A sessão ordinária da Câmara Municipal desta semana, foi realizada na noite desta quinta-feira (17), por conta do ponto facultativo na segunda-feira, véspera do feriado da Proclamação da República, quando não houve expediente nos poderes Legislativo e Executivo.

Cinco projetos de leis estavam na pauta e foram aprovados. A discussão maior dos vereadores não foi nada em relação a votação e sim as condições da cidade e da rodovia MG 167, onde as obras de construção da terceira faixa entre Três Pontas e Varginha pararam e os moradores reclamando demais dos perigosos que enfrentam quem passa por este trecho.

Os projetos foram quase todos de suplementações para manutenção das secretarias, o que é corriqueiro, principalmente no fim do ano. Foram R$180 mil, R$19.394,22, R$27 mil para a Saúde e para a Educação R$6.430,00. O único diferente das transferências de recursos foi a definição das atribuições do Chefe de Divisão de Ouvidoria do SUS, de acordo com as peculiaridades do Sistema Único de Saúde (SUS) e adequação às normas do Sistema Estadual de Ouvidorias SUS de Minas Gerais.

Pequeno Expediente

A vereadora Maria Selena Silva (Selena Caté – PSD), comentou das melhorias que estão sendo realizadas no PSF do bairro Padre Vitor, no Complexo Randal Diniz, onde o mofo predominava na sala de vacinação. Ainda em saúde, Selena disse que as pessoas tem reclamado do tratamento que funcionários do Pronto Atendimento Municipal (PAM) tem dado a pacientes e familiares que acompanham quem buscam atendimento na unidade. Selena terminou pedindo que as pessoas tomem cuidado com a Covid-19.

O vice presidente da Câmara Antônio Carlos de Lima (Antônio do Lázaro – PSD), estava feliz com a concretizando de um desejo antigo dele, de instalar câmeras de monitoramento nos distritos do Quilombo Nossa Senhora do Rosário e Pontalete, assim como há na cidade. São 10 câmeras modernas que estão inclusive no entrocamento que vai para a Comunidade da Figueira. Mais uma vez, agradeceu o apoio de sempre do deputado federal Diego Andrade (PSD-MG), que destinou emenda de R$500 mil. Ele também comentou da reportagem feita pela Equipe Positiva, sobre o início da entrega de aparelhos auditivos no Centro Especializado em Reabilitação Auditiva, Física e Intelectual III, parabenizando a equipe da Apae pelo trabalho e fica satisfeito em ver a ampliação dos serviços prestados.

O vereador Paulo Vitor da Silva (PP), parabenizou o trabalho do presidente da Câmara Maycon Machado a frente do Parlamento Jovem, que concluiu mais um “ano letivo” na semana passada e entregou certificados. Ele mais uma vez reclamou das condições da iluminação pública, que está um caos e os contribuintes pagam caro. Nos últimos 4, 5 anos, a cidade foi ficando as escuras e as pessoas se sentem inseguras de andar na rua a noite. A mãe dele por exemplo, nem na missa em horário noturno vai mais.

Sérgio Eugênio Silva (Cidadania) focou na obra da rodovia que tem gerado polêmica nas redes sociais. Ele parabenizou a Equipe Positiva por alertar os motoristas dos perigos que o trecho ficou. Sérgio esclareceu que as cobranças devem ser destinadas ao Governo de Minas. Coube ao deputado Diego Andrade e Mário Henrique “Caixa” conseguir os recursos, que estão garantidos e o Estado é quem executa. Justificou para amenizar as críticas que eles e o Poder Executivo tem recebido, quando a responsabilidade da obra que já foi prometida a muitos anos, por muitos políticos. Na análise do vereador, o governo pode e deve tomar providências mais enérgicas e espera de fato que a pista seja sinalizada porque os riscos de acidente de fato são enormes.

Roberto Donizetti Cardoso (Democratas), chamou a Administração de “cara de pau” por ter enviado novamente o projeto que pede autorização para usar capina química na limpeza da cidade. O projeto só pode ser votado ano que vem e Robertinho já anunciou que vai votar contrário novamente, que é a Prefeitura estava fazendo um serviço criminoso, que foi denunciado por ele. O democrata viu funcionários fazendo a capina usando veneno, chamou a Polícia Militar, registrou um boletim de ocorrências e entrou na justiça. Na época, o secretário de Obras Maquil Pereira, teria dito em depoimento, segundo Robertinho que a Prefeitura não fazia a capina química, mas bastou o Ministério Público arquivar o processo que e a Administração enviar projeto novamente.

Já o vereador Geraldo José Prado (Coelho – PSD), minimizou o problema da obra da MG 167, que a obra está saindo e que processo licitatório é mesmo muito complicado e cabe aos vereadores cobrarem do Estado a solução para o término dela. Ele cutucou Robertinho quanto ao uso de veneno e atingiu a Secretaria de Obras, afirmando que a cidade já está toda suja novamente, que funcionários não dão conta de limpar de forma manual e que parece que a solução é só se cada um dos vereadores pegar a enxada e sair limpando, mas que a cidade toda a banhada pelo agrotóxicos que são jogados no cafezal e por isso caso o projeto volte ele vota a favor novamente.

O presidente da Câmara Maycon Douglas Vitor Machado (PDT) agradeceu o prestígio de mais um ano da Escola do Legislativo, com o projeto Parlamento Jovem que foi concluído na semana passada. Servidores da Câmara, vereadores, secretários, o prefeito Marcelo Chaves, apoiadores, as escolas e os jovens, formaram a lista de agradecimento do vereador que fez um apelo ao próximo presidente que não deixe de incentivar este projeto que transformam jovens em cidadãos conscientes, responsáveis e politizados. Ele também acrescentou que sobre a terceira faixa na rodovia para Varginha, é preciso continuar cobrando e o perigo no trecho está de fato eminente. Sobre a cidade, ela está voltando a ficar cheia de buracos e terrenos sujos de mato e sujeira. Na opinião dele, faltou talvez o que muitos vereadores alertaram o ano inteiro – um planejamento. Sobre a iluminação é preciso verificar o material e ou as condições dos postes e fiação, que estão sendo usados na substituição das lâmpadas, porque é feita a troca e tem casos que em menos de 5 dias a lâmpada está queimada novamente.

Vereadores da base descontentes com Executivo

Há alguns meses vereadores da base tem demonstrando insatisfação com o tratamento que recebem do Poder Executivo. Até então, a maior reclamação de alguns era com os secretários, que não atendem aos pedidos que eles levam dos moradores. Mas, agora, a relação também ficou complicada com o próprio prefeito Marcelo Chaves Garcia (PSD), depois de uma reunião entre Executivo e Legislativo.

O vereador Luciano Reis Diniz (PV) é o mais revoltado. Outros vereadores teriam testemunhado a fala do prefeito, de que ele não ouve vereador e não acompanhada nada do que eles falam nas reuniões. Se alguns preferiram ficar em silêncio, Luciano e Coelho não perdoaram e demonstraram a mágoa que isto causou. O vereador do PV disse que teria ido ao PSF ao lado do Ginásio Delvo Corrêa visto a situação da Sala de Vacinação e reclamou na Tribuna. Depois, junto com Coelho levaram o prefeito até lá e ele teria prometido resolver. Agora, quando foi cobrado, segundo Luciano, o gestor teria dito que não havia prometido nada a ninguém. Ele aproveitou para reclamar da demora para resolver as coisas, citando os problemas do asfalto da Avenida Oswaldo Cruz que não sai, o projeto para reformar e reabrir o Posto do bairro Vila Marilena e colocou na lista a falta de planejamento da Administração. Com o feriado prolongado e as unidades de saúde fechadas na segunda-feira, o Pronto Atendimento superlotou e não tem estrutura adequada para atender tanta gente mais. O projeto já foi aprovado e as pessoas esperam a reforma, que também não sai do papel. Sem esperar que haveria grande movimento, teve gente que reclamou ao vereador Luciano Diniz que chegou no PAM as 15:00 e saiu depois das 20:00 horas. Terminou dizendo que o município vai virar mais um ano cheio de buracos e todo sujo.

Coelho falou que sempre esteve junto com o prefeito, mas que nem questões básicas estão sendo feitas mais. Durante mais de 15 minutos, ele falou de maneira em geral do que falta e das reclamações que as pessoas fazem com ele e os colegas. As promessas que Coelho teria feito a pedido do prefeito, de que reformaria postos de saúde da zona rural, fez com que ele não volte nas comunidades porque se sente com vergonha.

Mais uma vez Coelho prometeu represálias ao Executivo. O vereador diz que caso estas questões básicas relacionadas a infraestrutura e limpeza não sejam solucionadas, vai segurar o projeto que certamente será enviado à Câmara para a realização do Carnaval em 2023. Ele anunciou que vai segurar o projeto, pois é a única forma que encontra de talvez dar certo, pois de festa o Executivo gosta, demonstrando que quem dá as regras são os vereadores.

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