A população com a vacinação completa em Três Pontas é de 77,04%

Três Pontas tem como outras localidades registrado novamente o crescimento de casos de Covid-19. O número de notificações, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde voltou a crescer a partir da semana do Dia das Mães. Os casos dobraram em comparação a semanas anteriores e atualmente os casos tem sido diários. No último boletim epidemiológico divulgado, foram 42 novos casos de pessoas que estão em isolamento domiciliar. O número total de casos chegou a 10.810 casos. A boa notícia é que não há caso confirmado ou suspeito da doença que esteja necessitando de internação no Hospital São Francisco de Assis. Os óbitos se mantém em 186.

Em relação aos 10 maiores municípios da região, que inclui Três Pontas, em tendência de novos casos, com exceção de Pouso Alegre que continua com registros atípicos, 9 apresentaram crescimento. Em novas internações, não houve registro na Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) para nenhum município. Em tendência de novos óbitos, todos os dez apresentaram queda ou nenhum registro.

Em Minas Gerais o crescimento da média móvel de casos é contínuo desde 04 de maio e no Sul de Minas desde 29 de abril. Apesar de noticiadas, novas internações não são registradas pelo governo estadual.

De acordo com a pesquisa semanal da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), com a revogação da Emergência em Saúde Pública de Interesse Nacional (ESPIN) pelo governo federal, aliado ao interesse equivocado de governos locais em relaxar precocemente medidas de prevenção, assistimos em Minas Gerais e no Sul de Minas ao aumento continuado de novos casos. Esse aumento da incidência é consequência direta da revogação da ESPIN num momento de lentidão da vacinação com cobertura vacinal de reforço baixa diante da variante ômicron, início da circulação de suas novas subvariantes, aglomerações devido a sucessivos feriados e dias mais frios.

Atualmente, o sul de Minas apresenta uma média móvel de casos (entre 350 e 400) que remonta a dezembro de 2020, quando a vacinação ainda nem tinha começado. Felizmente, graças à vacina, o número de óbitos não acompanhou essa piora. Mas este dado indica o quanto a ômicron resiste à proteção contra a infecção, seja a provocada pela vacina e mais ainda pela produzida pela própria doença.

 

De acordo com o coordenador da pesquisa, o professor Sinézio Inácio da Silva Júnior, a vacina contribui para conter novos casos, evitando infecção ou provocando quadros mais leves com reprodução de menor carga viral. Mas essa proteção tem sido cada vez menor diante da evolução do vírus e uso de vacinas ainda baseadas nas primeiras cepas do SARS-Cov-2. Ainda segundo ele, o governo estadual e governos locais perderam o senso de urgência no registro e comunicação de dados, especialmente em internações e novos casos. Prefeituras, a exemplo de Pouso Alegre, começaram a represar a notificação de novos casos à SES-MG e esta não tem atualizado novas internações que começam a ser registradas em municípios.

A informação atrasada e subestimada só irá reforçar uma perigosa sensação de que a pandemia está controlada, reforçando o relaxamento no uso das máscaras e, principalmente, na busca pela vacinação. Não há porque esperarmos uma redução de casos, pelo contrário. O mais grave risco do aumento do contágio já é o conhecido: facilitar a chegada do vírus em pessoas não imunizadas ou com baixa imunidade e consequente produção de casos graves e óbitos, além de facilitar a evolução de variantes virais com maior poder de resistir à vacina e mais contagiosas.

Ainda segundo a SES, a população trespontana com doses completas da vacina contra a Covid-19 é de 77,04%.

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