Os representantes da Vila Vicentina recebendo as honrarias na instituição Pró-Vida. (Foto: Divulgação

 

Loui Jordan

Vila Vicentina foi aprovada em um projeto que visava listar quatro necessidades capitais da organização, com isso, a instituição Pró-vida atendeu três solicitações e contribuiu muito com a entidade trespontana

É de conhecimento geral que a Vila Vicentina presta um grande trabalho em prol dos idosos e sempre busca empreender suas ideias e projetos, afim de melhorar a assistência aos mesmos. Tendo em vista essa melhoria, a Vila participou de um processo de observação e apuração e foi contemplada com valores materiais que vão contribuir e muito para o desenvolvimento da entidade.

Atualmente, a Vila conta com três voluntários que estão coordenando todas as conquistas que a Vila busca. São eles: o tesoureiro Walter Lúcio, o ex-presidente José Rodrigo Ferreira e claro, o atual presidente José Antônio do Carmo Rita. A organização sem fins lucrativos conta ainda com alguns planejamentos que visam buscar mais materiais e apoio para necessidades do dia a dia.

No que a Vila foi atendida?

Antes de mais nada, é bom entender o processo desde o início. Tudo começou em novembro de 2017, em um encontro do Encontro de Casais com Cristo (ECC) em Boa Esperança. O então presidente José Rodrigo, popularmente conhecido como José Rodrigo, ouviu falar do Pró-vida em uma palestra. Na época, procurou saber qual era o trabalho desenvolvido por eles e após algumas tentativas de contato, José Rodrigo conseguiu acessar o trabalho deles em Varginha, na Central do dízimo.

Seguindo a cronologia, foi pedido pelo Pró-vida que a Vila Vicentina encaminhasse um projeto que contivesse as necessidades da organização filantrópica, mais precisamente, quatro necessidades bem enumeradas. Após o encaminhamento desse projeto, o Pró-vida passou a executar suas etapas de verificação e observação que são protocolares e bem criteriosas.

Em todo esse processo criterioso, o objetivo é avaliar se realmente existe necessidade e uma certa demanda das organizações que procuram o Pró-vida. Dessas quatro necessidades, foi feito um processo de investigação que faz parte da etapa de “reconhecimento” pelas solicitações de necessidades listadas.

Visitaram a instituição, conversaram com os funcionários, conheceram como funcionam os trabalhos. Outra etapa foi em Alfenas com todo o conselho do Pró-Vida. Foi feita uma entrevista no dia 31 de janeiro de 2019. Depois disso, a Vila recebeu a notícia de que foi comtemplada, isso já no mês de setembro. Só no último dia 05, os representantes do lar de idosos souberam no que a instituição foi comtemplada, a descoberta foi em Sorocaba (SP). Dos quatro pedidos, três foram atendidos.

NECESSIDADES:

1º-Equipamentos hospitalares: a Vila tinha uma dependência em equipamentos de primeiros socorros, oxigênio, etc.

2º-Materiais de construção: não foi dada continuidade à reforma nas dependências da Vila, pois acabaram os recursos. É necessário reformar alguns banheiros antigos e foram adquiridos os materiais de construção para este fim.

3º-Equipamento de fisioterapia e imobiliário: não era possível oferecer o trabalho de fisioterapia, agora será possível, porque foi adquirido o equipamento fisioterápico e imobiliário.

4º-Um carro adaptado. (Esse não foi adquirido)

(Foto: arquivo pessoal)

Se fosse feita uma análise da quantidade financeira desses três materiais adquiridos, ficaria em torno de R$ 200 mil. A Vila Vicentinha que foi fundada em 1936, já foi ajudada pela própria Pró-vida no ano de 1979 e agora, novamente é contemplada.

O que é o Pró-vida?

É uma instituição filosófica que trabalha com desenvolvimento humano e não é governamental, tendo sua sede em Sorocaba. Pratica ações de caridade em instituições como hospitais, asilos, APAE e tantas outras com o intuito de despertar novas expectativas e horizontes na potencialidade de cada um. Este movimento filosófico contribui e muito com casas que tem com função o auxílio ao próximo.

Em relação ao trabalho deles, o presidente da Vila Vicentina destaca a transparência e a credibilidade pelo fato de ter várias instituições que lá estavam. “Eu gostei muito do empenho social deles, do trabalho social deles e possuem um trabalho de visão, conhecem a cidade, conhecem as regras da cidade. O trabalho é muito transparente e humano no meio social, bem dedicado e de coração. Eu acredito que o Pró-vida é uma instituição bem aceita no país, principalmente pelas diversas instituições que lá estiveram e foram bem aceitas”, conta José Antônio.

Projetos futuros

A Vila Vicentina sempre tem feito projetos com a finalidade de coletar doações, verbas e ofertar aos usuários diversas melhorias. Recentemente, foi feita uma campanha de alimentos e foram bem atendidos. No final de ano, a Vila costuma fazer uma campanha para o natal, chama-se “Adote um idoso” e que estará mais uma vez em vigor.

Em termos até de meta, já que os projetos estão recorrentemente em pauta, o objetivo agora é o carro adaptado. Um carro adaptado para transportar os idosos, uma van ou algo do tipo. A entidade possui um carro, e bom carro, diga-se de passagem, que foi doado pelo Deputado Estadual Mario Henrique Caixa em 2013 e atende parcialmente a necessidade dos idosos. Vale lembrar que a doação foi importantíssima e colaborou muito, mas atualmente os idosos estão mais debilitados.

Dos 58 idosos atendidos na Vila Vicentina, 90% deles são de dependência de grau 3, é idoso que é cadeirante, acamado, a dificuldade está na locomoção deste idoso e sua entrada no carro, afinal de contas, é necessário arrancar bancos, ter um zelo maior em relação a qualquer movimento de entrada do mesmo no veículo e esses são empecilhos que acabam atrapalhando, por essa questão, existe a necessidade de um automóvel adaptado e a prioridade é muito alta nessa questão. Assim, aos poucos a Vila vai aperfeiçoando seu serviço e o fazendo da melhor maneira possível.

Qualquer doação é bem-vinda

Toda doação é bem-vinda e bem-vista. Ancorado nos dados do Tesoureiro Walter Lúcio, a Vila adquire uma subvenção da Prefeitura e também uma verba encaminhada pelo Deputado Caixa, a verba está para chegar e o salário dos idosos é a renda maior da casa. O quadro de funcionários é de 37 colaboradores e a folha de pagamento é de aproximadamente de R$ 42 mil.

Isto posto, a Vila é sem dúvida uma organização sem nenhum fim lucrativo e que visa a ajuda, porém, tratá-la como uma empresa, isso em termos internos, é necessário. Tendo isso em mente, José Rodrigo fala sobre a organização levando em conta os aspectos empresariais. “Então a vila hoje, ela é vista pela sociedade como uma instituição de caridade, mas para nós que estamos aqui como voluntários e o José que está aqui como presidente e tem a responsabilidade legal, nós temos que tratar a Vila como uma empresa. É lógico que a gente não visa lucro, mas se a gente não tratar como uma empresa e administrar como tal, não consegue por causa das demandas e das fiscalizações em cima. É como uma empresa”, concluiu o ex-Presidente.

Todas as mudanças na lei são aplicadas na Vila, inclusive as trabalhistas. Na questão de doação, nos últimos anos, a Vila recebeu muita ajuda em âmbito municipal, tanto do Rotary, da Maçonaria, da Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda, da Associação Padre Victor e a Cocatrel (Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas) doam um salário mínimo por mês. Os Escoteiros, o ECC (Encontro de Casais com Cristo), o EJC (Encontro de jovens com Cristo) fora as ajudas os esporádicas que também ajudam. A Vila tem muita carência com fraldas geriátricas. Em média são utilizadas 200 por dia. Itens de higiene pessoal e limpeza são necessidades urgentes.

Ao centro, o tesoureiro Walter Lúcio, à esquerda o presidente, José Antônio do Carmo Rita e à direita, o ex-presidente, José Rodrigo Ferreira. (Foto Equipe positiva)

Uma das dificuldades é a divulgação. Divulgar mais, de forma ampla para o povo, que haja mais pessoas e instituições que ajudem em doações, essa também é uma das missões da Vila. A Vila atualmente está pleiteando um Projeto de Furnas Social, que é uma doação de R$ 15 mil. O projeto já foi enviado e esse recurso foi viabilizado e indicado pelo gabinete do Deputado Federal Bilac Pinto. Todas as doações são primordiais, no entanto, não são suficientes. É preciso sempre mais, mesmo que seja pouco, não importa o valor, o que vale é a intenção e a colaboração.

A Vila Vicentina foi contemplada pelo bom trabalho exercido por seus funcionários, voluntários, diretoria e a comunidade que está presente. A Vila está de portas abertas para todos. O maior lucro que se visa é o sorriso, é o amor e o compromisso em ser a melhor companhia que o outro, seja ele quem for, possa ter.

“Quando a gente se debruça em um trabalho voluntariado, a motivação inicial é o bem-estar do outro. O tempo vai passando e a luta vai tomando gosto pessoal. Porque só quem trabalha em prol do outro conhece o sentimento de satisfação que sentimos em cada conquista. É algo que te preenche e dá sentido para tudo. E então nasce a força e a vontade de seguir neste caminho. O voluntariado transforma as vidas de quem recebe a doação e, principalmente, de quem se doa. Este projeto é de extrema importância para a Vila e tem um gosto especial para mim, de conquista pessoal. E só não é egoísta porque a motivação foi o bem-estar do meu semelhante, no caso, os idosos da Vila Vicentina. Durante quatro anos que estive frente à da diretoria da Vila, persegui esta conquista e hoje, com o coração repleto de alegria e gratidão, apresento o resultado de mais esta luta”, afirma o ex-presidente da Vila Vicentina José Rodrigo Ferreira.

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