*Depois de bate boca, suplementação para pagamento da folha no valor de R$1,5 milhão também foi aprovada

Os vereadores aprovaram na sessão ordinária desta segunda-feira (25), o projeto que autoriza a Prefeitura a leiloar um terreno que fica na zona urbana do Município de Três Pontas. A aprovação desta lei era muito aguardada pelo Poder Executivo e gerou muitos debates nos bastidores.

A área a ser leiloada é de 11.257,90 metros quadrados que fica entre a Rua Barão da Esperança e a Avenida José Lagoa, ao lado do Loteamento Major Brás. O local está avaliado em R$1.634.924,50, valor do lance inicial. O objetivo do Poder Executivo era aplicar o dinheiro arrecadado na infra estrutura de um Distrito Industrial na região dos Quatis e reservar parte dos recursos para as contrapartidas de convênios que o Município possa fazer. A proposta que está no projeto número 101 datado de 15 de agosto deste ano, foi apresentada em julho em uma Audiência Pública na Câmara Municipal. É justamente ai que a oposição quis mexer. Duas emendas foram feitas, uma modificativa e uma supressiva, que segundo o vereador Érik dos Reis Roberto (PSDB) dá mais garantias ao Município e transparência. Eles retiraram que o dinheiro poderia ser reservado para oferecer contrapartida em convênios assinados e mudaram o responsável pelas despesas, que passa a ser de quem adquirir a área no leilão.

Érik justificou a demora com o projeto nas Comissões. O líder da oposição na Câmara, requisitou ao Poder Executivo, todos os custos que a Prefeitura terá e que certamente estão nos projetos que foram confeccionados. Porém, os vereadores não obtiveram resposta e ficaram sem saber se o dinheiro será suficiente. Neste período, em entrevistas o prefeito Dr. Luiz Roberto Laurindo Dias (PSD), teria concedido entrevistas e postado em redes sociais se fazendo de vítima. “Colocaram como se a Câmara de Vereadores fosse irresponsável e fizeram ameaças, inclusive de votar o projeto porque se tem a maioria e sabe que passa”, apontou.

O secretário da Mesa Diretora Maycon Douglas Machado (PDT), defendeu a industrialização em favor do emprego e renda e espera que seja dado um lance algo, bem acima do esperado.

Roberto Donizetti Cardoso (PP), explicou que pensaram que os vereadores seriam contra, quando pediram detalhes da intenção da Secretaria de Indústria e Comércio, mas revelou que é contra a venda do patrimônio público, mas confia que as coisas darão certas e a promessa de gerar emprego.

Com as emendas aprovadas por unanimidade, o projeto foi aprovado por todos os vereadores. O Poder Executivo dará continuidade aos trâmites legais para promover o leilão que ainda não tem data marcada.

Vereador solta palavrão e provoca bate boca no Plenário

O projeto que abre crédito adicional especial no Orçamento, por causa de um superávit financeiro no valor de R$1,5 milhão nas contas do Município, foi aprovado, mas gerou um grande debate político, porque o dinheiro é para pagar a folha de pagamento.

Tudo começou quando o vereador Sérgio Eugênio Silva (PPS), falou durante a discussão do projeto que a Prefeitura está cheia de cargos de confiança nunca viu tanta gente, por isto, está preocupado com a folha de pagamento que pode não ser quitada até o fim do ano e com a segunda parcela do décimo terceiro salário. “Não adianta economizar no café se todos os cargos estão ocupados”, alertou. Geraldo José Prado (PSD) “Coelho”, também disse que a Administração está gastando demais com pessoal e não sabe onde isto vai parar.

Antônio Carlos de Lima (PSD) deu a resposta em seguida. Criticou os colegas, que segundo ele não entendem nada de Orçamento, e querem ficar falando, o que é “vergonhoso”, classificou. Culpou novamente a Administração anterior por ter colocado em prática o Plano de Cargos e Salários aprovado durante a gestão da ex-prefeita Luciana Mendonça, que inchou a folha. Esbravejou dizendo que a Prefeitura tem sim dinheiro em caixa. Justificou que os gastos são porque a Administração está fazendo em todos os setores, por toda a cidade e suplementação é normal de toda gestão. Na opinião dele, talvez seja inveja e soltou um palavrão, ao afirmar que na Administração anterior nada foi feito. Neste momento já havia muitas pessoas no Plenário aguardando o início da sessão solene de lançamento do Selo Comemorativo dos 160 anos de Três Pontas e se espantaram com o vocabulário. O presidente Luis Carlos da Silva (PPS), apenas pediu que ele terminasse tocando a campainha, mas ele continuou falando até concluir. Citado no discurso, Érik se revoltou com Luisinho e Sérgio também interveio porque foi ele que havia se referido ao Orçamento. Os três bateram boca e Luisinho não deu espaço para que Érik e Sérgio respondessem. Pediu apenas que eles se inscrevessem na semana seguinte no Pequeno ou Grande Expediente. O projeto foi aprovado por unanimidade. Antônio do Lázaro depois pediu desculpas. Coelho também se desculpou com as pessoas que estavam assistindo a reunião.

A pedido de Antônio foi inserido e aprovado o projeto que abre crédito suplementar no Orçamento do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), no valor de R$ 65 mil, para custear obrigações patronais da Administração Geral até o final do exercício de 2017 e ao projeto FASSAE.

Pequeno Expediente

O vereador Érik dos Reis falou sobre os serviços corriqueiros que são feitos todos os anos para a Festa de Padre Victor. Criticou apenas uma barraca que foi montada para atendimentos de serviços de saúde, porém, não tinha profissionais, apenas a ambulância e um carro dos Socorristas Voluntários. Ele ouviu reclamações de pessoas que passaram mal e não tiveram atendimento.

Maycon Machado falou da sua viagem a Belo Horizonte. Junto com a vereadora Marlene Lima, ele visitou o Capitão do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais Paulo Afonso Montezano, fizeram várias solicitações, entregou demandas e bateu um papo sobre este período de seca e o grande número de queimadas que estão sendo registradas em Três Pontas e na região. Maycon está buscando trazer para a cidade o Projeto Rede Cidadã. Ele leva aprendizagem e empreendedorismo para jovens que buscam o primeiro emprego. O secretário da Mesa terminou parabenizando a Associação Padre Victor, a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda pela organização e calorosa recepção e acolhida dada aos romeiros na Festa do Padre Victor neste fim de semana.

Antônio do Lázaro (PSD), trouxe uma notícia aos moradores do bairro Chácara Catumbi, de que o pedido deles feito inclusive em reportagem da Equipe Positiva, não será atendido. O local não será limpo porque órgãos ambientais proíbem, por se tratar de área de preservação ambiental. Porém, Antônio falou que os moradores querem a limpeza do córrego no bairro Vilage das Palmeiras, mas o pedido é para cortar o mato alto e retirar o lixo e entulho que pessoas que moram em outras localidades jogam. “Não é falta de vontade, mas é preciso de autorização que não é da Secretaria de Obras”, afirmou.

No Pequeno Expediente, Coelho do Bar agradeceu o apoio incondicional que recebeu dos colegas Érik, Sérgio, Robertinho e Marlene, em repúdio ao processo que está sofrendo na justiça por pessoas da Administração.

Ele adiantou que não esperava apoio deles, enquanto outros considerados amigos o viraram as costas.  “Três Pontas está muito representada por vocês. Fico feliz por ter pessoas que não ficam dependendo de favores e realmente defendem o povo como eu”, diz Coelho.

Sobre o bairro Chácara Catumbi, disse que o prefeito Luiz Roberto teria se comprometido a limpar o bairro. Questionou se não estão limpando o local por ser um pedido dele. Na Praça do bairro Padre Victor, começaram a fazer a reforma, mas não terminaram. “Esse não o é governo das pracinhas, das taxinhas, das multinhas”, questionou?