Em tom mais afável, os vereadores não citaram na sessão ordinária desta segunda-feira (29), os problemas que tiveram os vereadores Antônio do Lázaro e Itamar Diniz, mas solicitaram que seja criada uma Comissão de Ética formada por três vereadores no Poder Legislativo. Tudo começou porque o líder do Prefeito na Câmara, Sérgio Eugênio Silva (PPS), oficiou o Chefe do Legislativo para tomar providências quanto às palavras de baixo calão que vem sendo pronunciadas durante as sessões ordinárias. E se caso não ocorra, que sejam tomadas as medidas cabíveis para sanção com relação aqueles que derem causa aos fatos.

Para José Henrique Portugal (PMDB), a Comissão é necessária para que a sociedade trespontana desempenhe ações em defesa do Poder Legislativo. Ela também servirá para além de puxar a orelha dos vereadores, defender os parlamentares, que estão sendo menosprezados, inclusive por autoridades. “O povo merece uma representação séria e altaneira como vem acontecendo”, discursou. Isto acontece após dois vereadores da oposição serem pautas de reportagens na imprensa regional – Antônio do Lázaro com o caso do presunto e Itamar Diniz que brincou com uma equipe da TV Alterosa e jogou lixo na rua.

Para Valéria Evangelista Oliveira (PPS), as notícias boas não aparecem e quando isto acontece elas repercutem menos do que as ruins. Na opinião da secretária da Mesa Diretora, além da Comissão de Ética é necessário um Código de Ética. A própria vereadora já deixou na Assessoria Jurídica da Casa um estudo que a cerca de seis meses vem sendo examinado.

Para o vereador Chico Botrel, a Comissão de Ética também poderia acompanhar e cobrar a efetivação dos projetos sociais que são criados pela Câmara e que não ganham divulgação por parte de nenhum Poder.

Na avaliação de Sérgio Eugênio Silva (PPS), a Comissão deve além de brindar o vereador, esclarecer fatos que ocorram que andam acontecendo internamente. O “toma lá da cá” “ataque e defesa” que semanalmente vem acontecendo durante as reuniões ordinárias. Na semana passada por exemplo, Sérgio recordou que o único proveito que foi retirado das explanações dos colegas na Tribuna foi o anúncio de uma verba de R$130 mil disponibilizada  por intermédio do deputado federal licenciado Odair Cunha (PT-MG), que atualmente ocupa a Secretaria de Governo de Minas Gerais. “Os debates devem ficar no campo político, que seja algo produtivo, com respeito às pessoas e as autoridades”, acrescentou.

Em tom bem mais calmo do que de costume, Antônio do Lázaro seguiu os colegas e apenas reiterou que os colegas não devem tomar as dores do prefeito [Paulo Luis Rabello]. Lembra que os legisladores pregam educação, mas deveriam mesmo era educar o prefeito, com aquilo que o falta. Ele reprime aqueles que insinuarem ou que mencionarem o seu nome receberão o ‘troco’. Opositor ferrenho a Administração, Antônio comentou que o prefeito teria chamado os motoristas da Secretaria Municipal de Educação de “cambada de vagabundos”.

O presidente da Câmara Luis Carlos contou que já era plano dele criar a Comissão de Ética. Caberá a ela, analisar além das atitudes as falas dos vereadores.  Para isto, é preciso criar também o Código de Ética para que a Comissão esteja respaldada.

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