*Dinheiro é fruto de rendimentos de 2017 e gerou insatisfação da oposição

Foi o presidente em exercício Donizetti Benício Baldansi, que comandou a sessão ordinária desta segunda-feira (09). É que o Chefe do Legislativo, Luis Carlos da Silva (PPS), está em viagem a Belo Horizonte, representando a Câmara de Três Pontas na solenidade de lançamento do Parlamento Jovem Minas. Como Benício assumiu a presidência, o vereador Sérgio Eugênio Silva (PPS), foi “promovido” e ocupou a cadeira de vice na Mesa Diretora. Quem também faltou foi o vereador Antônio Carlos de Lima (PSD), mas ninguém soube informar sobre sua ausência.

PEQUENO EXPEDIENTE

A vereadora Marlene Rosa Lima Oliveira (PDT), recebeu mais de 12 reclamações de moradores de ruas diferentes, sobre as vias que estão as escuras. Algumas chegam a ter três ou quatro postes. Quando eles reclamam na Cemig ela promete resolver em 30 dias, mas o prazo não está sendo respondido. Marlene anunciou a liberação de recursos para a Saúde do Município. Uma emenda feita pelo deputado estadual Odair Nogueira, R$51 mil serão disponibilizados para a compra de medicamentos da Farmácia Básica da Prefeitura e mais um veículo zero quilômetro para a Secretaria Municipal. O carro será entregue amanhã em Belo Horizonte. Marlene vai até a Capital receber o veículo e agradecer o deputado que atendeu o pedido dela e do vereador secretário da Mesa Diretora Maycon Douglas Vitor Machado (PDT). Ele não poderá ir, porque nesta terça-feira a noite, ele preside a sessão solene de lançamento do Parlamento Jovem em Três Pontas. Este ano, contará com 140 jovens por semana, discutindo, aprendendo e sugerindo leis que serão votadas nas demais etapas, sobre o tema “Violência contra Mulher”. A cerimônia contará com palestra e uma peça de teatro, retratando o tema. Maycon parabenizou a Associação Comercial, Sebrae, Prefeitura e Junta Comercial, pela inauguração da Sala do Empreendedor, realizada nesta segunda-feira de manhã.

Sérgio Silva abordou um assunto polêmico. A questão da redução da carga horária, que segundo o socialista beneficiou apenas algumas categorias. Na época da campanha eleitoral, fizeram diversas reuniões e prometeram a todos, mas poucos estão sendo beneficiados. Ele deseja é que a regalia seja estendida a todos os servidores, cumprindo o que se prometeu na disputa eleitoral. Serjão terminou criticando a iniciativa do Poder Executivo com o projeto 046, que anula as emendas que os parlamentares fizeram no Orçamento. Ele classificou o ato como vergonhoso e uma afronta ao Legislativo, já que as iniciativas são frutos de pedidos feitos pela população. A anulações somam R$437 mil. O projeto deve ser votado nas próximas sessões.

Érik dos Reis Roberto (PSDB) votou a questionar a liberação de circos na cidade, que está acontecendo inclusive em área pública. Ele já havia pedido à Prefeitura em setembro do ano passado, os alvarás e as justificativas para a autorização, mas não recebeu resposta até hoje. Ainda sobre a diminuição da carga horária dos funcionários, Érik foi além, quer que seja enviado ofício ao Ministério Público para averiguar o caso. É que a Câmara não votou nenhum projeto desta natureza e se existe a redução deve ter sido feita por Decreto. De acordo com o vereador tucano, a redução só pode acontecer acompanhada da diminuição do salário.

O vereador Francisco Fabiano Diniz Júnior (PSL), voltou a falar sobre a construção da terceira pista na MG 167, entre Três Pontas e Varginha. Oficio que recebeu do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DEER-MG), o projeto de engenharia está pronto para ser executado, foi concluido em outubro de 2017, a empresa contratada é a Strata Engenharia, porém, a terceira faixa tem o custo estimado em R$55 milhões. Popó acredita que ele vai demorar mais um bom tempo para sair do papel.

O vereador Geraldo José Prado “Coelho” (PSD) comentou sobre a viagem que fez a Belo Horizonte na semana passada. Ele esteve na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, tratando da liberação de três viaturas para a Companhia de Três Pontas, que são frutos de emenda do deputado federal Diego Andrade (PSD-MG) e visitou também o deputado estadual Sávio Souza Cruz (MDB), que prometeu liberar emendas para o Município.

Coelho denunciou no Plenário durante sua fala no Pequeno Expediente, o sumiço de oito pneus da Secretaria de Transportes e Obras. Informações que chegaram até ele, é que ninguém sabe onde foi parar e o caso precisa ser investigado. O vereador sugeriu que seja montada uma Comissão de Sindicância para investigar o caso.

Coelho terminou pedindo melhorias no na estrada do Espraiado e na região do Congonhal, que está muito ruim e a limpeza do Parque Vale do Sol e seu entorno, já que o local está servindo para abrigar criminosos, como os que assaltaram um bar no fim de semana, na Avenida Prefeito Nilson Vilela.

PROJETOS APROVADOS

A pedido do vereador Coelho, a pauta ficou um pouco mais extensa, com um pedido atendido pelo Plenário, pela inserção de um projeto que gerou polêmica e o protesto da oposição. Ele trata de um superávit financeiro no Orçamento do ano passado, que deixaram os parlamentares sem entender.

Primeiro foram aprovados a incorporação de uma área rural de 8,00,76 hectares, localizado no Sítio Formiga, à zona urbana para ser loteada. O Plenário também autorizou o Poder Executivo a utilizar R$122.576,63 através de uma abertura de crédito especial para ser aplicado na Saúde, entre as ações está a conclusão da construção da Farmácia de Minas. Na Secretaria Municipal de Transportes e Obras, está sendo remanejado o valor de R$40 mil dentro da própria pasta para o setor de manutenção.

Prefeitura quer investir os R$740 mil na Saúde

O que a oposição tripudiou foi na votação de um superávit financeiro no valor de R$740 mil, ou seja, dinheiro que sobrou nos caixas da Prefeitura e que a intenção é investir na saúde. O projeto foi pedido pelo vereador Coelho, acatado pelos colegas, porém, ele mesmo foi um dos mais críticos. Érik dos Reis foi irônico, disse que chegou a entrar em êxtase ao votar uma proposta como esta. “A Prefeitura vai de bem a melhor”, alertou. Em seguida, elencou os problemas sofridos pelos trespontanos e cutucou “os munícípes passando as mãos pelas paredes, sem remédio na Farmacinha, sem médico ginecologista e urologista no CIAMA, sem falar na sujeira da cidade e a Prefeitura me apresenta um superávit financeiro’. O problema segundo o tucano é que Prefeito e secretários tem pregado mentira, dizendo que a Prefeitura está sem dinheiro.

Marlene Oliveira classificou como vergonha, não o superávit, mas os problemas constantes vividos diariamente na saúde. A cidade que não tem mamógrafo e nem ao menos a chapa para revelar os exames, ficou um longo tempo ser ter a fitinha que mede a glicose dos pacientes, ter dinheiro guardado.

Sérgio Silva foi o mais ferrenho. Chamou o projeto de lei de “projetinho”, que não tem redação, não explica absolutamente nada e não tem justificativa que fazer fazer com que os vereadores entendam de que forma o dinheiro será aplicado, apenas que é na saúde. Ele lembrou que no mandato anterior, os projetos enviados ao Poder Legislativo, tinha detalhes demais, explicações até desnecessárias, bem diferente dos atuais produzidos pela atual Administração. Sérgio admitiu que vota na confiança e recebe como reconhecimento, a responsabilidade pela incompetência do Executivo. “Diz que conhece muito, já foi secretário de Saúde e tem uma equipe técnica”, esbravejou Sérgio, assentado na cadeira de vice presidente.

Érik voltou para alertar os colegas. Segundo ele, o prefeito Dr. Luiz Roberto teria ido na Casa de algumas pessoas e dito que a questão do loteamento do Jardim Greenville, é coisa da Câmara e que ele seria contra. “Isto demonstra o respeito e a gratidão que tem por nós”, concluiu.

O projeto acabou sendo aprovado, com o voto contrário de Robertinho, que sempre vota contrário aos projetos inseridos na Ordem do Dia. Ele afirmou que respeita o vereador Coelho, mas não tem a confiança que os colegas no Poder Executivo.