Secretário de Cultura Alex Tiso

 

*Cachê será pago com recursos da Secretaria de Cultura

A Prefeitura está preparando uma reinauguração virtual para o Centro Cultural Milton Nascimento em Três Pontas. O local está fechado desde 2015 e é um patrimônio tombado. A dificuldade para conseguir adequar o espaço às exigências do Corpo de Bombeiros foram enormes e demandou bastante tempo. O imóvel está com o projeto de combate a incêndio e muitas mudanças precisaram ser readequadas. A cerimônia está marcada para o início da noite do dia 28 de junho e o anúncio de uma live com o show “Das coisas que aprendi com Elis”, gerou polêmica durante esta semana, por conta do valor de R$15,8 mil. A apresentação já estava sendo pensada antes mesmo da pandemia e com a proibição de fazer eventos por causa de aglomeração, a Secretaria de Cultura, Lazer e Turismo decidiu transformar muita coisa em live, transmitida pela internet.

O secretário Alex Tiso Chaves assistiu ao show da trespontana Isabela Morais em Varginha, gostou e quis trazê-la, uma forma de valorizar os artistas da cidade. Ele começa esclarecendo que o show é de uma banda inteira, formada por 11 pessoas, com alta produção e uma equipe técnica que vai montar cenário e sonorização. Isabela tem sido bastante requisitada e está fazendo sucesso por onde passa em todo o Brasil. Em teatro e casas de shows, inclusive em capitais, o “Das coisas que aprendi com Elis”, tem levado grande público e os trespontanos ainda não viram. Como Alex acha que é preciso que a cultura prestigie o talento dos nossos artistas, da Isabela que foi sua aluna no Conservatório Municipal não é diferente. O secretário justifica que o valor que será pago, é para um show normal, que será transmitido pelas plataformas digitais, tem as despesas com transporte aéreo da equipe técnica, que tem músicos que virão de Três Corações, Lavras e Rio Grande do Sul, diárias de hospedagens, alimentação, estrutura de palco e iluminação, pagamento de encargos, que totalizam o valor anunciado. A Prefeitura não vai gastar com internet no Centro Cultural, que foi doada por um parceiro da Secretaria.

Alex reintera que cada artista tem seu preço e este até dentro da realidade do mercado. No processo de contratação por inegibilidade, que acontece com a dispensa de licitação, a documentos que comprovam que Isabela Morais, cobrou R$17,5 mil para se apresentar em Belo Horizonte, fora a sonorização, iluminação, transporte e alimentação. Contratos feitos com outras empresas são anexados na contratação feita pela Prefeitura, para demonstrar que ela ainda fez um desconto, por se tratar de ser a sua cidade. É muito diferente do que assentar na frente da câmera ou do celular e simplesmente tocar.

O valor não é exorbitante, avalia Alex, diferente do que se fosse contratar uma dupla sertaneja, que geraria um custo de R$500 mil, o que é inviável financeiramente para a pasta.

O dinheiro é da própria Secretaria de Cultura, não é da saúde e muito menos faz parte dos recursos destinados pelo Governo Federal, para tratar da pandemia do Coronavírus. Ele lembra inclusive que com dinheiro da pasta, é que foi feita a compra de parques infantis que serão instalados nas praças do Município e de um veículo zero quilômetro. “ As pessoas precisam entender que dinheiro da educação é da educação, da saúde é para a saúde e da cultura é da cultura”, respondeu. Caso o município precisar em outro setor e a Cultura tiver obviamente será repassado.

Em nenhum momento, a contratação foi pensada porque Isabela Morais é sobrinha do deputado estadual Mário Henrique “Caixa”. O que pesou é a qualidade do show e a valorização da artista trespontana, que vai subir pela primeira vez no Centro Cultural completamente revitalizado. E o show que ela interpreta Elis Regina, tem tudo a ver com Milton Nascimento, que empresta seu nome ao imóvel. “Elis foi a maior amizade e amor de Bituca”, revelou Alex que diz também ter feito contato com Milton na inauguração, mas ele não respondeu aos chamados. Ele enfrenta problemas com deslocamento por causa de sua saúde, embora Milton esteja fazendo shows.

Alex diz que não entende porque a contratação gerou tanta polêmica. Ele afirma que conhece os valores de shows e entende em datas como o Carnaval, por exemplo, os artistas cobram mais caro, mas R$15,8 mil é normal. “Nós já trouxemos aqui shows em outras ocasiões com preços mais caros que este. Acho que fizeram uma tempestade em um copo d’água e usar rede social para este tipo de coisa é perda de tempo. É mais fácil me ligar, vim falar comigo que estou a disposição para responder a qualquer pessoa”, finalizou o secretário.

DESPESAS À SEREM PAGAS COM O CACHÊ DE 15.800,00

1 – Pagamento dos cachês da banda e equipe técnica (11 pessoas)…………….7.750,00

2 – Despesas com transporte rodoviário e aéreo: iluminador (POA/RS) 2 técnicos (Três Corações) 2 músicos (Lavras)…………..1.136,00

3 – Diárias de Alimentação 11)……………………………….. 660,00

4 – Hospedagem de parte da equipe (07 diárias)……………  490,00

5 – Estrutura de Palco, Som e Iluminação………………………… 4.500,00

6 – Pagamento de encargos de emissão Nota Fiscal (8%)…………………1.264,00

TOTAL:  ……………………………………………. 15.800,00

Lembrando que toda a documentação necessária foi apresentada conforme o processo de contratação por inexigibilidade.

Sem mais
Att

Três Pontas, 16 de Junho de 2020

Maria Isabel Silva
Responsável pelas informações

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