A superintendente da APAE de Três Pontas Rozilda Gama Reis, terapeuta ocupacional do CER II Tassiana Tonioli Craveiro Chagas, a psicóloga e Coordenadora do Serviço de Reabilitação Intelectual do CER II Isabela Garcia Andrade e a fonoaudióloga Luciana Fatarelli Ferreira

 

Loui Jordan

Um projeto desenvolvido pela equipe multidisciplinar da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Três Pontas (APAE), levou o prêmio de segundo lugar no Congresso e Fórum Estadual das APAEs do Estado de Minas Gerais e creditou à instituição trespontana, a publicação de um artigo para uma revista científica do Grupo UNIS – MG.

O XIV Congresso da Rede Mineira das Apaes, realizado em Belo Horizonte entre os dias 31 de outubro e 02 de novembro deste ano, foi o palco da premiação. Antes da apresentação na Capital Mineira, os representantes foram convidados a publicar o seu respectivo artigo em revista e mais, a instituição foi premiada com um valor simbólico de R$ 1 mil como reconhecimento e incentivo à prática de pesquisa científica.

O trabalho apresentado no evento pela psicóloga Isabela Garcia Andrade, sobre o tema “Perspectivas da avaliação e intervenção precoce nos bebês no CER II de Três Pontas”, versou sobre quais são as possibilidades advindas de uma avaliação e intervenção transdisciplinar relacionadas aos aspectos psíquicos e motores em recém nascido que vem trabalhando nesta modalidade desde agosto deste ano juntamente com a coautora, a fisioterapeuta da instituição, Patrícia Campos Mendonça e assessoria do psicólogo Rafael Pereira Gomes. Este projeto já premiado e iniciado recentemente já atendeu 7 bebês nesta perspectiva, avaliando com entrevistas de Amnesie, Avaliação motora, Protocolo de PREAUT que é o Programa de Pesquisa e Avaliação em Autismo e também o teste de triagem do desenvolvimento, o chamado DENVER II.

O projeto

A ideia partiu de uma iniciativa coletiva dos profissionais que atuam na APAE de Três Pontas, especificamente no Centro Especializado em Reabilitação Física em Intelectual -CER II em funcionamento na Instituição desde julho de 2018. O grupo contou com apoio da Superintendente Maria Rozilda Gama na preparação do projeto. A intervenção criada, funciona da seguinte forma: a partir da atividade terapêutica realizada por cada profissional do CER II, foi possível se pensar na centralização dos trabalhos. Segundo Isabela, antes, cada profissional atuava de forma individual e cada um na sua área. A ideia foi transformar o atendimento aos bebês em um programa de intervenção precoce e transdisciplinar, ou seja, cada profissional seguindo seu protocolo específico, mas em uma atuação conjunta; ao mesmo tempo, um psicólogo, um fisioterapeuta e a fonoaudióloga, atendendo o mesmo bebê.

Segundo ela, todos partiram do pressuposto de que os bebês não nascem prontos e quanto mais cedo for tratado, melhor o prognóstico. Desde 1994, a APAE de Três Pontas faz atendimento a bebês prematuros e deste período até agora, muita coisa mudou, tanto que se criou uma equipe somente para cuidar destes dos recém-nascidos. Para se ter uma ideia, de novembro de 2018 até março deste ano, 40 bebês foram avaliados. Com o Programa de atendimento em equipe, os recém-nascidos se sentem menos estressados e a família fica mais tranquila. Os atendimentos são dirigidos aos bebês encaminhados ao Programa de Intervenção Precoce Avançada (PIPA), que trabalha com neonatos de risco, ou seja, aqueles que as mães sofreram alguma intercorrência na gestação.

Após o levantamento do histórico do recém-nascido e da mãe, são feitas todas as avaliações ao mesmo tempo, pela equipe de profissionais de cada área. Tudo é explicado às famílias e quando se identifica algum atraso no desenvolvimento, inicia-se as intervenções terapêuticas de reabilitação.

Perspectivas para o futuro

Mas o trabalho de inovação e conquistas da APAE de Três Pontas não para por aqui. Para 2020, estão previstos novos projetos e programas para todos os setores da Instituição, dentre eles, a criação e desenvolvimento de Programa de Produção Científica para registro de melhores práticas das atividades da Instituição nas áreas de Assistência Social, Saúde e Educação, como objetivo que estas serviam de referencial teórico e prático para todo movimento apaeano à nível nacional e para outras instituições em âmbito internacional. Além disso, será estruturado de forma permanente e continuada um Núcleo de Atendimento Precoce para Bebês – NAP, utilizando todos os recursos disponíveis na APAE de Três Pontas e no Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual – CER II para a chamada primeira infância. O importante é ressaltar que esta premiação e publicação de um artigo desenvolvido pela primeira vez em uma revista científica, abriu os caminhos para que novos projetos sejam criados, seguindo a tradição inerente à APAE de Três Pontas que é prestar um serviço cada vez mais de excelência e que proporcione maior qualidade de vida aos seus alunos e usuários.

A superintendente Rozilda Gama recebendo o prêmioo de 1 mil

Resumo da obra

A conquista da APAE de Três Pontas é importante em muitos sentidos, principalmente no aspecto de divulgar e documentar as atividades e projetos da Instituição. O fato de ter sido uma experiência inédita e logo já conquistar um prêmio é de vital importância. A Associação cresceu com o Centro Especializado em Reabilitação – CER II, a demanda aumentou e as estratégias bem sucedidas de trabalho transdisciplinar foram um benéfico aos usuários e também aos profissionais da Instituição. Se o XIV Congresso da Rede Mineira das Apaes provocou positivamente os profissionais da APAE de Três Pontas que oportunizam reabilitação das pessoas com deficiência e suas famílias, também nesta perspectiva, esta grande premiação é motivo de orgulho para ostrespontanos e municípios da microrregião de Saúde de Três Pontas. Buscar a qualidade e o aperfeiçoamento tornou-se o alicerce que a APAE de Três Pontas vem fortalecendo em todos os seus setores. Enfim, tanto no setor Escolar, como o de reabilitação em raúde e de assistência social, em todos, a APAE de Três Pontas obtém êxito em diversas perspectivas de uma melhoria contínua na vida da pessoa com deficiência e seus familiares.

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