A Secretaria Municipal de Meio Ambiente abriu na semana passada, no Auditório da Associação Comercial e Agroindustrial, um debate com a indústria e o comércio do município, realizando uma exposição da situação dos resíduos sólidos urbanos, a legislação pertinente propondo a discussão com os empresários sobre o gerenciamento principalmente dos resíduos domésticos, comerciais e industriais. A idéia foi a de aproximar o setor público do privado, criando parcerias no sentido de melhor gerenciar os resíduos produzidos no município de modo a economizar recursos e proporcionar melhorias ambientais e melhor qualidade de vida aos cidadãos trespontanos.

O secretário de Meio Ambiente Marcelo de Figueiredo Gomes, expôs a situação do lixo doméstico que é coletado, transbordado para containers, transportado e disposto em Aterro Sanitário privado pertencente a empresa CTR Minas em Nepomuceno. O lixo passou a ser destinado para fora do município de maneira emergencial desde 30 de julho 2019 em função do esgotamento da capacidade do Aterro Sanitário municipal. Situação semelhante estão cerca de 28 outros municípios da região, entre eles, Lavras e São Lourenço.

Segundo Marcelo, o município coletou diariamente ao longo dos últimos três meses 35,12 toneladas em média, ao custo de R$138,00 cada, somando um total de 1053,6 toneladas no mês gerando um gasto de R$ 145.396,08 por mês. O processo licitatório já foi feito e o contrato com a mesma empresa foi renovado. “É um custo alto, mas acreditamos ser este o melhor caminho em função do alto custo também para construção de outro Aterro Sanitário no município e da dificuldade com a operacionalização e o gerenciamento adequado deste tipo de empreendimento”. Desta forma, Marcelo entende que o investimento é necessário e traz segurança ambiental e retorno com ICMS ecológico para o município. A coleta do lixo continua sendo feita pela Secretaria Municipal de Transportes e Obras.

Secretário de Meio Ambiente Marcelo Figueiredo pediu a colaboração dos comerciais e empresários

“ A interação entre o poder público, o comércio, indústrias e principalmente os cidadãos é que vai gerar bons resultados nas questões ambientais. Então é fundamental criar um canal de comunicação entre os geradores de resíduos para que possamos desenvolver juntos melhores formas de gerir os resíduos em nosso município”, acrescentou.

Marcelo também expôs a quantidade de resíduos recicláveis gerados e coletados pela ATREMAR e catadores autônomos, demonstrando que ainda existem muitos materiais recicláveis, sendo indevidamente coletados como lixo, como exemplo, as garrafas de cerveja não retornáveis e que poderiam evitar despesa e gerar recursos para famílias trespontanas. Apenas 45% do lixo coletado são de fato rejeitos, ou seja, materiais sem condição de reaproveitamento. Outros 30% são recicláveis e aproximadamente 35%  orgânicos, que em boa parte poderiam ser compostados e aproveitados como fertilizante”.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente vem realizando treinamentos nas escolas no intuito de incentivar a reciclagem e compostagem doméstica dos materiais orgânicos para redução do volume enviado para o Aterro e a economia de recursos para a Prefeitura.

O prefeito Marcelo Chaves Garcia também comentou sobre o assunto. “Quanto mais materiais recicláveis forem recolhidos pela ATREMAR, mais famílias se beneficiam dos recursos adquiridos e maior é a economia para os cofres públicos. Marcelo Chaves diz que a Prefeitura vem fazendo campanhas e ações de conscientização da população para a importância da reciclagem nas escolas municipais, e que o comércio e as indústrias podem e devem também contribuir.

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