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Sem recesso de Carnaval, a sessão ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira (15), teve como principal assunto a vacinação contra a Covid-19. Com vários profissionais da Secretaria Municipal de Saúde acompanhando a reunião no Plenário Presidente Tancredo Neves, os vereadores abriram os trabalhos de praxe e fizeram suas manifestações abordando diversos temas no Pequeno Expediente.

 

O vereador Luciano Reis Diniz (PV), disse que não poderia deixar de comentar uma postagem que ele viu criticando os professores, de que não estão trabalhando. A esposa do vereador é professora e ele diz ser testemunha que a categoria está trabalhando dobrado. O parlamentar lamenta os profissionais não estarem na lista do grupo prioritário para receberem a vacina contra o Coronavírus e que o Município não tem auotonomia nela.

O vereador Luan Donizeti Elias (Luan do Quilombo – PDT), mencionou o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Obras, atendendo pedidos levados pelos moradores através dele. Também disse da visita que ele e os colegas de partido receberam nesta segunda-feira, do deputado estadual Carlos Pimenta. O encontro foi bastante produtivo, onde eles puderam apresentar várias demandas e tiveram o compromisso assumido de continuar ajudando a cidade neste ano de 2021.

Paulo Vitor da Silva (PP), reclamou novamente da iluminação da cidade, que está deixando a desejar, enquanto a taxa paga pelos contribuintes continua salgada. Praças, ruas e avenidas estão as escuras e o serviço realizado pela empresa terceirizada está a ‘conta gotas’.

Já Roberto Donizetti Cardoso (DEM), comentou sobre a entrevista coletiva concedida pelo prefeito Marcelo Chaves na semana passada. Após assisti-lá, ele deu uma volta na cidade e passou pela Avenida Oswaldo Cruz e reclamou que a obra de retirada do esgoto do trecho está uma vergonha e demorando demais. O calçamento está todo irregular e não entende o fato de não ter sido embargada ainda pela Prefeitura. Segundo Robertinho, os comerciantes não aguentam mais e estão com razão.

O vereador Sérgio Eugênio Silva (Serjão – Cidadania), registrou as providências tomadas quanto ao trânsito de veículos dentro do Parque Municipal Vale do Sol, reclamação feita por ele na última reunião. Antecipou o reconhecimento ao trabalho feito pela Secretaria de Saúde, quanto a imunização feita ao grupo prioritário da vacina da Covid-19. Na visão dele, as pessoas é querem fazer a lista e não entendem que não tem vacinas para todos ainda.

O vereador Geraldo José Prado (Coelho – PSD), também falou da obra na Avenida Oswaldo Cruz, que na visão dele é uma empresa de segunda categoria que está realizando o trabalho, a quase um ano e demorando demais. Ele acusou que ela cortou os fios de energia que liga a iluminação do Sambódromo Jaime Abreu.

Já o vice presidente da Câmara Antônio Carlos de Lima (Antônio do Lázaro – PSD), fez fortes declarações sobre o trabalho da Polícia Militar nos distritos do Quilombo Nossa Senhora do Rosário e Pontalete. Ele divulgou que quem quiser abusar do som de carros e empinar motos sem ser importunados pela polícia podem ir para o Quilombo, citando inclusive o nome de ruas do local. Isto porque, segundo ele, o Distrito se transformou em terra sem lei. Antônio já pediu providências várias vezes à Polícia Militar, mas até hoje não foi atendido.

O presidente da Câmara vereador Maycon Douglas Vitor Machado (PDT), também expôs sobre a visita do deputado Carlos Pimenta e detalhou que entre os pedidos feitos ao parlamentar, está um aparelho de ultrasson para o Centro Integrado de Assistência a Mulher e a Adolescente (Ciama), além da antena de telefonia móvel para o bairro Cidade Jardim e recursos financeiros para o Município.

Ele aproveitou para divulgar a abertura das inscrições para os cursos técnicos de Administração, Cafeicultura, Informática e Vendas, ofertados pelo Instituto Federal campus Carmo de Minas, Machado e Campus Muzambinho, em Três Pontas, na antiga Escola Solange Mendonça Reis, na Rua Barão da Boa Esperança, no Centro. O período de inscrições é entre 22 de fevereiro e 05 de março e mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3265-4152.

Quanto a vacinação dos professores, Maycon revelou que o Sindicato dos Professores de Minas Gerais, tem solicitado que após a imunização do grupo de risco, com a eminência de volta às aulas, seja estudado a viabilidade que os professores sejam vacinados em seguida. Esta é uma preocupação do sindicato da categoria e que vai beneficiar a todos da área da educação.

Apenas um projeto de lei

O presidente da Câmara Maycon Machado e o secretário da Mesa Luan do Quilombo, com o calendário produzido pela Secretaria de Cultura, que pontua no ICMS Turístico

A sessão estava sem nenhum ítem na pauta, mas o vereador Antônio do Lázaro, pediu a inclusão do projeto 037, de 11 de fevereiro, que abre crédito adicional especial no valor de R$300 mil, que são recursos repassados ano passado, pelo Ministério da Saúde, para custeio das ações e dos serviços no combate a Covid-19, para posterior repasse à Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis. Por isto, o pedido junto ao projeto, foi de tramitação e votação em caráter de urgência. A inclusão foi aceita pelos parlamentares.

O vereador Paulinho revela que o projeto altera a Lei Orçamentária Anual (LOA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA) de 2018/2021. E questiona como se faz um Orçamento e não coloca estes recursos que já estão no município. Desde janeiro até agora, aponta o vereador, a Administração mostrou que falta planejamento até com os recursos, porque a grande maioria dos projetos aprovados até agora foram desta natureza. Ele acredita que isto não esteja sendo feito por servidor efetivo que conhece destes trâmites burocráticos e ficam de olho ao elaborar o Orçamento.

Coelho apenas comentou que o Governo Federal está despejando dinheiro nas prefeituras para a Covid-19 e em Três Pontas o dinheiro é bem investido, ao contrário de outras localidades que recursos sumiram. Porém, alertou que a conta já está vindo e será o povo que vai pagar.

O projeto foi aprovado por unanimidade.

Vacinação é feita pelo município, mas cronograma é do Estado

A Câmara Municipal abriu espaço durante a reunião desta segunda-feira para ouvir a enfermeira coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Três Pontas, Lara Miranda Silva, sobre o andamento da campanha de vacinação contra a Covid-19. A ida dela para falar com os parlamentares, atendeu a um Requerimento do vereador Robertinho feito no dia 08 de fevereiro. Lara tem 25 anos de profissão, é servidora efetiva a mais de 20 e a 7 anos está a frente da coordenação de imunização.

Lara demonstrou tranquilidade e mostrou segurança ao falar com os vereadores. Revelou na Tribuna na Câmara que os profissionais estão extremamente cansados, dado ao empenho, fazendo o máximo de si, no desejo individual que cada um tem de imunizar o maior número de pessoas possíveis. A vacina é contraindicada em pessoas menores de 18 anos, porque não existem estudos ainda nesta população, faltando estudo clínico sobre a segurança e eficácia nesta faixa etária.

Esta é uma campanha em que ela mesma, com tantos anos de experiência não sabe muito sobre as vacinas contra o Coronavírus, desenvolvidas e produzidas em tempo recorde. “Estamos vivendo uma situação diferenciada, algo que eu nunca imaginei enfrentar na vida e na profissão. As colegas são testemunhas de quantas dificuldades já enfrentamos ao longo destes anos, mas nada se compara a agora. Começou com a campanha contra a influenza (gripe) o ano passado e agora o avanço da pandemia, mas graças a Deus conseguimos vencer”.

Lara Miranda começou relatanto que a todo um problema de logística com as vacinas enviadas. Ela é ministrada em duas doses. Em Três Pontas começou a vacinação com um grupo de 544 pessoas, com as doses que chegaram primeiro. Agora, já está sendo feita a segunda dose dela, e o dificil é controlar o retorno da dose dois.

A cerca de dois meses a Secretaria de Saúde iniciou a realização de um pré cadastro, feito presencialmente nas unidades básicas de saúde e a coordenadora tem a justifativa do porque isto ocorre. É que estão sendo utilizadas três tipos de vacinas. Quando é unidose, se abre o frasco, faz vacina e pronto. Porém, existem as multidoses que precisam ser ministradas na mesma hora, por causa da sua durabilidade é de apenas seis horas. Uma vez aberto o frasco, passado este período e não for todo utilizado, o restante precisa ser obrigatoriamente descartado. Por isto, está trabalhando com agendamento. “Nós não perdemos e não vamos perder nenhuma dose. Quando os trabalhadores de saúde foram vacinados, houve esta preocupação de juntar 10 pessoas para não perdermos nada. Está tendo todo este cuidado”, esclareceu.

Como tudo é novo, as deliberações que vem sendo seguidas o mais próximo possível dentro do que o Estado de Minas Gerais orientou. As decisões não foram tomadas isoladamente e nem sozinhas, mas ela não são aquilo que todos esperavam, principalmente no que se refere a quem deve tomar primeiro a vacina.

Segundo Lara, a Secretaria de Saúde tem deixado tudo de forma transparente no site oficial da Prefeitura, até mesmo para evitar fakenews, que estão espalhando inverdades sobre a vacina. Todos vacinados estão cadastrados pelo CPF no sistema informatizado do Ministério de Saúde e pode ser consultado, caso alguém ache que exista alguma irregularidade. A deliberação do Plano de Vacinação, usada em Três Pontas, de quem seria os grupos prioritários, está na Deliberação 3319 de 11 de fevereiro de 2021. Ela admite que o Estado tem mudado isto e decisões tomadas durante uma semana, na outra ela já é alterada. Quando começou a fazer as 544 doses da primeira remessa, a prioridade era vacinar todos os profissionais da linha de frente, além dos idosos institucionalizados, residentes da Vila Vicentina. Lara iniciou no mesmo dia, no Hospital São Francisco de Assis, em quem realiza atendimentos a pacients com Covid-19. Na Santa Casa vacinou profissionais da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), foi ampliando para o Pronto Atendimento Municipal e medida que as doses foram sendo suficiente chegou nos profissionais do SAMU e seguiu. No caso do Asilo, ainda faltam três a serem vacinados, porque testaram positivo e quando isto acontece é preciso aguardar 30 dias. No lar, houve um idoso testando positivo e 17 que tiveram síndrome gripal. Por isso, houve a coleta de material para exame em todos os residentes no lar.

Na segunda remessa enviada, a Secretaria continuou dando prosseguimento na vacinação aos trabalhadores da saúde. Só não fez quem não apareceu ou quem se recusou. No Hospital por exemplo, a equipe de imunização, cumpriu uma rotina de ir vários dias 3:00 da tarde as 9:00 da noite, possibilitando atender os dois plantões e dar oportunidades a todos, porém, não é possível ficar esperando a vontade das pessoas na hora que elas desejam.

A grande polêmica muito questionada é que quanto a quem pertence ao grupo de prioritário. A Prefeitura recebeu até agora, 74% das doses para os trabalhadores da saúde. No Plano de Vacinação, que pode ser consultado pela internet, na página 89, orienta que ele começa com médicos e enfermeiros mas inclui nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos, veterinários e seus auxiliares, como recepcionistas e faxineiras.

Estes dados são do Governo Federal, que tem como base a Campanha de Vacinação contra a Influenza (gripe) realizada no ano passado. No que se trata dos trabalhadores da área saúde em 2020 que foram 1.680 profissionais vacinados, incluindo desde o médico, a faxineira, o cuidador de idosos, a parteira, o veterinário, até a esteticista, considerada da área da saúde.

O Ministério da Saúde enviou 380 doses para pessoas a partir de 90 anos, afirmando que com isto irá se atingir 100% destes idosos. Os dados que Lara tem são 7.540 idosos, acima dos 60 anos, que ano passado se vacinaram contra a gripe. Mas foi um ano atípico, já que o número de pessoas na terceira cresceu em 1.200. Isto tem uma explicação – é que muitos não tomavam a vacina contra a gripe, mas veio a pandemia que trouxe medo e eles resolveram se imunizar.

A coordenadora do Programa se colocou a disposição dos vereadores, deixou o setor da Vigilância Epidemiológica de portas abertas para ver como funciona todo o sistema e principalmente para eles entenderem as dificuldades que estão sendo enfrentadas. Ela finalizando afirma que o Brasil é o 5º ou 6º país que mais vacinou no mundo e pela sua expectativa, aqui, todos vão estar imunizado em um ano, mas as medidas de prevenção não podem ser descartadas e ainda não é o momento de não seguir as regras, destacando o maior número de mortes foi de idosos e doentes crônicos.

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