Foto: Arquivo EP

 

*Dados são da Unifal, que mostram resultado positivo da Onda Roxa, mas o número de novos casos ainda é alto, somado ao ritmo lento da vacinação

A pesquisa com os indicadores de saúde relacionados à Covid-19, realizado pela Universidade Federal de Alfenas, mostraram nesta segunda-feira, dia 26 de abril, completaram-se 40 dias depois do início da Onda Roxa em Minas Gerais. A média diária de casos na semana registrou 6229 e uma redução de 34% em relação a duas semanas antes, configurando tendência de queda.

Nenhuma região mineira apresenta tendência de crescimento sendo que, exceto Triângulo Sul e Centro Sul que estão em estabilidade, todas apresentam diminuição. Minas Gerais também apresenta tendência de redução das internações e estabilidade de óbitos. Os dados indicam que o ritmo do contágio foi diminuído com a vigência das quatro semanas de medidas mais restritivas, o período da Onda Roxa.

Nos primeiros 14 dias, novas cadeias de transmissão foram evitadas e nos 14 dias seguintes a resolução dos casos das duas semanas anteriores se somou à prevenção de novos casos.

O Sul de Minas registra tripla tendência de diminuição: novos casos, internações e óbitos. Apenas a regional de Varginha mantém estabilidade em casos novos e tendência de crescimento de internações e óbitos. O ritmo do contágio diminuiu também entre os 10 mais populosos municípios da região. Nenhum registra tendência de aumento de novos casos. Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha, Passos, Itajubá e São Sebastião do Paraíso apresentam tendência de diminuição e estabilidade em Lavras, Alfenas, Três Corações e Três Pontas.

Em internações, apenas Lavras e Três Pontas apresentam crescimento e os demais tendência de queda. Em mortes, Pouso Alegre, Lavras, Itajubá e Alfenas demonstram redução, em Varginha estabilidade e crescimento em Poços de Caldas, Passos, Três Corações e São Sebastião do Paraíso.

Os indicadores da pesquisa coordenada pelo professor de epidemiologia Sinézio Inácio da Silva Júnior, apontam que a Onda Roxa teve resultados positivos. Mas o número de novos casos ainda é alto e somado ao ritmo lento da vacinação cria ambiente favorável ao surgimento de variantes mais transmissíveis e resistentes.

A média diária de novos casos na semana registrou 815, que é mais que o dobro da média de novos casos por dia durante toda a pandemia. A mortalidade média diária na semana de 41 óbitos ainda é quatro vezes maior do que a média diária observada
em toda a pandemia.

Comparando 2020 e 2021, a pandemia acelerou de modo dramático em 2021. Na região Sul, em termos de novos casos e mortes, apenas durante os quatro primeiros meses do ano a média diária de casos foi de 922 contra 191 de 2020; um aumento de 383%. Em mortes, a média diária de 24 óbitos destes meses iniciais de 2021 já significa um aumento de 500% em relação às quatro mortes em média registradas em 2020. Isso demonstra a força da circulação do vírus e mesmo o aumento da letalidade a ele associada, que registrou 2,3% em 2020 e agora 2,6% em 2021.

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