Fotos: Equipe Positiva

 

Empresários demonstraram otimismo para os próximos anos, com a expansão de mercado, faturamento e geração de emprego

Três Pontas figura como pólo da indústria plástica. Segundo levantamento realizado pelos estudantes da Fateps, as empresas geram uma média 5 mil empregos diretamente e outros 3 mil indiretamente. O crescimento vertiginoso da indústria plástica, chamou a atenção do meio acadêmico e se tornou fonte de pesquisa, de um projeto dos alunos do curso de Administração.

Foi para trocar experiências, contribuir com este crescimento acelerado, apontando as maiores dificuldades e os avanços, é que empresários foram convidados a participar do 1º Encontro de Entidade e Empresário do Setor Plástico.

1º Encontro de Entidade e Empresário do Setor Plástico

O espaço foi democrático e além de tratar destas indústrias, a situação do Estado e uma visão acadêmica e empresarial do Brasil foram alvos de muitos questionamentos. No encontro, participaram representantes de algumas das empresas instaladas em Três Pontas – Artvac Embalagens, Lassane Plásticos e a Politubos – o prefeito Marcelo Chaves Garcia (MDB), o presidente da Associação Comercial e Agroindustrial Bruno Dixini Carvalho e vice do Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Três Pontas (Condes) e o diretor da Faculdade Três Pontas, professor Valmir Gonçalves. Este último, enalteceu a interação que Fateps vem tendo com a cidade, e neste caso específico, discutir sobre o setor que está bastante consolidado, e muitas das vezes passa despercebido, para entender como ele funciona, como gera empregos e renda, quais são suas maiores dificuldades.

As empresas do ramo vivem uma franca expansão nos últimos anos e a cada dia nasce uma nova marca, que é mais uma concorrente, mas uma aliada, que troca experiências e que busca alternativas para se manter no mercado, acompanhando a evolução em maquinários e tecnologias, cada vez mais fundamentais para a qualidade dos produtos fabricados.

Os convidados ocuparam a mesa, junto com o prefeito e o diretor da Fateps, se apresentaram e resumiram um pouco da história de cada empresa e da contribuição que elas tem dado ao crescimento industrial de Três Pontas. Por isto, muito além do que apenas falar da potencia delas em gerar postos de trabalho, durante mais de duas horas, universitários e empresários falaram de gestão financeira, de mercado, mão de obra, infraestrutura, logística e também do meio ambiente, já que as indústrias estão tendo que se tornar cada vez mais sustentáveis.

Alguns que falaram das indústrias daqui, foram alunos que fizeram um trabalho de pesquisa e foram conhecer a realidade dentro e fora das suas  estruturas. Helena Marinho de Paiva da Artvac, revelou que o grupo está a 20 anos no mercado e possui unidades em Três Pontas, Varginha e Novo Horizonte (SP). Fabrica embalagens de alta tecnologia produzidas por 700 funcionários.

O universitário Gabriel Braga de Oliveira, aluno do 6º período conheceu uma das mais antigas empresas da cidade. A Lassane Plástico foi criada em 1974 e está a mais de 40 anos na liderança nacional em encadernação. Possui 290 colaboradores, sendo que 40 deles estão no Centro de Distribuição em São Paulo (SP).

E se falando em plástico, não se pode esquecer do setor de reciclagem, por isto, a Associação de Catadores foi também alvo de pesquisa dos alunos. Um grupo foi até a sede da Atremar e constatou uma realidade bastante diferente do que as pessoas pensam do local. Beatriz de Souza Pereira mencionou que a coleta seletiva é feita em 90% do Município, mas o desafio é alcançar os 100%. Beatriz elogiou o apoio que a Prefeitura oferece na disponibilização de um profissional que trabalha na gestão dos negócios, mas alguns pontos observados podem ser trabalhados e o grupo de universitários está disposto a colaborar.

A TP Plast Indústria e Comércio é uma das mais novas na fabricação de embalagens plásticas. Foi fundada em 2016 pelos sócios Adriano Corrêa Brito e Mário Garcia Reis Neto e já tem 50 colaboradores. Eles vieram do setor de café e Adriano divide atualmente seu tempo também com a advocacia. Adriano participou do encontro e contou que o setor ainda é uma novidade para eles, porém, já perceberam que a indústria é dinâmica e na região é bastante puljante.

Entre tantas perguntas que ele respondeu, o empresário não escondeu que a maior dificuldade e a carga tributária nacional e estadual. As alíquotas variam por estado, e Minas Gerais tem uma das maiores do país. E tem ao lado, São Paulo que investe bastante e torna a concorrência um tanto quanto difícil. “Minas Gerais sai com uma alíquota de 10% maior no valor dos impostos em desvantagem”, detalhou.

A mão de obra é também uma dificuldade, mas Adriano Corrêa é consciente que ela existe por causa do crescimento da indústria de embalagens em Três Pontas que foi grande demais e assusta qualquer empreendedor. “Os próprios empresários tem obrigação de investir neste quesito. Mesmo que não tenhamos mão de obra altamente qualificada, estamos a caminho disso e temos pessoas com muita vontade que o município cresça, opinou”.

O gerente geral da Politubos, André Felipe Campos Castro, onde trabalham uma média de 55 trabalhadores apontou que a maior dificuldade é para profissionais que fazem a manutenção de seus maquinários, como mecânico e eletricista industrial. São poucas pessoas no mercado e apesar de encontrar estes em Três Pontas, a espera pode durar de 15 a 20 dias e nunca na hora do problema. A Politubos fabrica mangueiras para irrigação e construção civil, utensílios para construção e mangueiras de PVC flexível.

O prefeito Marcelo Chaves diz que está satisfeito com o que o setor tem provocado, na cidade, que torce pelos empresários e afirmou que sempre tem recebido propostas de novas empresas do ramo e está aberto a todas. Ele mencionou que todas as propostas passam pelo crivo do Conselho do Desenvolvimento Econômico (Condes), que analisa a viabilidade da proposta, dando transparência aos atos do Poder Executivo. Apenas uma das empresas instaladas, está construindo um novo empreendimento, em uma área pública vai gerar em breve cerca de mil empregos diretos. Sem falar na geração de impostos que é fundamental para os cofres públicos. “Outras empresas querem vir, justamente por ter outras aqui e nós temos feito o que podemos para ajudar”, reinterou o gestor.

Universitários fizeram perguntas e tiraram suas dúvidas sobre o setor

O presidente da Acai-TP Bruno Dixini acrescentou que as empresas trabalham em rede, trocam experiências e compartilham informações que contribui com o crescimento conjunto de todas elas, principalmente no que se refere a tecnologia.

Alegou que muitas das vezes, o que é preciso ser visto pelo poder público é o faturamento e não tão a geração de emprego. Neste quesito é preciso garimpar atividades que pagam salários maiores e melhores.

O coordenador do curso de Administração da Instituição, professor Thaylor Duarte concluiu o evento dizendo da sua felicidade em ver a evolução dos alunos da Fateps, por terem conseguido realizar este primeiro encontro de entidades e empresários do setor plástico de Três Pontas. Setor este que está em crescimento e gerando muitos empregos e renda para a região. “Nós da Fateps estamos abertos para pesquisas e desenvolvimento deste setor”, pontuou.

Novo maquinário na TP Plast, permite empresa de fabricação de embalagens a ampliar leque de clientes

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