O Ministério Público deflagrou na manhã desta segunda-feira (14), em Varginha, uma operação de combate a esquema de corrupção no presídio da cidade.

Segundo as investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), policiais penais cobravam propinas dos presos para os mais diversos fins, dentre eles transferências ou permanência na unidade local para quem está no regime semiaberto, obtenção de trabalho externo ou interno e outros confortos.

Ainda de acordo com o MP, diretores do presídio, policiais penais, advogados e intermediários participavam da organização criminosa, que praticava corrupção passiva, receptação e embaraço às investigações.

A operação ‘Penitência’ foi realizada pelo Gaeco em conjunto com a Promotoria de Justiça, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais, a Polícia Militar e a Polícia Civil. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária contra os investigados. Foi oferecida denúncia contra seis pessoas pela prática de 11 crimes. Uma outra denúncia já havia sido feita contra duas pessoas pela prática de seis crimes.

“Foi verificado que os detentos, conseguiam transferências para o Presídio de Varginha, a permanência nesta unidade, trabalho externo ou interno bem como outros benefícios dentro do sistema prisional. Se apurou também, alguns advogados, até neste momento, um profissional e um empresário, faziam a intermediação, entre os policiais penais e as pessoas que estavam fazendo o pagamento destas vantagens”, acrescentou o coordenador do Gaeco Dr. Igor Serrano Silva.

As vantagens tinham preços que variavam, por volta de R$15 mil. O trabalho externo por volta de R$5 mil e em outros casos R$8 mil. Os presos eram cientes que isto acontecia, a muito tempo e falam disso abertamente. As investigações ainda prosseguem para identificar quantas pessoas teriam sido beneficiadas.

O promotor disse ainda que a prisão preventiva dos investigados foi decretada porque durante as investigações, eles estavam destruindo provas, e se comunicando entre eles para combinarem as versões.

Participaram da operação cinco promotores de justiça, três servidores do Ministério Público, 19 policiais militares, três policiais civis e 15 policiais penais.

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