A Câmara Municipal realizou a reunião ordinária desta segunda-feira (21), sem votar nenhum projeto de lei, apesar de apenas ter na pauta, uma proposta dos vereadores Maycon Douglas Vitor Machado (PDT) e Luis Carlos da Silva (PPS), em que Declara de Utilidade Pública, a Liga Espírita Caminho da Luz. A entidade fez alterações no estatuto, e por isto, pediu que o projeto seja votado posteriormente.

O vice presidente Antônio Carlos de Lima (Antônio Lázaro – PSD) deixou o pedido de vistas, liberando o projeto de lei que autoriza a venda de 33.618,00 metros quadrados, de um terreno do Centro de Eventos Wagner Tiso, nos Quatis, através de um leilão para uma empresa. O projeto foi discutido com exaustão na semana passada, mas acabou sendo retirado por divergências, principalmente por causa do valor avaliado no metro quadrado, totalizando R$1.512.810,00. Apesar de liberar o projeto, Antônio do Lázaro, antecipou o voto contrário. A promessa é que o projeto seja votado na próxima sessão.

A falta de itens na pauta, não significa que a sessão foi insignificante. Alguns temas abordados pelos vereadores no Pequeno e Grande Expedientes chamaram a atenção.

O vereador Geraldo José Prado (Coelho – PSD), comemorou a chegada de três veículos para a Secretaria Municipal de Saúde recebidos por indicação do deputado federal Diego Andrade (PSD-MG) e também R$180 mil para a Secretaria Municipal de Esportes.

O vereador Sérgio Eugênio Silva (PPS), parabenizou em nome de Daniela Oliveira, os organizadores de um evento realizado destinado às crianças, na Praça do Centenário no domingo (20). A festa foi realizada por grupos de ciclistas da cidade.

O vereador Antônio do Lázaro, no seu pronunciamento do Pequeno Expediente, repudiou e pediu o envio de ofício, aos ministros do Superior Tribunal Federal (STF) que envergonham o Brasil com a votação que julga a prisão em segunda instância.

O vice presidente anunciou na Tribuna que está deixando a base aliada do prefeito Marcelo Chaves (MDB), na Câmara. O motivo foi por uma questão considerada pelo legislador como vergonhosa, que se tornou uma decepção com a Administração, depois que o gestor não teria honrado com sua palavra. Ao se acertar com o deputado estadual Mário Henrique “Caixa” (PV), o vereador conseguiu com o parlamentar uma ambulância para atender os moradores do Distrito do Quilombo Nossa Senhora do Rosário, Pontalete, Morro Vermelho e adjacências. Ao fazer a solicitação, primeiro o deputado ligou pessoalmente para saber se poderia conseguir o veículo nestas condições. A resposta teria sido positiva. Na entrega do veículo durante a inauguração da Secretaria de Saúde, no final do mês passado, Antônio, Caixa e a secretária de Saúde Teresa Cristina gravaram um vídeo reforçando o objetivo da ambulância, de atender estas comunidades rurais.

Ao voltar na Prefeitura nesta segunda-feira (21), veio a notícia de que faltando apenas o emplacamento e outros pequenos detalhes, o prefeito não vai mais para o Quilombo e o decepcionado. “Ninguém é obrigado a tratar e dar sua palavra, mas tem que ser homem suficiente para sustentá-la e honrá-la. Aprendi isto com meu pai”, desabafou o vice presidente. Ele terminou dizendo que a partir de agora não faz mais parte desta Administração.

Antônio que foi um defensor ferrenho dos ex prefeitos Luciana Mendonça e Luiz Roberto Laurindo Dias, já demonstrava que estava insatisfeito e que a relação com a atual gestão não tinha vida longa.

Outro momento de atenção, foi o pronunciamento do vereador Roberto Donizetti Cardoso (PP). Ele comentou na semana passada que quiseram lhe dar aulas, ao questionar a sua postura de ir ao Ministério Público, antes que o projeto que autorizava o leilão do terreno fosse votado. Quem fez um discurso taxativo condenando a atitude do colega, foi Érik dos Reis Roberto (PSDB). Roberto contou que procurou um advogado especialista no caso e está bem orientado. Mesmo porque, Robertinho diz que faz o que bem entender e não deve satisfação para ninguém.

O vereador teria ficado mais irritado, porque teria ouvido um colega dizer para um empresário no fim da reunião da semana anterior, que ele não sabia de nada, do custo que é gerar emprego e dos impostos que a empresa pode proporcionar. Robertinho falou sem mistérios que sabe do seu objetivo, porque participou de uma reunião nas Comissões com o prefeito e o empresário interessado na área. Concluiu dizendo que não tem medo de nada, que se falar com ele vai “levar” e que qualquer coisa sai para a briga.

O vereador Coelho apaziguou a divergência e pregou a paz. Disse que não aceita interferência e é este o motivo da confusão. Ele condenou a ida do prefeito e do empresário na Câmara e mencionou que no projeto não foi enviado a quantidade de empregos e impostos.

Ao ser anunciado em seguida, esperava-se que Érik dos Reis daria resposta a Robertinho, mas a sua fala foi clássica e as relações foram definitivamente cortadas. “Existem pessoas que merecem uma resposta, outras uma explicação e outras nenhuma das opções anteriores”. Ele focou seu pronunciamento no Grande Expediente para esclarecer que o leilão do pré sal, em que o Município deve receber R$3,4 milhões, não tem nada a ver com privatização e quem comenta isto em rede social é que não sabe nada.

Falando em privatização, Érik vai propôr uma Moção de Repúdio, ao governador Romeu Zema (Novo), por causa da Cemig, que já está sendo gerida como empresa privada e suspendendo o fornecimento de energia elétrica com duas contas vencidas, o que antes não acontecia.

A próxima sessão da Câmara será realizada na quinta-feira, dia 31, as 18:30, em virtude do recesso municipal alusivo ao Dia do Servidor Público. O presidente Maycon Machado baixou uma portaria, depois que o prefeito Marcelo Chaves expediu um Decreto, adotando ponto facultativo, já que segunda-feira é comemorado a data.

Robertinho, Érik romperam definitivamente as relações entre eles. Já Antônio anunciou que não faz mais parte da base do prefeito na Câmara

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