara Municipal toda documentação solicitada pela Comissão Especial de Inquérito (CEI), sendo que tais documentos serão utilizados pela sindicância interna”, diz a nota. A nota conclui que todas as medidas estão sendo adotadas para o deslinde mais célere que a questão almeja.

A Comissão Especial da Câmara é formada pelo presidente vereador Sérgio Silva, o relator Maycon Machado e os membros Érik dos Reis, Geraldo Prado e Francisco Fabiano.

Por telefone, o presidente da CEI Sérgio Silva confirma que a Prefeitura já enviou documentos que estão sendo analisados pelos vereadores e pela assessoria jurídica da Câmara. Já foi marcado uma data para ouvir alguns servidores para prestarem depoimentos. Há algumas informações que já foram colhidas que Sérgio não quis adiantar. Ele porém revelou que nos balancetes apresentados, em outubro de 2017 a Prefeitura chegou a ter R$157 mil de dinheiro em caixa para fazer adiantamentos, mas que a prática de vales é proibida por lei no setor público.

O prazo para concluir os trabalhos da Comissão termina em 05 de setembro, mas a expectativa é que uma resposta seja dada à população antes disso. “Estamos sendo muito cobrados e estamos no caminho certo para apurar este caso que a gente não esperava”, afirmou Sérgio.