*Eles estavam escondidos em São Paulo. Policia Civil de TP e SP vão intensificar a procura ao quarto e principal agressor, que espancou e torturou Gustavinho até a morte

Três suspeitos de terem participado da morte de Gustavo Henrique Silva de 26 anos, o Gustavinho, se apresentaram na 15ª Delegacia de Polícia Civil, durante a noite desta terça-feira (10), em Três Pontas. A vítima que tinha uma ficha criminal bastante extensa, com várias passagens por furtos, foi torturada até a morte na madrugada do dia 31 de maio.

O trio – dois rapazes de 23 e 32 anos e uma mulher de 25, estavam sendo procurado pela polícia e eram considerados foragidos e haviam contra eles mandados de prisão expedidos pela Comarca. Eles estavam escondidos em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo (SP), chegaram na Delegacia de Três Pontas por volta de 20h30, acompanhados por dois advogados.

Policiais tiveram que conter os familiares da vítima e dos autores que se encontraram na porta da Delegacia

Enquanto os policiais cumpriam as formalidades, familiares dos suspeitos e da vítima se encontraram em frente a Delegacia e houve uma discussão. Os policiais civis tiveram que conter os ânimos até a saída deles para o Pronto Atendimento Municipal (PAM), onde eles foram encaminhados para a realização de exame de corpo delito. Em seguida, os rapazes foram encaminhados ao Presídio de Três Pontas e a mulher para a Delegacia de plantão de Varginha e depois seguirá para o Presídio de Bom Sucesso.

Suspeitos estavam sendo monitorados

Suspeitos passaram pelo PAM onde realizaram exame de corpo delito, procedimento padrão antes de irem para os presídios

Ainda no calor dos fatos, as investigações para apurar a morte de Gustavinho começaram antes mesmo dele ter a morte cerebral diagnosticada. E apesar da vida pregressa, o caso foi tratado com prioridade, exigindo dedicação da equipe, uma vez que nada justifica a agressão tão violenta.

Segundo o investigador Rodrigo Silva, o inquérito aponta que foram três os autores do homicídio, além da namorada do principal deles que teria instigado as agressões. O terceiro suspeito, foi apontado em diversas diligências no bairro Padre Vitor com informantes que apontaram com certeza a participação dele nas agressões que iniciaram na Rua Dr. Carvalho de Mendonça. Começaram por volta de 23h40 de domingo e perduraram até 3:00 da madrugada de segunda-feira, no local onde a vítima foi encontrada, na porta da casa de um dos autores.

A namorada do principal autor, que ainda continua foragido reservou o direito de permanecer em silêncio e ao se apresentar não disse nada. O inspetor da Polícia Civil Gustavo Domingos, detalha que assim que foram expedidos os mandados de prisão pela justiça, a equipe começou a rastrear os suspeitos. Inicialmente optou-se pela negociação, através de familiares e amigos, mas os investigados permaneceram foragidos. No início da semana passada, quando a polícia conseguiu localizá-los em São Paulo, abriu-se uma negociação com o advogado deles. Ficou bem claro que haviam duas opções, sem outra saída – ou eles se apresentavam ou a equipe iria até eles.

Os advogados cumpriram com o combinado e apresentaram seus clientes que viram a vantagem de cumprirem a pena próximos de suas famílias, podendo receber em breve visitas, com o fim da pandemia da Covid-19.

Foragido que resta, tem duas opções

O investigador Rodrigo Silva, o inspetor Gustavo Domingos e o delegado Gustavo Gomes

O principal autor do homicídio não quis se apresentar, mas o inspetor anuncia que a partir de agora, a Polícia Civil de Três Pontas, mais a Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo (DECADE – SP), voltam todas as suas atenções para prendê-lo. “Ou ele se apresenta como fez os outros ou vamos busca-lo onde ele estiver”, antecipa.

A Polícia Civil conseguiu cumprir com seu papel de trazer um acalento para o coração da mãe de Gustavinho, a Dona Cidinéia, que constantemente cobrava uma resposta da equipe pelo homicídio do filho.

De acordo com o delegado Dr. Gustavo Gomes, o inquérito está concluído e não há dúvidas sobre o envolvimento de cada um dos investigados, que foram indiciados. Já houve o oferecimento da denúncia e o procedimento segue em juízo.

Eles foram denunciados no crime de homicídio triplamente qualificado: por ter impossibilitado a defesa da vítima, do modo como iniciou a execução ao abordar a vítima de forma rápida e iniciar o ato violento de forma sucessiva. Por motivo torpe que é a razão alegada pelos autores; da vítima ter furtado roupas que seria do casal. E terceira; a da tortura diante das agressões sucessivas e demoradas a ponto de provocar um sofrimento incomum à vítima. Caso sejam condenados, a pena varia entre 12 e 30 anos de prisão.

Em um dos depoimentos colhidos, uma das testemunha revelou que Gustavinho pediu para não morrer e mesmo depois de já estar bastante debilitado, foi levado para a casa do principal autor e lá as agressões continuaram. “A Polícia Civil não tem dúvidas de que eles queriam matá-lo desde o início”, concluiu o delegado.

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