Pacheco durante campanha em Três Pontas. Foto: Arquivo EP

 

O senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é o novo presidente do Senado Federal. Ele foi eleito nesta segunda-feira (1º), com 57 votos, contra 21 da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Pacheco substitui David Alcolumbre (DEM-AP).

Quarenta e quatro anos depois que um representante mineiro – Magalhães Pinto, durante a ditadura militar – presidiu o SenadoFederal, Rodrigo Pacheco foi eleito primeiro senador por Minas Gerais do Brasil redemocratizado (6ª República)

Nascido em Porto Velho (RO) e criado em Passos, no Sul de Minas, Rodrigo Pacheco fez carreira profissional em Minas. Atuou como advogado, especialista em direito penal e, depois na política, foi eleito deputado federal pelo MDB em Minas Gerais. Em 2018, foi eleito senador, recebendo 3.616.864 votos mineiros. Em Três Pontas, conseguiu 11.101 votos, ou seja, 21,39% dos votos válidos, se tornando o mais votado.

Pacheco esteve em Três Pontas em setembro, na comitiva do candidato ao Governo de Minas pelo PSDB, Antonio Anastasia, acompanhado do deputado federal Diego Andrade (PSD) e outros candidatos. Eles estiveram no Auditório da Cocatrel e foram recepcionados pelo prefeito Marcelo Chaves Garcia (PSD).

O primeiro discurso de Rodrigo Pacheco como presidente do Senado foi abrangente. Citou vários temas como importantes e, com isso, atendeu a diferentes correntes do Senado, cujas pautas prioritárias são diversas. Defendeu a independência da Casa, o combate à corrupção, a geração de empregos, o combate à pandemia, a estabilidade econômica e a preservação do meio ambiente.“[O Senado deve] Atuar com vistas no trinômio saúde pública, desenvolvimento social e crescimento econômico, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis, gerar emprego e renda”, disse o novo presidente do Senado. Pacheco também citou as reformas, sobretudo a tributária, que o governo federal tenta emplacar há vários meses, mas que empacou no Congresso. Para ele, as reformas devem ser debatidas, mas “sem atropelos”.

Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e por Davi Alcolumbre, seu antecessor no comando do Senado, Pacheco procurou afastar essa ideia ao pregar a independência da Casa. Ele considerou essa uma “premissa fundamental” para a tomada de decisões e afirmou que os senadores são “legítimos representantes eleitos dos seus estados e do Distrito Federal, para o livre e eficiente exercício dos seus mandatos”.

Pacheco indicou que pautará projetos de estímulo à atividade industrial, ao agronegócio e ao setor de serviços. “Procuremos viabilizar aquilo de que mais nos ressentimos já há algum tempo, uma infraestrutura nacional abrangente e adequada. Temos que pensar nos mais diferentes nichos de atividades, de forma inclusiva para todos os trabalhadores”.

O apoio de Alcolumbre foi fundamental para a eleição do novo presidente, dada a simpatia de líderes de diversos partidos pelo então líder da Casa. A proximidade de Alcolumbre com o presidente Jair Bolsonaro, com lideranças governistas, como PP, PSD e Republicanos, e de oposição, PT e PDT, assegurou um apoio abrangente a Pacheco.

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