Fotos: Denis Pereira/EP

 

E Viva Três Pontas! A frase que titulariza o evento realizado entre os dias 07 e 09 de julho, foi uma festa bonita, organizada, solidária e segura, realizada no Parque Multi Uso da Mina do Padre Victor. Depois de sair do calendário festivo do Município ano passado, o Viva voltou com tudo, já deixou saudades e uma lição de que o trespontano não pode deixar tudo para a última hora, apesar de sermos brasileiros e termos sempre este hábito.

Se alguém ainda desconfia se as atrações agradaram o público, é porque não encontrou com ninguém que se divertiu durante estas três noites. A festa contou com cantores nacionais e deu mais uma vez palco aos artistas trespontanos. E o mesmo palco. Não houve diferença entre eles e a mesma vitrine foi dada pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura, Lazer e Turismo, com o apoio de todas as outras. O Viva Três Pontas contou com a segurança da Polícia Militar, da Guarda Municipal e uma equipe especializada de segurança. Se houve alguma confusão, ela foi pequena dada a eficiência na atuação. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) montou ponto base no Parque, juntamente com uma equipe do 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros e a WS Treinamentos.

O ingresso a preço solidário foi R$6 e terá toda a renda revertida para Vila Vicentina e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e o que foi arrecadado nas barracas das entidades servirá como apoio para a manutenção de seus serviços e uma forma a mais do Município oferecer ajuda a quem tanto faz pelos trespontanos. Até a publicação desta reportagem não havia sido divulgado o valor que será destinado a cada uma delas.

Os ingressos foram colocados a disposição em pontos de vendas físicos e pela internet. Apesar da orientação de que não deixassem para adquirir as entradas antecipadamente pois elas seriam limitadas, muita gente fez diferente e a caça aos ingressos foi inevitável. Principalmente no show de Pedro Paulo e Alex “PPA”, que tiveram os ingressos esgotados dois dias antes, a procura foi descomunal. Nem mesmo os camarotes, onde o preço foi diferencial foram encontrados 48 horas antes. Quando mais 100 ingressos foram disponibilizados, eles acabaram em 20 minutos. Teve gente que pagou mais caro e bem mais caro, o preço por não ter comprado bem antes.

A organização seguiu a determinação do projeto que foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros, que como todo evento tem limite de público. Quem achou que por ser realizado pelo Poder Público não haveria limites se enganou e perdeu a melhor festa dos últimos anos.

Começou pelo Biquini Cavadão na quinta-feira (07). Na estrada há 35 anos, eles mostraram que são atuais e que acima de tudo o público é seu maior patrimônio. Reconhecendo que voltar a terra de Milton Nascimento depois de um show que fizeram na década de 1990, é sempre um prazer, Bruno Gouveia que atendeu a imprensa em uma entrevista coletiva, lembrou das dificuldades que os artistas enfrentaram na pandemia da Covid-19.

Animação, diversão e interação com a multidão que os prestigiaram não faltaram, marca registrada do Biquini. Bruno lembrou que Minas Gerais é o estado que mais assistiu os shows, onde eles fizeram mais apresentações e por isso, muito da história da banda está aqui. Eles cantaram muito as canções do novo single lançado ano passado, durante a pandemia chamado “Através dos Tempos”, que fala desta vida corrida que as pessoas estão. E também de um EP, lançado para o Dia dos Namorados com músicas deles se que tornaram emblemáticas e com arranjos especiais.

Os sul mineiros Douglas e Vinícius cantaram na sexta-feira (08). De Poços de Caldas e da vizinha Boa Esperança, aproveitaram a vinda aqui para dar uma passada rápida em casa. Começaram a tocar em barzinhos e festas universitárias e como é importante valorizar as raízes lembraram durante o show o tempo que tocava na Adega em Três Pontas. Bastante simpáticos, ao atender a imprensa, estavam acompanhados dos pais que falaram serem devotos de Padre Victor e virem na festa na cidade.

Tocando desde o ritmo mais jovem e atual, como o sucesso que os fizeram explodir na Indonésia, “Figurinha”, ao modão sertanejo de Milionário e José Rico, eles balançaram a multidão quem teve até que abandonar a blusa de frio.

E se a procura por ingresso por Pedro Paulo e Alex (PPA) foi a maior do Viva, eles honraram a vinda aqui demonstrando que apesar do dom que carregam, é o povo que os fazem estar no auge do sucesso.

Os meninos do Paraná, que tocavam em repúblicas, cada um ao seu estilo – um de calça apertada e jaqueta o outro com cinto de fivela e bota de cowboy, mostraram que cantor tem que cantar e dançar. A performance deles para a dança fizeram a mulherada ir a loucura. Antes disso, eles saíram do hotel, tiraram fotos com fãs que os reconheceram e foram até na academia. Neste contato com o público também souberam que os ingressos estavam esgotados. O mar de gente parecia delirar com cada sucesso, respondendo que valeu a pena ir, independente do preço pago no ingresso.

Os cantores de Três Pontas não deixaram por menos e fizeram a galera sacudir, antecedendo aos shows nacionais. A Banda Paço Municipal formada por servidores da Prefeitura fez a estreia em um palco e em grande estilo. Teve ainda a sofrência com Amanda Rissi que mostrou uma enorme potencia na voz, parecida com a saudosa Marília Mendonça. Iuri Santorini mostrou seu balanço ao ritmo sertanejo e Hugo Léo repetiu o sucesso de suas apresentações que estão acontecendo na região, com o sertanejo universitários e dos anos 80 e 90.

As barracas tiveram um delicioso cardápio, vão desde comidas típicas de julho, passando a feijoada, espetinhos de carne, com opção de cerveja e chopp. Outras entidades montaram suas barracas e serão beneficiadas com a renda, como o Caic, Rotary, Loja Maçonica Fraternidade e União, Associação Cultural de Três Pontas (ACTA) e Encontro de Jovens com Cristo (EJC).

A organização ainda não fechou o balanço financeiro da festa, mas já contabilizou que 19.089 pessoas compraram ingressos para os shows do sambista Diogo Nogueira e os três do Viva, sendo 8 mil apenas no dia do Pedro Paulo e Alex, que teve os convites esgotados.

O Viva Três Pontas teve os mesmos patrocinadores do Festival Canto Aberto – a Cocatrel, Concrelongo, EPTV, Sicoob Copersul e Unimed Três Pontas.

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