Fotos: Equipe Positiva

 

*Agentes de endemias enfrentam dificuldades, em casas onde moradores não aceitam que profissionais façam a limpeza 

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou esta semana mais dois casos de Dengue em Três Pontas. Eles foram confirmados na quarta-feira (06), através de exames e são de moradores que residem nos bairros Edith de Brito e Catumbi. Assim que o resultado chegou, agentes realizaram nos dois bairros o fumacê, que é o bloqueio de transmissão do vírus. De acordo com o médico veterinário do Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Marcelo de Figueiredo Gomes, a Prefeitura retomou o mutirão de limpeza bem mais cedo do que era previsto, justamente para evitar que a situação saia do controle.

Dados epidemiológicos da Secretaria Estadual de Saúde, mostram que de fato outros municípios também estão registrando casos e como Três Pontas, podem sofrer uma nova epidemia de Dengue, quando avançar para o período chuvoso, tradicionalmente entre janeiro e março, quando se tem uma concentração maior de casos. Historicamente o padrão é que a cada três anos, haja a epidemia de Dengue, mas não é um fato que se encerra. E como a situação nas casas das pessoas não melhoraram, o risco é eminente.

Mutirão de limpeza continua, mas enfrenta resistência 

A Secretaria de Saúde retomou na semana passada o mutirão de limpeza e apesar da divulgação da importância que ele tem para a saúde dos trespontanos, os agentes de endemias ainda enfrentam resistência dos próprios moradores. Alguns não autorizam a entrada deles nos quintais, impedindo que façam a limpeza. E são justamente nestes imóveis, que estão um acúmulo enorme de materiais que acumulam água e muita sujeira.

Nesta quinta-feira (07), no bairro Vila Marilena bastou uma hora de trabalho que o caminhão ficou lotado. Em uma casa na Rua Dom João de Almeida Ferrão, os agentes não conseguiram convencer uma moradora de que ela precisa limpar seu quintal. O secretário de Meio Ambiente Marcelo Figueiredo, responsável pelo mutirão de limpeza, foi pessoalmente falar com ela e também não conseguiu. A mulher que mora com o marido e o filho de 11 anos, disse que a casa é de aluguel e logo vai se mudar. Marcelo insistiu que poucos dias é suficiente para alguém ser picado por escorpião ou pelo mosquito Aedes aegypti, dada a quantidade e a infinidade de madeira velha encostada no muro, roupas acumuladas nas portas e muitas embalagens plásticas espalhadas pelo chão.

Secretário tentou convencer a moradora a deixar agentes fazerem a limpeza mas não conseguiu

O secretário foi embora se colocando a disposição, caso ela resolva deixar os agentes limpar o quintal, mas ela respondeu que não havia necessidade nenhuma. “A dificuldade as vezes é cultural. É uma situação difícil, porque depois que o morador não nos deixa entrar, ela fica exposta, coloca também em risco quem mora ao redor e não temos como obrigá-la, explicou Marcelo Figueiredo.

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