*Rapaz espancou a mulher até a morte e depois foi para uma festa de aniversário 

Está sendo julgado, no Salão do Juri do Fórum Dr. Carvalho de Mendonça, em Três Pontas, o rapaz que é acusado de espancar a própria esposa até a morte. O crime foi em setembro do ano passado, no bairro Ponte Alta.

O acusado na época tinha 40 anos e a mulher, Rita de Cássia da Silva 37. As investigações realizadas pela Polícia Civil, apontaram que o rapaz batia na mulher com frequência, porém, a última agressão resultou no rompimento do fígado que ocasionou uma hemorragia. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu 50 minutos depois de ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital São Francisco de Assis.

A sessão do Juri Popular começou por volta de 9:30 da manhã. De manhã, advogado de defesa fez sua explanação e o réu foi ouvido e em seguida a promotoria de Justiça fez uma ampla explanação, detalhando aos jurados, requintes de crueldade e como as versões apresentadas pelo rapaz não batem, segundo apontou o promotor Dr. Estevan Sartoratto. Ele mostrou em um aparelho de TV imagens das lesões causadas em Rita de Cássia que culminaram com sua morte. A expectativa é que o julgamento terminou no meio da tarde.

Se for condenado pelo crime de feminicídio, o denunciado pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

Femicídio

Perícia recolheu no local na época, pedaços de pau que teriam sido usados no crime. Resultado mostrou fios de cabelo e sangue da vítima no material recolhido. Foto: Arquivo EP

Os investigadores abriram inquérito para apurar o caso e conseguiram com o Poder Judiciário, um mandado de prisão preventiva. O acusado foi preso no início do mês de outubro e estava desde então no Presídio da cidade, aguardando pelo julgamento.

O que chamou a atenção neste caso foi a frieza do marido. Após mais uma sessão de espancamento contra a espoa, o rapaz saiu e foi para um aniversário de família no mesmo bairro. Quando ele foi perguntado sobre a sua companheira, durante a festa, o acusado respondeu apenas que ela não quis ir, mas os convidados não saibam que ele havia há espancado mais uma vez e que ocasionaria a sua morte.

O acusado chegou inclusive a levar um pedaço de bolo para ela. Quando retornou, encontrou a companheira caída no chão do banheiro. O suspeito avisou familiares dele que moram ao lado e a vítima foi socorrida para o Pronto Atendimento Municipal. Ele alegou que ela havia passado mal. Porém, os médicos do Hospital desconfiaram da quantidade de hematomas que ela tinha por todo o corpo.

A Perícia da Polícia Civil constatou que ela estava com várias lesões na cabeça, barriga, pernas, nas coxas e nádegas, além dos antebraços, que provavelmente teria usado para se defender. A causa da morte teria sido a grave lesão que Rita sofreu no fígado.

Na casa onde eles moravam, os investigadores encontraram fios de cabelos longos em pedaços de madeira, marcas de sangue no chão e na parede do banheiro, onde ela teria sido encontrada. O suspeito alega que ela estava menstruada, mas a versão foi descartada.

Na época, o acusado negou o crime, mas não demonstrou tristeza hora nenhuma. No dia, ele não foi ao Velório e estava embriagado. Ele já tinha passagens por agredir a sua própria irmã e a sobrinha e tentar matar a ex-companheira.

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