A Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão durante a tarde desta quinta-feira (07), na casa de uma mulher, em Santana da Vargem, que estava difamando pessoas usando um perfil falso na internet.
De acordo com a polícia, as investigações iniciaram no mês de junho, depois que servidores municipais procuraram a 15ª Delegacia de Polícia Civil de Três Pontas e registraram ocorrências indicando que havia um perfil falso no facebook, que estaria difamando, fazendo injúrias, xingamentos e críticas, na maioria das vezes às pessoas ligadas ao grupo político da atual Administração.
Logo ao iniciar as investigações, a polícia identificou que o perfil era falso, porque não havia consistência nos cadastros iniciais ao criar o perfil. A equipe de investigadores fez diversas diligências e cruzou informações ao ser realizada a quebra do sigilo telefônico.
De acordo com o delegado Dr. Gustavo Gomes, as postagens realizadas tem cunho pessoal e quando a vítima se interessa, pode buscar na justiça a responsabilização por três crimes de menor potencial ofensivo específico deste caso – crime de injúria, calúnia e difamação. Ao chegar na casa dela, a mulher admitiu que faz as postagens e no celular dela que foi apreendido. O aparelho celular foi apreendido e será levado para a Perícia e será posteriormente removido pelo facebook.
Diante das evidências, a mulher admitiu as postagens. No momento que os policiais chegaram, o perfil falso estava inclusive conectado no aparelho da investigada.
As investigações terminaram e o inquérito vai ser encerrado. Será entregue uma cópia às vítimas que podem responsabilizá-la civelmente com uma ação na justiça. “É importante dizer que estas postagens podem ocasionar instabilidade social, revolta e traz um ódio entre as pessoas”, justificou o delegado. Na página, a mulher se identifica como Ana Reis e usa uma foto de uma personagem infantil.
A internet nunca foi terra sem lei e está cada vez mais sendo alvo da atuação das polícias. Não é um trabalho fácil para a polícia, não é simples, mas é possível chegar até quem faz estas publicações, alerta Dr. Gustavo Gomes.
