Imagem: ilustrativa

 

Mulher autora do trote tem 70 passagens pela polícia 

A Policia Civil indiciou uma mulher de 38 anos, da cidade de Boa Esperança, pela prática de atentado contra serviço de utilidade pública contra o SAMU do Sul de Minas. O inquérito policial foi motivado, porque a mulher teria passado um trote criminoso no serviço de emergência, no dia 8 de agosto.

De acordo com a polícia, a indiciada teria ligado para o SAMU informando que uma mulher grávida, com uma criança no colo, teria se jogado de uma ponte na cidade de Boa Esperança. Os socorristas, juntamente com militares Corpo de Bombeiros, se deslocaram para o local, que fica próximo ao dique e teria inclusive acionado a Aeronave Arcanjo Corpo de Bombeiros, em Varginha. Ao chegarem, as equipes não viram nada e perguntaram a pescadores que estavam que estavam no local e eles negaram que tivesse acontecido algo. Eles ainda foram em uma outra ponte próxima, mas também não encontraram nada. Depois, descobriram que era mais um trote.

O caso foi parar na polícia. A Polícia Civil instaurou inquérito policial e solicitou informações da empresa de telefonia, que indicou que a linha usada para cometimento do crime e descobriu que estava registrada em nome da mulher. Ela já é bastante conhecida no meio policial, com 70 passagens pela polícia, pelos crimes de ameaças, lesões corporais, perseguições entre outras.

Durante a investigação, foi feita pesquisa nos sistemas policiais e encontrada uma outra ocorrência policial do mesmo dia, ocasião na qual a mesma mulher informou aos policiais o seu número de telefone, que foi o mesmo utilizado para o trote. No mesmo dia do trote, a mulher teria sido alvo de um mandado de busca e apreensão cumprida em Boa Esperança, pela equipe da Delegacia de Policia Civil de Três Pontas. A equipe de investigadores teria descoberto que o aparelho usado por ela, havia sido furtado no dia 07 de maio deste ano, em um bar que fica na Avenida Oswaldo Cruz em Três Pontas. A mulher seria a mãe do autor do furto, um menor de apenas 14 anos de idade. Segundo a Civil, o menino teria vindo passear com os pais na cidade e ido ao bar, quando aproveitou para furtar o aparelho que estava na bolsa de uma cliente. O celular foi apreendido e restituído à vítima na Operação Fim da Linha.

Trote é crime

Trote é crime, previsto no artigo 265 do Código Penal e tem previsão de pena de 1 a 5 anos de prisão e multa.

Uma testemunha ouvida confirmou que era a mulher quem usava aquela linha telefônica. Disse ainda que ela quebrou o chip logo após a data da ocorrência policial anterior, e ainda, ao ouvir a gravação feita para, reconheceu sem nenhuma dúvida a voz da suspeita como sendo a autora do “trote”.

A mulher foi ouvida, mas, como de costume negou que fosse ela. Um policial civil que também foi ouvido disse conhecer a mulher há cerca de cinco anos, e também reconheceu sua voz como sendo a da autora da ligação. O delegado do caso, Dr. Alexandre Boaventura Diniz, destacou ainda que “a conduta da mulher é extremamente maléfica para toda a população, pois recursos públicos foram direcionados e gastos em uma demanda inexistente. Além disso, o direcionamento dos recursos a Boa Esperança, sem necessidade, resultou na redução de profissionais aptos a serviços de socorro disponíveis para a população, prejudicando quem verdadeiramente precisasse do serviço”.

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