Foram captados o fígado e as córneas de um único paciente e levados para Belo Horizonte pela equipe do Hospital Felício Rocho
A Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), da Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis de Três Pontas, recebeu mais um “sim”, de uma família que divide a dor da perda de um ente querido, com a esperança de vida que um órgão pode garantir a uma pessoa que esteja na fila para um transplante. Com a pandemia da Covid-19, a fila de receptores cresceu e o tempo de espera também.
Na manhã desta quarta-feira (11), a Aeronave do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, pousou no Aeroporto Municipal Leda Melo com a equipe do Hospital Felício Rocho, um dos hospitais cadastrados no MG Transplantes, para fazer a captação de órgãos de um paciente de 69 anos, que estava internado e foi diagnosticado com morte cerebral neste domingo (08).
Neste período, todos os protocolos foram cumpridos, o que gerou elogios do médico cirurgião Dr. Silvério Leonardo Macedo Garcia. Segundo ele, além da bateria de exames e procedimentos, os cuidados com o paciente que o Hospital precisa ter é fundamental para o sucesso da retirada dos órgãos. Ele também destacou à Equipe Positiva em uma entrevista exclusiva na chegada, que é importante as pessoas e as famílias terem a consciência da importância de fazer esta doação, que salva vidas e devolve a qualidade dela para muita gente.
A psicóloga do Hospital e da Comissão Brunna Mendes de Oliveira, foi ao Aeroporto recepcionar a equipe e acrescenta que a família de mais este doador, sabem agora que darão a oportunidade de vida para alguém e esta contribuição é muito positiva.
A equipe formada pelo Dr. Silvério Garcia, a médica cirurgiã Ana Carolina Azevedo e a enfermeira Maria Luiza Carmo fizeram a retirada apenas do fígado, por conta da idade do doador. Simultaneamente, a responsável técnica da equipe de enfermagem do Hospital de Três Pontas, Alessandra Coelho Pereira, fez a captação das córneas. Cada um deles, tanto o fígado, como os olhos, podem salvar mais de uma vida.
De acordo com a equipe médica, o paciente que receberia o fígado já estava internado na Capital para o procedimento. Por questões de logística, as córneas também foram levadas por esta equipe para o Banco de Olhos do MG Transplantes, que fica no Hospital João XXIII.
Em janeiro deste ano, a família do jovem Alessandro de Paula Vitor Júnior de 22 anos, que morreu após sofrer um acidente de moto, também autorizou a captação do coração, os rins, o fígado e as córneas, salvando no mínimo seis vidas puderam ser salvas.
A equipe da CIHDOTT cresceu da sua formação inicial. Está atualmente com o trabalho de 8 enfermeiras, 1 psicóloga e 2 médicos que ficam atento às possibilidades que surgem.
