Bruno Dixini e Ana Luisa falaram dos preparativos para o Carnavaliza que começou logo após a folia do ano passado

 

*Tire suas dúvidas sobre a troca dos ingressos pelas “Mãozinhas do Hospital”, que estão disponíveis na entrada da Prefeitura, na portaria da Santa Casa, na Secretaria de Assistência Social e 99 FM

Desde que o Carnaval de 2019 terminou, a organização formada por um grupo de voluntários que resgatou o modelo de Carnaval familiar, está planejando para que a Festa de Momo aconteça. Parece que é na última semana que as coisas acontecem, mas é fruto de uma dedicação de um ano inteiro. O objetivo do Carnavaliza era justamente de resgatar o espírito de Carnaval, com a vontade das pessoas permanecerem na cidade, proporcionando entretenimento com uma programação diversificada. “Achamos que nosso objetivo foi alcançado. Faremos um Carnaval para as famílias e para todo mundo que quer se divertir com tranquilidade e segurança durante os quatro dias”, afirmam Ana Luisa Leite e Bruno Dixini Carvalho, integrantes da Comissão Organizadora.

Eles se reuniram na manhã desta terça-feira (18), para uma entrevista exclusiva e responder alguns questionamentos sobre a folia, principalmente sobre a venda de abadas, que já estão esgotados, tanto da Praça do Centenário como da Avenida Oswaldo Cruz.

Carnaval movimenta a cidade e reflete no comércio

De acordo com Bruno Dixini, que é presidente da Associação Comercial, muitas empresas já estão repondo seus estoques e se preparando para o movimento. Lojas do ramo estão vendendo fantasias e resgatando aquela energia que há tantos anos atrás foi se perdendo. Nas últimas semanas, eventos realizados com a banda do Carnavaliza mostra que há união e espírito coletivo para que tudo dê certo. Muitas famílias estão preparando suas casas para visitas. Na casa dos meus pais, dois irmãos do meu pai que moram em Belo Horizonte virão com suas famílias e minha mãe vai ter que prevenir a dispensa.

O formato familiar do Carnaval, além de movimentar a rede hoteleira que está tendo muitas reservas que antes não tinham e atingindo o limite. Muitas casas de área de lazer estão sendo alugadas e já está difícil de ser encontrada, dependendo da quantidade de quartos ou infraestrutura que algumas pessoas querem. “Esta é uma nova visão de turismo da cidade e traz mais dinheiro para o Município”, avalia Bruno Dixini.

Abadás esgotados. Vendas começaram no Natal

Antes de falar da venda de abadás que começou a ser adotada este ano, Ana Luisa recorda que o movimento Carnavaliza é um movimento que surgiu da comunidade, buscando as parcerias públicas, privadas, através das cotas de patrocínio e principalmente através das vendas dos abadás. É com esse dinheiro que não visa lucro nenhum, que é um dos motivos que pelos quais a gente não vai fazer mais os abadás, que se paga as atrações. Para que se tenha o formato bloquinho, o Carnaval familiar na Pracinha do Centenário. Caso contrário, seria mais do mesmo – aquele formato que ficou provado que não atraia muita gente, que as pessoas acabavam viajando procurando uma diversão para fazer com a família e com os amigos. Propomos fazer reencontros num ambiente com shows, mais buscando a tradição do samba, da marchinha, com muitas atrações para todo mundo. Foi isso que fez com que tudo começasse e vemos isso crescer.

No Carnaval existem áreas reservadas ao Carnavaliza. Na Pracinha do Centenário, temos uma área para as crianças, com recreadoras, com mesas e cadeiras e atendimento do Burger House. Eles perceberam que o Carnaval do ano passado foi bem legal e este ano, resolveram entrar como parceiro nosso. A estrutura que temos lá é que está proporcionando junto com algumas outras empresas patrocinadoras, com sanitários e segurança e condições de acomodar os foliões. As pessoas que adquiriram o kit Carnavaliza da Pracinha, terão direito a esse espaço exclusivo. O restante da Pracinha que foi revitalizada e ganhará decoração, vai estar disponível e aberta para todo mundo. E haverá coisas incríveis, como a apresentação do Rasgacêro. Com expressão cênica, musical e circense, as pessoas irão se surpreender com a intervenção artística do grupo que tem 13 anos de estrada. Na Pracinha do Centenário foram colocados a venda em torno de 500 abadás, onde a área é mais ampla que na Avenida.

Na Avenida Oswaldo Cruz, acima das escadarias do Sambódromo, tem outro espaço do Carnavaliza onde foram vendidos os kits. Neste espaço que é menor, foram comercializados cerca de 350 kits. A organização percebeu que seria mais atrativo para as pessoas que se conseguisse proporcionar os dois lugares para serem vendidos, para pagar a estrutura montada no Centenário. O local é acima da escadaria da esquerda, ao lado do prédio do INSS e em frente a sede do SAMU. Nele já estão montadas as tendas onde haverá serviço de Buffet que será pago e choop e cerveja da Cervejaria Serramaltina.

Ana Luisa lembra que os kits foram colocados a venda antes do Natal, ou seja, há cerca de 90 dias, aproveitando a época de Reveillon, quando as pessoas se programam para o Carnaval. Desde o início, a organização repetidamente alertava que o número de abadás eram limitados, mas sem imaginar que a procura fosse tanta. Estava disponível para qualquer um que quisesse comprar, durante bastante tempo, avaliam ambos. Mas há limitações, por questões óbvias de segurança e estrutura. O local é limitado, na Avenida mais ainda, sem condições de crescimento. A organização fez um planejamento para oferecer conforto e comodidade para as pessoas que ajudasse a bancar o Carnaval e segue todas as determinações do Corpo de Bombeiros. Aliás, surgiram algumas outras exigências da Corporação de última hora que a equipe está correndo para resolver.

“Não faz sentido a gente colocar mais pessoas dentro, do que fora da Pracinha. Não adianta a gente querer fazer mais abadá e tentar vender porque não vai atingir o nosso objetivo”, ponderou Ana Luisa.

Segundo Bruno, uma das premissas básicas para se ter um ambiente e espírito familiar aconchegante, a segurança proposta pelo Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, estão sendo plenamente respeitadas. Por isto, não é possível confeccionar mais camisetas, fazer mais ingressos, pulseiras, porque já existe um projeto aprovado no Corpo de Bombeiros, que inclusive já pautou pelo crescimento de público em relação ao ano passado.  Porém, este crescimento foi ainda maior. Havia a preocupação em não se vender tudo, mas a uma semana do evento está tudo vendido. E ele avisa “não haverá mais kits”.

Ana Luisa reintera que o Carnaval foi pensado e planejado para todo mundo, mas é difícil imaginar a quantidade de pessoas, se não se tem uma referência, já que muita gente desistiu de viajar de última hora, atraídos por esta programação.

Carnaval solidário ao Hospital que é de todo mundo

Na Avenida Oswaldo Cruz, no espaço do Sambódromo Jaime Abreu, o número de foliões também é limitado. São seis mil ingressos disponíveis por dia que estão sendo trocados pelas “mãozinhas do Hospital”. O produto do Hospital São Francisco de Assis, foi inserido na vontade de se fazer uma festa solidária. Ao invés de alimentos, os foliões compram cinco mãozinhas e trocam pelos quatro ingressos, para assistir aos shows.

Isto está confundindo um pouco a cabeça das pessoas. O trespontano ou visitante vai aos pontos de troca específicos – entrada da Prefeitura, Secretaria de Assistência Social, recepção da Santa Casa e 99 FM – compra a mãozinha, preenche o cupom para concorrer aos 13 prêmios doados pelas Lojas IM, que serão sorteados no dia 25 de abril e pega os ingressos dos shows, que serão dois a cada noite. Nos pontos de revistas para o Sambódromo, o folião deve apresentar os ingressos e não as mãozinhas. O dinheiro das mãozinhas é exclusivamente para o Hospital São Francisco de Assis. O que está custeando as despesas é a venda dos kits e o apoio dos patrocinadores. “Quem troca as mãozinhas pelos ingressos curte o Carnaval na Avenida numa boa, com muita segurança, da mesma forma, só não tem os diferenciais dessa área exclusiva que foi criada para pagar as despesas do Carnaval”, esclareceram Bruno e Ana. Quem adquiriu o kit já recebeu os quatro ingressos e não precisa trocá-los pelas mãozinhas.

Rota da folia

Das 14:00 as 19:00 horas, tem Carnavaliza na Praça do Centenário. Quem comprou abadá desfruta de uma área exclusiva, com serviços específicos. Mas todo mundo curte o Rasgacêro e outras atrações musicais. As 19:00 os foliões saem da Pracinha em direção a região dos bares da Avenida acompanhados de blocos e bandas. A partir deste horário não terá mais nada no Centenário, o som será desligado e a equipe da limpeza entra em ação para deixar tudo limpo para os moradores e para a festa do dia seguinte.

No Sambódromo Jaime Abreu o som começa a esquentar a noite a partir das 20:00 horas. Meia hora depois sobem no palco, da área onde exige ingresso para entrar os shows dos artistas trespontanos, que doaram suas apresentações e depois os cantores e bandas de renome nacional. São duas atrações todas as noites, de sábado a terça-feira.

Nas entradas da Praça do Centenário e do Sambódromo, haverão pontos de revistas e o trabalho será feito por uma equipe especializada de segurança. Os foliões podem levar bebidas e comidas inclusive em cooler, porém, não é permitido entrar na área do Carnavaliza, por reciprocidade com os parceiros. Mas atenção: o uso de qualquer recipiente de vidro ou objetos perfuro-cortantes está expressamente proibido.

Juntos, no caminho certo

O Carnavaliza acredita que o evento será um sucesso, se cada um fizer a sua parte, cumprir as regras e se divertir com responsabilidade. Os agradecimentos da organização são para os moradores da Pracinha, que entenderam a proposta do Carnaval e deram permissão para o local fosse utilizado. Aos patrocinadores e foliões que compraram os abadás/kits e estão custeando a festa e a todos os que voluntariamente dedicam seu tempo em prol da cidade, a maior beneficiada com uma festa que só tem a crescer ano após ano. “É uma soma de esforço do Poder Público, dos voluntários e de toda uma comunidade animada e consciente de que todos podem mais”.

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