Foto: Equipe Positiva

 

Objetivo foi conscientizar pessoas à necessidade do uso de máscaras

Três Pontas comemorou nesta segunda-feira (1º), o Dia D de combate ao novo Coronavírus. A data marcou uma série de ações educativas e de prevenção pela cidade. Servidores da Secretaria Municipal de Saúde, de várias áreas da Prefeitura e do projeto “Laranjinhas”, se espalharam pelo município desde o início do dia. O foco da data foi conscientizar as pessoas para o uso de máscara. Usar o protetor no rosto para evitar o contágio do Covid-19 já é tão comum como colocar uma roupa e um calçado para grande parte das pessoas. Com o tempo, as pessoas estão relaxando e não há motivos para isto.

A primeira ação foi levar orientações para trabalhadores safristas, que estão atuando na colheita do café. Ônibus e veículos que fazem o transporte dos apanhadores foram parados em blitz’s realizadas na saída das estradas vicinais. Fiscais da Vigilância Sanitária, com apoio dos “laranjinhas” abordaram quem estava sem máscara. Estes receberam o acessório de graça e ouviram também medidas que devem ser adotadas lá na lavoura do café. O Coronacar, um carro personalizado estilo virus, percorreu as ruas o dia todo, com publicidades de prevenção e chamou a atenção.

Na Praça Cônego Victor, profissionais da saúde também abordaram moradores em uma tenda em frente a Matriz D’Ajuda durante a manhã, levando orientações básicas. Quem estava sem máscara, foi abordado e explicado a importância desta barreira de proteção. A secretária de Saúde Teresa Cristina Rabelo Corrêa foi pessoalmente falar com motoboys que estavam aglomerados em frente a Herma do Padre Victor e alertou que a máscara é importante para a segurança deles e de seus clientes. Nos bancos, balões vermelhos e um aviso alertavam que o momento não é para ficar assentados lá, porque correm risco, pois o vírus está em todos os lugares.

Grupo fez intervenção chamando a atenção de quem não estava de máscara. Foto: PMTP

No início da tarde, abordagens feitas na praça e em estabelecimentos comerciais aliaram bom humor e conscientização. O diretor do grupo teatral Artimanha, Glauber Reis que está acostumado com sua turma de jovens, teve o desafio de treinar “laranjinhas” para fazerem encenações e chamar a atenção de quem estava sem máscara. Muita gente foi abordada e dava as mais variadas desculpas para estar sem ela no rosto. Estas pessoas eram aplaudidas por um demônio por não usarem a máscara, mas como a gente sempre tem um anjo, ele aparecia e dava de presente o ítem que se tornou indispensável nos atuais tempos de pandemia. As intervenções eram rápidas e a cobrança acabou sendo de certa forma um puxão de orelha.

Durante todo o dia, fiscais da Vigilância Sanitária se dividiram para intensificar a fiscalização às normas exigidas para o funcionamento do comércio. Cerca de 60 estabelecimentos foram visitados, na região central e nos bairros. Na Avenida Ipiranga onde haviam denúncias de irregularidades os servidores também foram verificar a situação.

A ideia de criar o Dia D, foi para mostrar que a máscara precisa ser usada não apenas para ser atendido no comércio, mas constantemente e ininterruptamente para sair de casa. A adesão à proteção está baixa e não se pode correr o risco de perder o funcionamento dos estabelecimentos comerciais, justamente neste período em que o dinheiro da collheita do café, começa a circular e movimentar a economia. A máscara pode ser de pano, de fabricação caseira e funciona como uma barreira mecânica, mas, as outras medidas de prevenção continuam e não podem ser esquecidas: lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel, evitar aglomeração, manter o distanciamento social e deixar idosos, crianças e pessoas do grupo de risco em casa.

Apesar de não haver nenhum caso confirmado de Coronavírus internado no Hospital São Francisco de Assis, a lotação da está no máximo. Estão internados idosos com outras patologias e doenças comuns de inverno, ccomo pneumonia, infarto, derrame, crianças como problemas de bronquite, asma, entre outras.

Teresa entende a necessidade das pessoas todo início de mês sairem para fazer compras e pagar suas contas, mas reintera, que apenas uma pessoa deve sair, para que a pandemia não cause estragos em Três Pontas, nos meses de junho, julho e agosto. “Nós estamos na ameaça silenciosa. Estamos certos que o Coronavírus está controlado e isso não existe, ninguém controla um vírus. Vamos usar a máscara, evitar a transmissão porque o vírus está em Três Pontas e nós não o vemos”, reinterou a secretária.

A Secretaria Municipal de Saúde destinou uma médica para fazer o atendimento dos pacientes sintomáticos e assintomáticos do Covid-19. A doutora Priscila Schiavon, contou que vai trabalhar inicialmente com os casos confirmados, fazendo acompanhamento diário, acompanhando os sintomas e as queixas dos pacientes e verificar a necessidade de encaminhamento para a realização de algum exame, atendimento no Pronto Atendimento Municipal (PAM) ou uma possível internação. Quando o caso de Covid-19 for confimado, ela será comunicada e fará um acompanhamento por 14 dias, via telefone, diariamente. Após este período, atendendo aos critérios médicos, os pacientes terão alta e poderão retornar às suas atividades. Com poucos casos e algumas altas, doutora Priscila espera que a situação não mude e isto depende muito da população, que pode contar com a equipe para dar apoio.

Ela alerta para os casos de alguns pacientes que são assintomáticos que podem estar infectados, mas não tem sintomas e por isto não sabem se possuem o vírus. Como não estão sendo feitos muitos testes, não tem como saber. Por isto, doutora Priscila reforça a necessidade do uso da máscara e do isolamento, que se tornam ainda mais necessários. Afinal de contas não tem ainda vacina, nem tratamento para a doença.

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