Fotos: Hécio Rafael

 

Lançamento da coleção de peças íntimas para ostomizados foi o marco da comemoração este ano

“Superando barreiras para garantir a inclusão“. Este é o tema deste ano da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, entre 21 e 28 de agosto, realizada pela Apae em Três Pontas e definido pela Federação Nacional das Apaes.

A unidade apaeana em Três Pontas, como todos os anos realiza diversas atividades e ações alusivas a data, como atividades recreativas, festa, passeata, apresentação da banda da Apae e palestras.

O tema de 2022, possibilita a discussão sobre quais são as mudanças e adaptações que a nossa sociedade deve fazer para garantir a inclusão da pessoa com deficiência intelectual e múltipla. Desde o surgimento do modelo social da deficiência, é nítida a necessidade de a sociedade se adaptar e fornecer os apoios necessários para a participação e inclusão da pessoa com deficiência intelectual.

Neste sentido, cabe a reflexão sobre o termo “superando barreiras”. Este termo sugere um movimento individual das pessoas com deficiência diante das barreiras, quando, na verdade, o movimento para eliminá-las deve partir da sociedade. Acreditar que as pessoas com deficiência devem fazer um esforço maior para estarem incluídas é reforçar um modelo de sociedade pouco inclusivo. Por outro lado, a realidade cotidiana das pessoas com deficiência intelectual é de enfrentamento constante de barreiras, desde seus direitos humanos mais básicos, como gerir seu próprio vestir, às tomadas de decisões na vida adulta.

Neste cenário, acreditar que sem esse enfrentamento e luta cotidiana a sociedade irá espontaneamente se transformar, pode soar um tanto utópico. Por isso, os movimentos de autodefensoria se tornam peça fundamental neste protagonismo. Falar sobre barreiras para inclusão é fazer um exercício cotidiano de quanto eu preciso me adaptar para que elas estejam incluídas.

A Superintendente da Apae de Três Pontas, Maria Rozilda Gama Reis, acrescentou que é É nítida as adaptações que a sociedade deve fazer, de fornecer os apoios necessários para se  garantir a inclusão. Em mais este quesito, a Apae trespontana está na vanguarda. Os ostomizados levaram para a instituição uma barreira que eles enfrentavam quanto ao vestuário, para o acesso deles na água, seja nas piscinas ou nas praias. A demanda foi abraçada pelo projeto intitulado Valores de Identidade e Expressão Social (VIES), que criou lingeries com calcinha absorvente, produzida com tecidos biodegradáveis, para ser utilizado no período menstrual.

A Apae fez o pré lançamento da coleção de maiôs, calcinhas e sungas para os ostomizados dentro da comemoração da Semana das Pessoas com Deficiência que foi a grande novidade deste ano.

(Com informações da Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais e Apae de Três Pontas)

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