Denis Pereira – A Voz da Notícia

O prefeito de Três Pontas Paulo Luis Rabello (PPS) terminou o expediente de trabalho nesta terça-feira (27), na Prefeitura, ouvindo elogios e agradecimentos pela sua atuação em prol da educação, principalmente no que se refere aos profissionais, que há tempos reivindicam o pagamento do piso nacional da categoria, o que determina a Lei 11.738. Isto será possível depois de um substitutivo aprovado pela Câmara. Oito professoras foram até o gabinete e tiveram um bate papo informal com o gestor.

Foram elas que começaram falando do passo que está sendo dado para a valorização dos professores e professoras da rede municipal. A que sempre participa ativamente das discussões e defende com unhas e dentes o professorado é Rosana Tavares. Ela esteve várias vezes na Prefeitura e na Câmara Municipal, mostrando e indicando o que é necessário para atender a categoria dentro do que a lei determina. “Paulo e Érik estão cumprindo o termo de compromisso que assumiram com a educação nas eleições. A tabela do piso nacional e o plano de carreira é o que sempre sonhamos. Podem ainda haver algum erro ou falha, mas que o próprio prefeito nos disse que elas poderão ser analisadas e estudadas, como feitas agora com a participação de todos em conjunto.

Mesmo estando sempre no foco dos debates, Rosana confessa que foi complicado entender as mudanças, tanto que ela chegou a fazer uma tabela comparativa, tendo como base uma feita por um professor de Goiás e levada até a Câmara Municipal e apresentada aos vereadores. Um primeiro ponto que ninguém entendia é a questão da progressão vertical, pois o piso é para ser pago aos professores de nível médio de formação e tem a partir daí 15% que reza o plano, para PEB II, III e sucessivamente, que com a implantação passa a valer.

Outra professora que estava entre o grupo é Juliana Maria Garcia de Mesquita Tavares. Ela lembrou que foram muitas as reuniões até chegar a um acordo, possível à Prefeitura por causa das dificuldades financeiras e atendendo a classe que clama há anos pelos seus direitos.

“Nós acreditamos na Administração e todas as vezes que procurávamos o Érik ele pedia para esperarmos mais um pouco, por conta da situação financeira da Prefeitura. Este ano retornamos com as solicitações e quase tudo foi atendido. Hoje as nossas palavras são de agradecimento. Acredito que quando solicitamos e somos atendidos não há outra coisa a fazer a não ser agradecer”, afirmou Juliana.

Outro ponto que valoriza o profissional é o adicional de assiduidade do professor. Importante segundo Juliana, para profissionais e alunos. Aquele que está sempre presente, que não falta receberá a bonificação.

Mais um diferencial da rede municipal de Três Pontas é que está sendo realizado o terço extra classe. Um adicional para o professor que precisa trabalhar em casa, planejando as aulas e corrigindo trabalhos e provas.

Se por um lado Rosana Tavares lamentou a demora da votação do projeto de lei, por rixas políticas, já que o projeto está na Câmara desde fevereiro. Por outro, possibilitou que a proposta sofresse mudanças positivas, dando tempo de esclarecer e atender as reivindicações, criando assim um Substitutivo, ao invés do projeto 030.

Agradecendo o apoio de todos os vereadores que aprovaram por unanimidade, Rosana Tavares disse que a dedicação de Valéria Evangelista e do professor Popó foram fundamentais e faz jus ao reconhecimento da categoria que eles integram. As professoras também disseram ao prefeito Paulo Luis da dedicação e entendimento que teve aceitando as reivindicações.

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Dentro de 60 dias, o valor dos contra cheques dos profissionais do magistério terão novos valores e maiores dos atuais. A variação depende da qualificação, jornada de trabalho e dos anos de profissão. “O mais importante é que aqui em Três Pontas, acredito que é um dos primeiros municípios do Brasil a efetivar a lei do piso”.

O prefeito Paulo Luis ficou feliz com o reconhecimento, mas disse que os profissionais não tem a agradecer, pois se está cumprindo o que a lei determina, pagando rigorosamente o piso federal. Apesar de ser mais uma promessa cumprida, ele não está satisfeito e disse que é preciso mais, muito além do que é decantado em época de eleição. “Estes profissionais merecem mais do que estão recebendo, pois, são interlocutores do conhecimento, para o futuro de Três Pontas”, enfatizou o Chefe do Executivo.

O prefeito ironizou declarações do vereador Antônio do Lázaro que afirmou que o prefeito podia vetar o projeto, por ter sido enviado pelo secretário de Educação. “Eu não sabia que secretário fazia projeto de lei. “Quem manda e dirige o município é o prefeito e não secretário. A gente pode vetar algumas emendas que talvez tenham sido feitas pelos vereadores, mas nunca ir contra um projeto que a gente mesmo enviou”, declarou. Terminando ele alertou a população sobre quem escolher para votar.  “Precisamos nos atentar para a educação, para que possamos no amanhã bem próximo, colocar na Câmara vereadores capazes de dirigir os nossos destinos”, concluiu.

Segundo a Secretaria de Educação, a rede municipal possui 310 professores e especialistas e mais 122 educadores infantis que também estão sendo beneficiados.

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