Rapaz já foi preso outras vezes, inclusive jogando droga e celular dentro do Presídio da cidade
O furto de um aparelho celular na cidade de Varginha, culminou com a prisão de um rapaz de 35 anos, na tarde desta terça-feira (12), conhecido no policial pela prática de tráfico de drogas, no bairro Santana em Três Pontas.
A prisão efetuada é fruto de um trabalho que começou em setembro deste ano, que demonstra a persistência da Polícia Civil em retirar de circulação traficantes de drogas. De acordo com o investigador Rodrigo Silva, na ocasião, um aparelho celular foi furtado na cidade de Varginha. As investigações realizadas por lá, apontaram que o suspeito era de Três Pontas e teria trocado o aparelho em uma biqueira no bairro Santana e se tratava de um conhecido no meio policial por envolvimento com o tráfico.
Como o suspeito estava sendo apontado como receptador, a equipe de investigadores da Delegacia daqui, foi até a casa dele e fez a apreensão do aparelho. No dia, ele recebeu voz de prisão por receptação, foi conduzido à Delegacia e teve sua prisão decretada em flagrante, mas ficou pouco tempo atrás das grades. Ele foi encaminhado ao Presídio da cidade, mas conseguiu o alvará de soltura durante Audiência de Custódia.
Porém, o trabalho dos investigadores não terminou. Como o celular havia sido furtado por um usuário de crack e vendedor de drogas, foi feito um relatório de uma investigação apontando o crime de tráfico, solicitado ao Poder Judiciário um mandado de busca e apreensão e a Perícia no aparelho.
Quando o trabalho pericial foi concluído, foi constatado, que o alvo preso nesta terça-feira, era o fornecedor de drogas, vendida por aquele suspeito preso em setembro. Havia no aparelho inclusive comprovantes de pagamentos realizados via pix da venda dos entorpecentes. Assim, um novo mandado de busca e apreensão foi pedido para a casa onde o suspeito mora no bairro Santana. A sua prisão também já foi solicitada, uma vez que este investigado é reincidente e já foi condenado pelo crime de tráfico de drogas.
Durante as buscas na casa dele, os investigadores não tiveram muito trabalho para encontrar as drogas. A maior parte dos entorpecentes, 20 pinos de cocaína estavam em cima de uma mesa na entrada da garagem, facilitando a venda para usuários que dia e noite chegam na biqueira. O restante, como buchas de maconha, estavam atrás do microondas em um armário da cozinha. Além disso, R$3.705,00 em dinheiro foram encontrados e maquininhas usadas para fazer a venda de drogas via pix foi apreendida. Nos fundos da casa também foram apreendidos pássaros da fauna silvestre e o rapaz também será multado por crime ambiental.
De acordo com o delegado Gustavo Gomes, ao chegar na casa onde ele mora, o rapaz foi surpreendido ainda na porta e dizia não saber porque estava sendo preso. “A nossa atuação hoje foi mais uma ação dura contra o tráfico de drogas, especialmente no bairro Santana, onde haviam várias reclamações de moradores”, disse Dr. Gustavo, que acrescenta que a população terá dias e noites mais tranquilas.
Ainda de segundo a polícia, não há dúvidas que esta droga encontrada se destinava ao tráfico, seja pela quantidade, pelo tipo, o volume de dinheiro, a forma como era vendida, o local onde a maior parte foi encontrada, facilitando a pronta entrega.
Investigado já jogou droga dentro do Presídio
No histórico criminal deste investigado preso, mostra que ele é audacioso e perdeu todas as oportunidades que a justiça lhe concedeu através das leis. O rapaz já foi preso anteriormente duas vezes também por envolvimento com o tráfico. Havia saído do Presídio em 2019, onde cumpriu pena. Aproveitou disso, para se tornar, segundo a polícia, o responsável pelo tráfico no bairro Santana. Ele é apontado como aquele que distribui maconha e cocaína para biqueiras menores que ficam no bairro.
Em janeiro de 2014, este mesmo rapaz, foi preso junto com um menor que foi apreendido, depois de jogarem droga dentro do pátio do Presídio de Três Pontas. Vizinhos da cadeia viram quando a dupla pulou o muro de uma casa abandonada que dá nos fundos do Presídio e atiraram uma bucha de maconha e um aparelho celular com chip no pátio, onde os detentos ficam no banho de sol.
Os agentes na época saíram na captura deles e encontraram no alto da Avenida Ipiranga, voltando para casa. Na época, o investigado já tinha cumprido pena por tráfico de drogas durante seis meses em regime fechado e havia sido beneficiado cumprindo prisão domiciliar.
O menor que também já tinha ficha bastante extensa foi liberado, mas passado alguns dias ele ficou apreendido por 45 dias, em uma cela separada no Presídio Rita de Cássia da Luz.
