O que o motivou a disputar a cadeira de Presidente da Câmara?
Por acreditar que é possível realizar uma gestão diferenciada e inovadora, dando voz e vez à população, gerindo com a razão e também com o coração. Além disso, por possuir ideias e experiência administrativa. Fui gerente comercial de um banco e, embora seja algo diferente do setor público, tenho plena convicção que muito me agregou e agregará nesta gestão vindoura. Ao ser eleito em 2016, já possuía essa vontade, mas por ainda não ter experiência no setor público, decidi não disputar o pleito na ocasião. Hoje, mais preparado e com a experiência de ter sido e estar secretário da Mesa Diretora, assim como presidente da Escola do Legislativo (Parlamento Jovem), sinto que estou pronto para esse desafio, essa missão.
Você esperava vencer com 8 votos favoráveis, já que inicialmente eram 6 candidatos disputando o cargo de Presidente?
Sinceramente não. Haviam candidatos muito preparados e com competência ímpar para esse cargo. Pedi votos para quase todos os colegas e, durante o período que antecedeu a eleição, muitas conversas rolaram nos bastidores. Fico feliz com a confiança que os colegas demonstraram ter em mim. Inclusive, respeitei até o último momento os demais candidatos ao cargo, e só falei com eles a respeito após conversas com outros vereadores, e minutos antes da eleição.
Você tem uma grande afinidade com a vereadora Marlene. Ela desistiu de ser presidente para te apoiar?
Sim. Eu e Marlene, além de sermos grandes amigos, somos do mesmo partido, o PDT, e por questão de bom senso decidimos focalizar a eleição em apenas um dos dois. Marlene abriu mão da presidência por acreditar que é necessário inovar, e mais que isso, por acreditar e confiar em mim. Tem meu respeito, carinho e gratidão!
Qual será seu perfil como Chefe do Poder Legislativo?
Meu perfil continuará sendo o mesmo: calmo, sensato, democrático e acima de tudo, prezando pelo respeito e pela organização. Prefiro falar que serei o líder do Poder Legislativo, pois liderar combina mais com meu perfil, não chefiar.

Podemos dizer que foi eleito um presidente da situação ou da oposição?
Hoje pretendo continuar caminhando na busca constante para a melhoria da nossa cidade. Fui eleito por um partido/coligação de oposição ao atual prefeito, mas continuarei trabalhando em prol do bem comum, de uma política justa e séria. Acredito não existir oposição e situação quando se quer o bem e o melhor para o coletivo, farei sempre o que for melhor (ao meu ver) para nossa cidade, para o nosso povo, para a harmonia dos poderes.
Assim que venceu a eleição, você declarou que vai conduzir a Câmara com participação e democracia. Como será a participação da população?
Sim, pretendo fazer uma gestão participativa e com mais proximidade do povo trespontano junto aos vereadores e a Câmara, buscando mais projetos que aproximem os cidadãos do Poder Legislativo, assim como parcerias e inovações.
A Presidência da Escola do Legislativo foi importante para você amadurecer como vereador?
Sim, de extrema importância. A Escola do Legislativo me fez enxergar a necessidade da presença do cidadão na Câmara, conhecendo a realidade e vendo de perto o trabalho realizado pelos vereadores. A Escola do Legislativo me ensinou muito, pois como toda escola, ela ensina, educa, prepara e amadurece.
A gente presenciou ao longo do ano, reuniões com ânimos exaltados de alguns vereadores. O que você espera de seus colegas durante as reuniões sob a sua presidência?
Acho natural em algumas circunstâncias os ânimos se alterarem, às vezes isso é até saudável, só não concordo com a falta de respeito, falta de sensatez e companheirismo. Graças a Deus estamos em uma legislatura onde temos uma boa relação e o respeito mútuo é realidade, mesmo em momentos de cabeça quente somos todos amigos. Espero que os colegas tenham parcimônia, cautela e que saibam respeitar hierarquias e ao próximo como a si mesmo.
Algumas vezes, o vereador Antônio Carlos de Lima chegou a criticar o trabalho do Parlamento Jovem. Agora ele foi eleito seu vice-presidente. Você acha que isto pode atrapalhar o relacionamento de vocês?
Não. O vereador Antônio tem vasta experiência e valerá o bom senso. No fundo ele sabe da importância deste projeto para os jovens e para a Câmara. Enquanto Presidente, afirmo que a Escola do Legislativo (Parlamento Jovem) terá ainda mais apoio e condições de continuidade em nosso município.
Qual avaliação você faz da atual Câmara que irá presidir a partir de 2019?
Uma Câmara bem eclética, com particularidades de cada legislador. Posso afirmar que vejo todos os vereadores empenhados, se esforçando e dando o melhor de si para o povo trespontano.
Existe um ditado de que quem ocupa a presidência nos últimos dois anos de mandato não consegue se reeleger.
Esse ditado não é verdadeiro, visto que o atual presidente da Câmara, Luís Carlos da Silva, foi reeleito no último pleito, após ter presidido a Câmara no último biênio da legislatura 2013/2016. Não tenho medo, tenho feito um trabalho digno, me esforçando ao máximo. Tenho trabalhado e buscado alternativas para a melhoria de vida do povo trespontano.
Relacionamento com a atual Administração a partir de janeiro, quando assumir o cargo de presidente?
Tenho um bom relacionamento com o Executivo. Tenho buscado sempre somar e apoiar quando percebo que as decisões são em prol do bem comum. Mas acredito que precisamos ter ainda mais harmonia e união. Diante da imensa crise que se instaura em Minas e nos municípios mineiros é necessário que andemos juntos, os poderes Executivo e Legislativo, assim como a população.
Em janeiro também assumem o governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema, e o presidente da República eleito, Jair Bolsonaro.
Qual sua expectativa em relação ao trabalho deles nas duas esferas de governo?
Minhas expectativas em relação ao governador e presidente eleitos são de que consigam cumprir com os compromissos firmados com o povo. Que façam valer seus planos de governo. O povo acreditou. O povo merece.